POLÍTICA
Quem são os 9 deputados da base de Bolsonaro que Moraes mandou investigar
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes enviou uma ordem ao juiz auxiliar Airton Vieira pedindo a investigação de nove deputados da base de Bolsonaro em 2022, informou a Folha de S.Paulo, que começou na terça-feira 13 uma série de reportagens sobre mensagens trocadas entre auxiliares diretos de Moraes no STF e Tribunal Superior Eleitoral, que presidiu até junho deste ano.
O pedido de Vieira foi repassado ao perito Eduardo Tagliaferro, que comandava a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) no TSE.
“Boa noite, Eduardo! Tudo bem?! O Ministro pediu para verificar, o mais rápido possível, as redes sociais dos Deputados bolsonaristas (os nomes envio abaixo), ver se estão ofendendo Ministros do STF, TSE, divulgando ‘fake news’, etc., para fins de multa. Ele tem bastante pressa…Obrigado”, escreveu Vieira a Tagliaferro em 6 de outubro.
A lista enviada ao perito continha o nome de sete deputado do PL — Eduardo Bolsonaro (SP), Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP), Major Vitor Hugo (GO), Marco Feliciano (SP), Junio Amaral (MG) e Filipe Barros (PR) — e os nomes de Otoni de Paula (MDB) e Daniel Silveira (então no PTB-RJ).
Tagliaferro responde: “Pode deixar”. No dia seguinte ele recebe outra mensagem do juiz instrutor sobre o pedido contra os parlamentares.
“Bom dia! Tudo bem?! 1- deputados bolsonaristas: preciso com as datas das postagens e em forma de relatório. 2- por favor, a pedido também do Ministro: identificar o iluminado do vídeo abaixo, por favor. Obrigado.”
Dos nove deputados que constam da lista de Moraes, apenas Major Vitor Hugo não está na Câmara dos Deputados em 2024. Ele tentou se eleger governador de Goiás nas eleições de 2022, mas não obteve sucesso. Atualmente, ele é candidato a vereador em Goiânia.
Segundo juiz auxiliar, Moraes queria “pegar Eduardo Bolsonaro”
A Folha revelou que Moraes determinou a investigação do deputado Eduardo Bolsonaro e pediu que ele fosse relacionado ao argentino Fernando Cerimedo, acusado de desinformação sobre fraudes nas eleições.
O pedido foi repassado pelo juiz auxiliar de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Antônio Vargas, a Tagliaferro.
Em 4 de novembro de 2023, o juiz auxiliar de Moraes escreveu a Tagliaferro: “Ele quer pegar o Eduardo Bolsonaro. A ligação do gringo com o Eduardo Bolsonaro.” O assessor, por sua vez, respondeu: “Será que tem?”.
“Use a criatividade”
Também há mensagens de Moraes com pedido de relatórios contra Rodrigo Constantino, comentarista de Oeste, e contra Paulo Figueiredo Filho.
Moraes pediu até mesmo a investigação de Oeste e de outras “revistas golpistas”. A mensagem foi passada a Tagliaferro pelo juiz auxiliar Airton Vieira. O perito disse que encontrou apenas “publicações jornalísticas” em Oeste.
Diante disso, Vieira respondeu: “Use a sua criatividade… rsrsrs. Pegue uma ou outra fala, opinião mais ácida e… O ministro entendeu que está extrapolando com base naquilo que enviou… ” O assessor respondeu: “Vou dar um jeito rsrsrs”.
Editorial | A verdade prevaleceu
A repercussão das mensagens motivou um pedido de impeachment de Moraes apresentado na quarta-feira 14 pela oposição. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que integra o grupo, afirmou que o magistrado deve renunciar à cadeira na Corte. Petista e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva saíram em defesa de Moraes.
Deputados alvos de Moraes se manifestam
Alguns parlamentares da lista de Moraes se manifestaram no Twitter/X sobre a investigação determinada pelo ministro.
POLÍTICA
Bolsonaro abre mais de 10% sobre Lula no Espírito Santo, diz Paraná Pesquisas
Levantamento da Paraná Pesquisas divulgado nesta 3ª feira (19.ago.2025) mostra que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria 43,1% das intenções de votos entre os eleitores do Espírito Santo se as eleições fossem hoje. O atual chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pontua 32,1%.
Cenário 1
Jair Bolsonaro (PL) – 43,1%; Lula (PT) – 32,1%; Ciro Gomes (PDT) – 7,6%; Ratinho Jr. (PSD) – 2,8%; Ronaldo Caiado (União Brasil) – 2,8%; Renan Filho (MDB) – 0,9%; nenhum/branco/nulo – 6,1%; não sabe/não opinou – 4,5%.
A Paraná Pesquisas entrevistou 1.510 eleitores em 46 municípios do Espírito Santo de 13 a 17 de agosto de 2025. A. margem de erro é de 2,6 pontos percentuais, para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%.
A empresa de pesquisas testou outros 2 cenários estimulados com Lula: um contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em ambos há um empate técnico dentro da margem de erro.
LULA X MICHELLE
Michelle Bolsonaro (PL) – 34,7%; Lula (PT) – 33%; Ciro Gomes (PDT) – 9,4%; Ratinho Jr. (PSD) – 4,7%; Ronaldo Caiado (União Brasil) – 4,2%; Renan Filho (MDB) – 1,1%; nenhum/branco/nulo – 7,9%; não sabe/não opinou – 5%.
POLÍTICA
Maduro convoca 4,5 milhões de milicianos após avanço naval dos EUA
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em resposta ao que chamou de “ameaças” dos Estados Unidos. Os americanos anunciaram o aumento da recompensa por informações que levem à captura do líder venezuelano e lançaram uma operação antidrogas com militares no Caribe.
“Vou ativar nesta semana um plano especial para garantir a cobertura, com mais de 4,5 milhões de milicianos, de todo o território nacional, milícias preparadas, ativadas e armadas”, anunciou Maduro em ato transmitido pela TV, ao ordenar “tarefas” perante “a renovação das ameaças” dos Estados Unidos contra a Venezuela.
A Milícia Bolivariana é composta por aproximadamente 5 milhões de reservistas, segundo dados oficiais. Ela foi criada pelo ex-presidente Hugo Chávez e tornou-se posteriormente um dos cinco componentes da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB). O grupo atua como um apoio ao Exército na “defesa da nação”.
Maduro agradeceu pelas manifestações de apoio diante do que chamou de “repetição podre” de ameaças. “Os primeiros a manifestar solidariedade e apoio a este presidente trabalhador que aqui está foram os militares desta pátria”, destacou o líder venezuelano, que pediu às bases políticas do seu governo que avancem na formação das milícias camponesas e operárias “em todas as fábricas”.
“Fuzis e mísseis para a força camponesa! Para defender o território, a soberania e a paz da Venezuela”, proclamou Maduro. “Mísseis e fuzis para a classe operária, para que defenda a nossa pátria!”
A administração Trump afirmou que o valor por Maduro foi aumentado representar uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. O anúncio dizia que o presidente venezuelano é “um dos maiores narcotraficantes do mundo”.
Ainda sob o governo de Joe Biden, em janeiro, os EUA divulgaram um cartaz com a foto de Maduro, oferecendo uma recompensa de US$ 25 milhões.
Um dia depois do anúncio do aumento da quantia, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino Lopez, foi à TV para rebater as acusações dos EUA.
O comandante das Forças Armadas venezuelanas classificou as declarações feitas pelos departamentos de Estado e Justiça como “tolas”.
Vladimir Padrino Lopez também teve uma recompensa fixada pelos EUA por informações sobre ele, assim como Diosdado Cabello Rondón, ministro do Interior, Justiça e Paz.
Para Lopez, as ofertas americanas, além de representarem uma interferência que viola flagrantemente o direito internacional e o princípio da autodeterminação dos povos, são “fantasiosas, ilegais e desesperadas, ao melhor estilo faroeste de Hollywood”.
“O cinismo do governo americano não tem limites, querem nos dar lições de democracia quando seu próprio governo desrespeita sistematicamente suas próprias leis, governando arbitrária e caprichosamente”, criticou
POLÍTICA
STF se recusa a divulgar termos do acordo com a Suprema Corte da China
O Supremo Tribunal Federal (STF) recusou pedidos de acesso aos termos do acordo de cooperação assinado com a Suprema Corte da China. A justificativa apresentada é que o documento tem caráter institucional e envolve tratativas de natureza diplomática, razão pela qual não estaria sujeito a divulgação imediata.
O acordo foi celebrado com o objetivo de promover a troca de experiências jurídicas e o fortalecimento de mecanismos de cooperação internacional entre os dois países. No entanto, a falta de transparência levantou questionamentos sobre o conteúdo do pacto e os impactos práticos que ele pode gerar no sistema de Justiça brasileiro.
Especialistas em direito e transparência pública apontam que, embora parcerias desse tipo sejam comuns, a ausência de divulgação integral alimenta especulações. Já defensores da medida afirmam que a confidencialidade é necessária para resguardar negociações estratégicas.
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