POLÍTICA
Governo Lula fecha maio com rombo de R$ 40,6 bilhões nas contas públicas
As contas do governo Lula fecharam maio com um déficit primário de R$ 40,6 bilhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Tesouro Nacional. Embora o rombo tenha sido menor do que os R$ 60,4 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado, a melhora ainda é insuficiente para garantir o cumprimento da meta fiscal deste ano.
A queda nominal no déficit foi de 32,8% na comparação com maio de 2024. Considerando a inflação do período, a redução real chegou a 36,2%. No entanto, o número continua alto e reflete a dificuldade do governo em conter o avanço das despesas, especialmente com a Previdência Social.
O desempenho negativo foi puxado por um rombo de R$ 56,2 bilhões na Previdência. O Tesouro Nacional, por outro lado, teve superávit de R$ 15,3 bilhões, e o Banco Central registrou saldo positivo de R$ 197 milhões. No agregado, o governo central, que inclui Tesouro, Previdência e BC, continua operando no vermelho.
No acumulado de janeiro a maio, o saldo é positivo: superávit de R$ 32,2 bilhões. O resultado representa uma reversão em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve déficit de R$ 28,7 bilhões. Segundo o Tesouro, essa melhoria foi influenciada pela redução de R$ 31,3 bilhões nos pagamentos de precatórios e sentenças judiciais.
Apesar disso, a meta fiscal para 2025 segue distante. O governo Lula prometeu fechar o ano com déficit zero, mas a regra fiscal permite um desvio de até 0,25% do PIB, o equivalente a um déficit de até R$ 30,9 bilhões.
POLÍTICA
Oposição quer mudar texto da Constituição para dificultar ações de censura
Em meio ao crescente embate entre setores do Judiciário e defensores da liberdade de expressão no ambiente digital, a deputada federal Caroline De Toni (PL-SC) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa dificultar o que classifica como “ações de censura” por parte de autoridades públicas. A iniciativa, que já conta com 56 assinaturas de parlamentares, pretende alterar o artigo 5º da Constituição Federal para reforçar garantias à livre manifestação do pensamento.
A proposta busca tornar mais explícita a proteção à liberdade de expressão, impedindo a retirada de conteúdos por motivações políticas, ideológicas ou religiosas, especialmente nas redes sociais. Entre os principais pontos, está a sugestão de retirar da Constituição o trecho que veda o anonimato — atualmente previsto no inciso IV do artigo 5º — e substituí-lo por um dispositivo que proíbe qualquer forma de limitação à manifestação do pensamento.
“Estamos diante de um cenário preocupante, no qual autoridades, sob o pretexto de combater desinformação, acabam cerceando vozes legítimas. Isso fere o espírito democrático da Constituição”, declarou De Toni.
A ofensiva da oposição ocorre em reação a decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que determinaram a remoção de conteúdos e a suspensão de contas em plataformas digitais, inclusive de parlamentares e influenciadores alinhados à direita. As cortes justificam as medidas com base na proteção à democracia, combate à desinformação e à incitação ao ódio.
Para a deputada, no entanto, essas intervenções configuram censura prévia, prática expressamente proibida pela Carta Magna de 1988. A PEC, segundo ela, visa proteger a sociedade de uma “judicialização abusiva” da liberdade de expressão.
Apesar da mobilização, o caminho para que a proposta avance é longo. Para que uma PEC seja formalmente apresentada, são necessárias ao menos 171 assinaturas de deputados. Caso atinja esse número, o texto ainda precisa ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e, em seguida, passar por dois turnos de votação em cada uma das Casas do Congresso, com quórum qualificado de 308 votos na Câmara e 49 no Senado.
O apoio majoritário ainda é incerto. Embora o tema tenha ganhado visibilidade, inclusive entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, parte significativa do Parlamento permanece reticente em alterar cláusulas sensíveis da Constituição, sobretudo em temas ligados à comunicação e responsabilidade civil.
POLÍTICA
Barroso gasta mais de R$ 900 mil com jatinhos da FAB em viagens sem agenda oficial
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, realizou 54 viagens em jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) entre Brasília e São Paulo até 20 de junho, com despesa total mínima de R$ 940 mil. A apuração foi divulgada pelo jornal Gazeta do Povo em 26 de junho.
Em dez voos, apenas Barroso estava a bordo, o que tem sido comparado a um “Uber aéreo” bancado com dinheiro público.
Além das viagens ligadas a compromissos oficiais, 23 trajetos apareceram nos registros como “à disposição do Ministério da Defesa”, somando R$ 420 mil — cujo destino e finalidade não foram detalhados pelo STF.
Entre 15 e 18 de janeiro, no recesso do Judiciário e com rotina oficial sem compromissos, Barroso voou entre Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro — totalizando R$ 212 mil em deslocamentos.
Em fevereiro, participou da entrega de uma comenda a si mesmo no Tribunal da 15ª Região, em Campinas.
Em março, esteve em solenidades realizadas em Florianópolis, Rio de Janeiro e Porto Seguro, todas com transporte militar.
Também utilizou a FAB para participar de eventos acadêmicos, como a aula inaugural na UERJ e o lançamento de seu livro no Salão Branco do STF.
POLÍTICA
“Se você não destituir os juízes corruptos, não pode consertar o país. Eles formarão um cartel (uma ditadura judicial) e bloquearão todas as reformas protegendo a corrupção sistêmica que os colocou em seus assentos”, diz Nayib Bukele, Presidente de El Salvador
O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, afirmou que a destituição de juízes corruptos é essencial para reformar o país. Em declaração recente, Bukele disse que “se você não destituir os juízes corruptos, não pode consertar o país. Eles formarão um cartel (uma ditadura judicial) e bloquearão todas as reformas protegendo a corrupção sistêmica que os colocou em seus assentos”.
A fala reflete a postura adotada pelo governo salvadorenho desde 2021, quando a Assembleia Legislativa, dominada por aliados de Bukele, destituiu magistrados da Suprema Corte e o procurador-geral. A medida gerou críticas internacionais, com acusações de enfraquecimento das instituições democráticas e concentração de poder.
Para Bukele, as mudanças são parte de uma estratégia para desmantelar estruturas corruptas. Críticos, porém, alertam para os riscos de autoritarismo e para o uso do combate à corrupção como pretexto para minar a independência do Judiciário.
-
POLÍTICA2 meses atrás
Deputado do Parlamento Europeu propõe sanção a Moraes após intimação contra Bolsonaro
-
BRASIL4 meses atrás
“Se para viver de arte, você precisa de subsídio do Estado, você não é um artista, você é um funcionário público.” Diz Javier Milei
-
POLÍTICA3 meses atrás
“Tomar o celular bruscamente da mão da vítima não configura o crime de roubo”, diz Ministro Antônio Saldanha do STJ
-
BRASIL3 meses atrás
“O nordestino tá cansado de promessas vazias, rejeição de Lula vai continuar subindo”, diz deputado Rodrigo Valadares
-
BRASIL4 meses atrás
Bolsonaro é recebido por multidão em Pernambuco
-
BRASIL4 meses atrás
Musk sugere sanções a Moraes, diz Daniela Lima na Globo News
-
BRASIL10 meses atrás
Candidato a prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, sofre atentado no Tatuapé
-
BRASIL4 meses atrás
O aumento do preço do ovo é culpa da Quaresma, diz Globo News