POLÍTICA
“Tudo na política tem limite, e paciência com o Hugo Motta chegou ao limite”, diz Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara dos Deputados
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), deu, nesta quarta-feira (23), um prazo ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pautar a urgência ao projeto de lei que anistia os condenados pelos atos extremistas de 8 de janeiro.
Em declaração na tributa da Câmara, Sóstenes disse que, caso Motta não inclua a anistia na pauta da reunião de líderes da Casa, a bancada vai entender que “será uma falta de respeito e consideração”.
“Nós demos tempo. Agora o tempo acabou. Chegou no nosso limite”, declarou o líder da bancada de 92 deputados, sendo o maior partido da Casa. Na ocasião, ele relembrou ainda que a legenda foi a primeira aliada a declarar apoio à eleição de Motta, em 2024.
“Não temos vergonha. Só que, até agora, Motta agradou ao governo. E é papel dele agradar o governo. Mas tudo na vida tem limite, e eu queria que você transmitisse essa mensagem ao Motta, que na política existe limite. E nós chegamos no limite”, falou Sóstenes ao deputado Elmar Nascimento (União-BA), que presidia a sessão.
Em 14 de abril, Sóstenes protocolou o pedido de urgência ao projeto, com 264 assinaturas, mais do que as 257 mínimas. Ele deseja que Motta paute a urgência em plenário e que, em seguida, os deputados analisem o mérito do texto.
Atualmente, a proposta tramita em uma comissão especial, que não foi instalada até o momento. A última versão do projeto foi elaborada pelo deputado Rodrigo Valadares (União-SE). Apesar de considerar discutir o assunto, alguns líderes acreditam que o relatório de Valadares daria brechas para incluir casos que não aconteceram no dia 8 de janeiro de 2023.
POLÍTICA
Sindicato deu informação falsa ao INSS sobre irmão de Lula, diz CGU
A CGU (Corregedoria-Geral da União) disse, em documento enviado para a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que o Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos) omitiu a presença de José Ferreira da Silva, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como parte da organização.
Conhecido como Frei Chico, José Ferreira da Silva é vice-presidente do sindicato. A entidade foi alvo de uma nova operação da PF (Polícia Federal) que apura desvios no repasse de benefícios pagos a aposentados e pensionistas do INSS.
Segundo a nota técnica enviada pela CGU, o sindicato “prestou declaração falsa de que entre seus dirigentes não havia parentes em linha colateral de membros de poder do poder”.
A pasta acrescentou que, ao omitir o vínculo de Frei Chico e Lula, o sindicato criou um ambiente de “aparente regularidade” que teria induzido os órgãos públicos ao erro, dificultando a verificação do cumprimento dos critérios legais. À época, Frei Chico era diretor nacional de Representação dos Aposentados Anistiados.
“Tal omissão impôs barreiras adicionais à atuação dos agentes de fiscalização/controle, que, diante da declaração falsa, foram impedidos de identificar de imediato a incompatibilidade legal existente”, diz a nota técnica.
O documento cita a Lei 13.019/2014, que proíbe a parceria de organizações da sociedade com o poder público em alguns casos. Dentre eles, está a hipótese de que familiares próximos de dirigentes públicos não podem ser dirigentes de organizações civis que queiram firmar parcerias com o poder público na mesma esfera de governo (federal, estadual ou municipal).
A omissão do parentesco entre Lula e Frei Chico ocorreu quando o Sindnapi declarou ao INSS que não se enquadrava em nenhuma das vedações citadas na lei. A declaração foi enviada em junho de 2023, quando Lula já havia voltado ao cargo de presidente da República.
POLÍTICA
Arruda que está no PL usa amizade de 16 anos com José Dirceu pra tentar voltar à cena política
José Roberto Arruda voltou a conversar com José Dirceu. Nos bastidores de Brasília, o diálogo entre os dois reacendeu após a saída de Arruda do PL, partido pelo qual tentou retomar protagonismo político no Distrito Federal.
Fontes próximas afirmam que o ex-governador busca em Dirceu — um dos mais experientes articuladores do país — apoio para viabilizar sua candidatura ao governo e, sobretudo, orientação para reverter no STF sua condição atual de inelegibilidade, à luz das recentes mudanças na Lei da Ficha Limpa. A aproximação deles não é recente, nem inédita.
Em 2009, Dirceu concedeu entrevista ao Jornal da Comunidade em que demonstrava preferência por Arruda em detrimento de Joaquim Roriz, sinalizando uma afinidade política já antiga. No mesmo ano, o colunista Lauro Jardim, de O Globo, registrava que Dirceu tinha Arruda entre seus interlocutores recentes.
Desde então, ambos mantiveram trajetórias paralelas, marcadas por escândalos e sobrevivência política. Agora, 16 anos depois, os dois voltam a se encontrar num cenário que mistura cálculo político, conveniência e a conhecida arte de articulação dos Bastidores de Brasília.
POLÍTICA
“O Hamas tem que ser exterminado, mas o governo de Israel, não. Hoje é um, amanhã será outro”, diz petista Jaques Wagner
O senador Jaques Wagner (PT-BA) defendeu nesta terça-feira (7) que o grupo Hamas “deve ser exterminado”. Ele deu a declaração durante a sessão solene no Senado em homenagem às vítimas dos ataques de 7 de outubro de 2023, em Israel. O presidente da Casa Alta, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que é judeu, não participou.
Filho de Joseph Wagner e Cypa Perla Wagner, imigrantes judeus poloneses, Jaques é judeu. Em seu discurso, o petista chamou os ataques de 2 anos atrás de “covardes”. Disse ser necessário não confundir o Estado de Israel com o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu: “O Hamas tem que ser exterminado, mas o governo de Israel, não. Hoje é um, amanhã será outro”.
Jaques também criticou as ações do governo Netanyahu e declarou que o “valor de uma vida humana não deve ser hierarquizado pela crença religiosa”. De acordo com o líder do Governo no Senado, parte significativa da população israelense “não concorda com a condução da política externa” do primeiro-ministro.
Defendeu o diálogo e o cessar-fogo: “O acordo de paz está sendo feito com o Hamas. Só existe paz quando as partes beligerantes concordam em encontrá-la”. O discurso foi recebido com aplausos moderados e um breve muxoxo entre os presentes. Jaques deixou o plenário logo após concluir a fala. Durante o pronunciamento, defendeu que o fanatismo e a incapacidade de ouvir ideias divergentes “levam a tragédias”, e que o governo Lula age, “certo ou errado, com pensamento de energia positiva”.
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