POLÍTICA
Trump chama Gustavo Petro de “líder de dr0gas ilegais” é ameaça ação direta dos EUA na Colômbia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou neste sábado o tom contra o governo colombiano ao chamar o presidente Gustavo Petro de “líder de drogas ilegais” e anunciar o fim da ajuda financeira norte-americana à Colômbia. A declaração, feita em sua rede “Truth Social”, foi acompanhada de uma ameaça velada de ação direta contra o país sul-americano.
“O presidente Gustavo Petro, da Colômbia, é um líder de drogas ilegais que encoraja a produção massiva de narcóticos. A partir de hoje, os pagamentos e subsídios dos Estados Unidos à Colômbia serão encerrados”, escreveu Trump.
O pronunciamento ocorre poucas horas depois de o Departamento de Defesa dos EUA confirmar um ataque marítimo no Caribe contra uma embarcação supostamente vinculada a grupos rebeldes colombianos. Segundo autoridades norte-americanas, a operação teria como alvo “infraestruturas ligadas ao tráfico de drogas”.
O governo colombiano, no entanto, negou qualquer vínculo criminoso e acusou Washington de violar sua soberania.
Em comunicado oficial, o presidente Petro classificou as declarações de Trump como “calúnias inaceitáveis” e o ataque como “um ato hostil contra um país soberano”. O chanceler colombiano convocou o embaixador dos Estados Unidos em Bogotá para prestar esclarecimentos.
O corte de ajuda anunciado por Trump afeta um pacote anual de cerca de US$ 500 milhões destinado a programas de segurança, erradicação de coca e desenvolvimento rural. Ainda não está claro se o governo norte-americano também suspenderá acordos de cooperação militar.
Em Washington, membros do Partido Democrata e do Departamento de Estado demonstraram preocupação com o tom das declarações. “A Colômbia é um aliado estratégico dos Estados Unidos. Tratar um parceiro como inimigo é um erro grave”, afirmou um senador democrata sob condição de anonimato.
POLÍTICA
Trump e Maria Corina Machado se encontrarão em fórum mundial em Miami
O America Business Forum divulgou nesta segunda-feira (20) o lineup oficial do evento que ocorrerá nos dias 5 e 6 de novembro, em Miami. Entre os principais palestrantes estarão Donald Trump e Maria Corina Machado, ganhadora do Nobel da Paz, sinalizando convergência estratégica entre os Estados Unidos e a oposição venezuelana.
O fórum, realizado no Kaseya Center, é referência mundial em desenvolvimento econômico e liderança, e já conta com nove edições desde 2017, reunindo mais de 300 mil participantes e 70 expositores globais. Além de Trump e Machado, nomes como Lionel Messi, Will Smith e Rafael Nadal também participarão, reforçando a dimensão internacional e de prestígio do evento.
POLÍTICA
Presidente eleito da Bolívia diz que “ideologia não dá de comer”
Em seu primeiro discurso como presidente eleito da Bolívia, Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão, prometeu um governo de renovação, após 20 anos de hegemonia do partido de esquerda Movimento ao Socialismo (MAS).
Na ocasião, o político de centro-direita indicou que manterá sua gestão longe de extremos políticos, frisando que a “ideologia não dá o que comer”. No discurso de cerca de 20 minutos, o novo líder boliviano ainda declarou que as bases de seu governo serão “Deus, a família e a pátria”.
Também declarou seu compromisso com reformas econômicas, direito ao trabalho, democracia, combate à corrupção, reabertura do país ao exterior, entre outras bandeiras que o levaram a vencer seu adversário Jorge Tuto Quiroga, por 54,6% dos votos contra 45,4%.
– No primeiro turno, dissemos que daríamos a mão a quem ganhasse. (…) No segundo turno, repetimos que, se o povo da Bolívia não nos elegesse, daríamos a mão a quem ganhasse. E hoje, desde a vitória, damos a mão. A ideologia não dá de comer; o que dá de comer é o direito ao trabalho, instituições fortes, segurança jurídica e respeito à propriedade privada. O que dá de comer é ter certeza do seu futuro – frisou.
Paz assume a liderança da Bolívia em um contexto de profunda crise econômica, de governança e de confiança institucional. Ele sucederá a gestão de Luis Arce, que vigorou no país entre 2020 e 2025, e foi marcada por embates contra o ex-presidente Evo Morales.
Segundo Paz, a Bolívia não pode permitir “que o insulto e o ódio sejam parte do exercício democrático na Bolívia”.
– Deus, a família e a pátria são a base da visão que temos em relação ao nosso compromisso com toda a Bolívia. Vou trabalhar todas as horas que Deus me der para transformar este país. (…) Vamos governar com todos os homens e mulheres, os melhores homens e mulheres que queiram ajudar a pátria – prometeu.
POLÍTICA
Fux deve votar pela absolvição de todos os réus de núcleo quatro da trama golpista
A expectativa no Supremo Tribunal Federal (STF) é que o ministro Luiz Fux vote nesta terça-feira, 21, pela absolvição de todos os sete réus do quarto núcleo da trama golpista. O voto deve trazer os mesmos fundamentos apresentados pelo ministro para absolver seis dos oito réus do núcleo principal das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado – entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Por já ter apresentado as premissas aos colegas da Primeira Turma, Fux deve ser mais breve no julgamento do chamado núcleo da desinformação. Se em setembro ele usou 12 horas para votar, amanhã deve fazer isso em cerca de duas horas.
As provas serão analisadas por Fux à luz dos fundamentos apresentados pelo ministro no julgamento do primeiro núcleo. Um dos pontos principais, que deve ser retomado, é que um réu não pode ser condenado apenas por planejar um crime. Em outro aspecto, é provável que a Primeira Turma debata se as mensagens de Whatsapp, que têm natureza privada, podem ser usadas como prova para subsidiar condenações.
Enquanto na primeira leva de réus julgados Fux condenou apenas dois de oito, nessa fase, a expectativa é que o ministro absolva todo o núcleo quatro pelo que considera falta de provas de que tivessem participado de forma consciente do planejamento de um golpe.
O núcleo é formado por sete réus:
Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército;
Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército;
Carlos César Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal;
Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército;
Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército;
Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal e ex-membro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Reginaldo Vieira de Abreu, coronel da reserva do Exército.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação dos réus. Em sua justificativa, Gonet associou diretamente a campanha de fake news promovida pelo grupo aos ataques violentos ocorridos em Brasília.
Segundo o chefe da PGR, houve um “manejo estratégico de informações sabidamente falsas como instrumento de desestabilização social”. Para ele, “a revolta popular verificada ao final do iter criminis (caminho do crime) tem relação causal com a trama gerada e insuflada pela ação deste núcleo de acusados”.
Na semana passada, Fux pediu para revisar o voto proferido no núcleo um. Segundo assessores próximos do ministro, está sendo feita a revisão gramatical no texto, sem qualquer tipo de mudança no teor do voto. O ministro deve devolver o voto para publicação do acórdão até a próxima semana.
O acórdão é a transcrição do julgamento, com todos os votos proferidos. Somente com o documento publicado é que começa a contar o prazo de cinco dias para os réus apresentarem recurso. As defesas têm direito a embargos de declaração, um tipo de recurso que não tem potencial para reverter condenações, mas pode resultar na mudança pontual de alguns aspectos – por exemplo, o tamanho da pena aplicada a cada réu.
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