POLÍTICA
Temendo represálias, universidades e outras entidades do exterior devem evitar Moraes em futuras palestras

Diversas universidades e entidades acadêmicas no exterior estariam adotando uma postura de cautela ao considerar convites ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para participar de palestras e conferências internacionais. A informação, ainda não confirmada oficialmente, tem sido discutida em círculos acadêmicos e diplomáticos, segundo relatos de bastidores.
Fontes ouvidas sob condição de anonimato apontam que o receio de possíveis represálias políticas ou de atritos diplomáticos estaria levando organizadores a evitarem a participação do magistrado em eventos fora do Brasil. Moraes tem sido figura central em decisões polêmicas do Supremo, especialmente nas áreas de combate à desinformação, regulação das redes sociais e enfrentamento a ataques institucionais.
Internacionalmente, essas ações têm gerado tanto apoio quanto críticas. Setores que defendem a proteção das instituições democráticas veem em Moraes uma figura firme diante das ameaças ao Estado de Direito. Já críticos apontam para riscos à liberdade de expressão e alertam para possíveis excessos na atuação judicial.
Embora não haja comunicados oficiais de entidades estrangeiras vetando a presença do ministro, o clima de tensão política no Brasil e a visibilidade internacional dos embates judiciais parecem estar influenciando o cenário. Eventos de grande porte costumam prezar por neutralidade institucional e segurança diplomática, fatores que podem ser comprometidos diante de convidados controversos.
POLÍTICA
Efeito Magnitsky: Barroso intervém e pede que Brasil permaneça na aliança para memória do holocausto, alertando Lula sobre prejuízos
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva retirou o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA). A decisão foi tomada no último dia 18 deste mês. Os brasileiros atuavam como observadores.
O presidente do supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso, tem atuado pessoalmente para convencer o governo Lula a reconsiderar a decisão de retirar o Brasil da Aliança Internacional.
A adesão ao IHRA ocorreu em 2021, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo interlocutores da área diplomática, o governo brasileiro optou por sair da aliança, sob a alegação de que o ingresso foi feito de forma “apressada”, sem levar em conta obrigações legais e financeiras que precisariam ser reavaliadas.
Cinco dias depois de sair da aliança, o governo brasileiro entrou formalmente na ação movida contra Israel pela África do Sul, no Tribunal Internacional de Justiça. Ao sul-africanos acusam os israelenses de cometerem genocídio na Faixa de Gaza.
Na quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores de Israel reagiu:
“Voltar-se contra o Estado judeu e abandonar o consenso global contra o antissemitismo é imprudente e vergonhoso”, escreveu o governo israelense em nota.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) manifestou indignação diante da retirada do Brasil da IHRA. De acordo com a entidade, a medida representa um retrocesso moral e diplomático abre caminho para o enfraquecimento de esforços globais no combate ao antissemitismo.
“A decisão do governo brasileiro acontece em meio ao aumento vertiginoso dos casos de antissemitismo e ódio contra judeus no Brasil e no mundo”, diz a nota.
POLÍTICA
Ex-assessor de Moraes no TSE, Eduardo Tagliaferro, acusa Ministro: “Só entravam no gabinete coisas de direita. Nunca de esquerda”
O ex-assessor de Alexandre de Moraes no TSE, Eduardo Tagliaferro, afirmou em postagens nas redes sociais que fará revelações sobre os bastidores do gabinete do ministro, atualmente no STF. Tagliaferro declarou que Moraes “destruiu minha vida e a de várias pessoas” e que possui “bastante coisa” para mostrar ao Brasil.
Ele afirmou também que notou uma seletividade ideológica nas investigações conduzidas no gabinete: “só entravam coisas de direita”, “nunca de esquerda”, o que lhe chamou atenção.
Tagliaferro foi nomeado por Moraes em agosto de 2022 para chefiar a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE e foi exonerado em maio de 2023, após ser preso por violência doméstica em Caieiras (SP) .
Em abril de 2025, a Polícia Federal o indiciou por violação de sigilo funcional com prejuízo à administração pública, acusando-o de divulgar diálogos entre Moraes e servidores do TSE e STF .
A defesa nega seu envolvimento no suposto vazamento e questiona a robustez da investigação .
Tagliaferro apoia publicamente a aplicação da Lei Magnitsky pelos EUA contra Moraes e afirma ver-se como um perseguido político, afirmando: “contra fatos, contra provas, não tem argumentos. As provas estão comigo”.
POLÍTICA
Lei Magnitsky e tarifaço impulsionam ato de domingo
Neste domingo, 3 de agosto, está previsto um ato nacional convocado por movimentos de oposição ao governo Lula. A manifestação tem como principais bandeiras a crítica ao aumento de impostos sobre importações — apelidado de “tarifaço” — e a defesa da aprovação da chamada Lei Magnitsky brasileira, que prevê sanções contra indivíduos envolvidos em violações de direitos humanos no exterior.
Os organizadores afirmam que o objetivo é pressionar o Congresso Nacional a barrar a política tributária do governo federal e a avançar com projetos que responsabilizem financeiramente autoridades estrangeiras acusadas de crimes humanitários.
“O tarifaço penaliza o consumidor, prejudica pequenos empreendedores e protege os grandes oligopólios. Já a Lei Magnitsky é um compromisso com os direitos humanos e a liberdade internacional”, afirma nota divulgada pelos organizadores.
-
POLÍTICA2 semanas atrás
Lula estuda limitar remessa de dividendos de empresas americanas com operação no Brasil
-
POLÍTICA3 meses atrás
Deputado do Parlamento Europeu propõe sanção a Moraes após intimação contra Bolsonaro
-
BRASIL5 meses atrás
“Se para viver de arte, você precisa de subsídio do Estado, você não é um artista, você é um funcionário público.” Diz Javier Milei
-
POLÍTICA4 meses atrás
“Tomar o celular bruscamente da mão da vítima não configura o crime de roubo”, diz Ministro Antônio Saldanha do STJ
-
POLÍTICA2 semanas atrás
Trump ordena que visto de Eduardo Bolsonaro e toda sua família seja mudado de temporário para permanente
-
POLÍTICA2 semanas atrás
EUA investigam esposa de Moraes por influência do ministro do STF
-
POLÍTICA2 semanas atrás
Advogados dizem que medidas contra Bolsonaro são “inéditas no direito brasileiro”
-
POLÍTICA2 semanas atrás
Segundo aliados, Trump já cogita bloquear o GPS no Brasil