POLÍTICA
Sérgio Tavares diz que: “Tagliaferro temia ser morto pelo PCC por ordem de Moraes”

A comissão de segurança pública do Senado, realizou nesta quarta-feira (30), uma audiência pública para investigar, os desdobramentos da chamada Vaza Toga, o jornalista Sérgio Tavares foi o primeiro a ser ouvido.
Durante a audiência, o jornalista afirmou que Eduardo Tagliaferro , ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), temia ser morto por ordem do ministro Alexandre de Moreas. Segundo Tavares quem executaria o plano seria a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
Tavares divulgou uma conversa entre Tagliaferro e o jornalista Oswaldo, Eutáquio. O conteúdo se tornou um dos objetos da audiência no Senado.
“Essas declarações não são de agora”, afirmou o jornalista português. “Ocorreram há mais ou menos uns oito meses. Se essas declarações tivessem sido feitas agora, eu não poderia divulgar um áudio e colocar em risco um plano de fuga de um homem que dizia que tinha o PCC para o matar por ordem de Alexandre de Moraes.
NOTÍCIAS
Detido com mala de dinheiro tem contrato de 22 milhões com prefeitura de David Almeida
Preso ao desembarcar em Brasília com mais de R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo, Cesar de Jesus afirmou à Polícia Federal que é empresário e tem um contrato de R$ 22 milhões com a Prefeitura de Manaus, de onde viria parte desse montante que carregava. A Justiça mandou soltar os detidos, mas eles estão proibidos de deixar a capital federal por enquanto.
O que aconteceu
A PF interrogou o suspeito após ele ser flagrado com o dinheiro. Em seu depoimento, ele afirmou ser dono da empresa Comercial CJ, que, segundo ele, teria faturamento mensal de R$ 2 milhões. Ele se disse do ramo de comércio de alimentos e prestação de serviços. Segundo ele, a empresa possui dez empregados e cinco micro-ônibus.
Sua firma presta serviço para a Prefeitura de Manaus, justificou ele. Ele contou que o maior contrato seria para fornecimento de alimentos à Prefeitura de Manaus, no valor total de R$ 22 milhões, a ser pago em 12 meses —parte do dinheiro com ele viria desse serviço. Documentos obtidos pelo UOL apontam contratos de cerca de R$ 4,7 milhões.
Portal indica pagamentos menores, mas significativos. O Portal da Transparência indica que a Comercial CJ fechou ao menos R$ 4,7 milhões em contratos entre agosto passado e maio deste ano. Desse valor empenhado, R$ 3,4 milhões foram pagos, mas não se sabe se a empresa de Jesus possui outros contratos ainda não pagos para chegar ao montante de R$ 22 milhões que ele declarou.
A Prefeitura de Manaus não prestou esclarecimentos. Eles foram procurados por telefone e por email, mas não responderam. O espaço está aberto a manifestações.
Os contratos da CJ se referem a fornecimento de alimentos. Para a Secretaria de Educação, há macarrão, biscoito doce e leite condensado destinados à merenda dos alunos da rede municipal de ensino. Os empenhos somam R$ 4,7 milhões entre agosto e maio.
A empresa possui capital social de R$ 2,5 milhões. Para a Secretaria do Meio Ambiente e para a Fundação de Apoio ao Idoso Doutor Thomas, os contratos somam R$ 30 mil em empenhos. A Comercial CJ, porém, atua em várias áreas, como materiais de escritório, transporte e outras atividades diversas, enumeradas numa relação de cinco páginas no cadastro da empresa na Receita Federal.
As empresas de Jesus e outros dois presos não possuem funcionários, segundo a Polícia Federal. Imagens do Google datadas de agosto de 2024 e consultadas pela PF não exibem a existência da Comercial CJ no endereço indicado. O mesmo acontece com empresas dos outros dois detidos, os empresários Erick Pinto Saraiva, 29, e Vagner Santos Moitinho, 46.
Empresários receberam auxílio emergencial
Aos 25 anos, Jesus recebeu auxílio emergencial na pandemia de covid-19. Entre maio de 2020 e outubro de 2021, ele foi beneficiário do programa social para pessoas em situação de vulnerabilidade. Cesar de Jesus recebeu R$ 4.950 de auxílio emergencial na pandemia. Ele possui três veículos: uma Saveiro, um Onyx e uma caminhonete Toyota Hylux. Moitinho recebeu R$ 5.250 no período, mas devolveu R$ 3.000.
A PF indiciou por lavagem de dinheiro o empresário e os outros dois homens que viajavam com ele, que permaneceram em silêncio nos depoimentos.
Empresário fala que colegas também são donos de empresas. Segundo Cesar de Jesus, eles seriam donos de empresas de materiais de construção e fornecimento de vestuário. Eles voltariam para Manaus no mesmo dia que desembarcaram, contou.
Segundo ele, objetivo da viagem seria olhar “veículos” e “materiais”. Ele não soube explicar onde iria ver os veículos e os materiais que estaria interessado em comprar. Ele disse que os outros dois homens também pretendiam adquirir insumos para suas empresas.
Indiciados não responderam sobre o caso. A defesa do trio de empresários disse que eles não dariam entrevistas. Eles estão proibidos de voltar ao Amazonas. Devem ficar em Brasília, por ordem judicial, por três meses, monitorados por tornozeleira eletrônica.
‘’Que no dia de hoje, 20/05/2025, se deslocou até Brasília/DF com a finalidade de olhar dois veículos e materiais no estado de Goiás; que afirma que estava pesquisando os veículos no site OLX; Que não sabe afirmar com exatidão o local onde iria analisar a possível compra dos veículos; Que também iria analisar a possibilidade de adquirir produtos do gênero alimentício, contudo, não sabe especificar onde exatamente.’’
‘’Que é comum proceder com o transporte de valores em espécie, tendo em vista a existência de facilidade no momento de pagamento de fornecedores e na obtenção de descontos; Que reafirma que os valores são provenientes do contrato de fornecimento de alimentos vigente junto a Prefeitura de Manaus/AM; Que afirma que estava de posse de R$ 400 mil; QUE afirma ter procedido com os saques no decorrer desta semana.’’
Trechos de depoimento de Cesar de Jesus, um dos flagrados com mala de dinheiro ao desembarcar em Brasília.
PF fala em ‘falta de lastro’ e empresas de fachada. Para a Polícia Federal, há indícios de que dinheiro levado pelos suspeitos seria decorrente de fraudes em contratos com prefeituras do Amazonas.
Delegado suspeita de pagamento de propina. O delegado Márcio Lima, responsável pelo caso, indicou que as empresas deles não possuem estrutura condizente com os serviços que prestam e não descartou que os recursos poderiam ser utilizados para pagamento de propina a agentes públicos. Nesta semana, Brasília recebe a 26ª Marcha dos Prefeitos, com a presença de representantes de várias localidades pelo país. Em depoimento à PF, Cesar de Jesus negou ter pagado propina a agentes públicos.
‘’A alta quantia de valores em espécie não possui lastro sustentável nos rendimentos médios mensais declarados pelos conduzidos. Ademais, notou-se que as sedes das empresas a eles vinculadas não possuem qualquer estrutura condizente com os contratos celebrados junto a prefeituras. Reforçando os indicativos de se tratarem de empresas de ‘fachada’, aponta-se que elas não possuem quadro de empregados ativos, veículos condizentes com o ramo de atividade declarado e que ao menos dois dos Investigados constam como beneficiários de programas assistenciais do governo federal.’’
Relatório da PF que indiciou os três detidos por lavagem de dinheiro.
POLÍTICA
Justiça dá 20 dias para governo explicar gastos com viagens de Janja
A Justiça Federal abriu prazo de 20 dias para a União se manifestar sobre os gastos da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, com viagens internacionais. Ela também foi notificada para apresentar sua defesa no processo.
“Enquanto não formalizado o contraditório, não é possível a este Juízo aferir com profundidade a verossimilhança do direito alegado”, escreveu o juiz Leonardo Tavares Saraiva, da 9.ª Vara Federal Cível de Brasília, no último domingo, 18, ao mandar citar a União.
As despesas são questionadas em uma ação popular movida pelo vereador Guilherme Kilter (Novo), de Curitiba, e pelo advogado Jeffrey Chiquini.
Eles pedem a suspensão imediata de “quaisquer ordens de pagamento, reembolsos, diárias, passagens ou autorizações de despesas” com viagens da primeira-dama.
Na mesma decisão, o juiz Leonardo Tavares Saraiva negou impedir, em caráter liminar, o pagamento das despesas com deslocamentos de Janja para outros países.
O magistrado considerou que, por enquanto, não há “elementos hábeis a comprovar a ilegalidade dos atos administrativos combatidos”.
“Reputo ausentes os elementos suficientes a incutir-me segura convicção quanto à probabilidade do direito tutelado e ao perigo de dano invocado. Isto porque, a lesividade ao patrimônio público, advinda dos referidos decretos, não restou prontamente demonstrada”, escreveu.
Viagens da primeira-dama têm sido alvo de questionamentos da oposição sobre os custos e a necessidade da participação de Janja nos eventos.
POLÍTICA
Gabriel Monteiro entrevista assessor que forjou provas contra ele
Recentemente, Gabriel Monteiro, ex-vereador do Rio de Janeiro, postou uma entrevista de um de seus ex-assessores, que admitiu ter forjado provas contra ele. O vídeo da entrevista foi publicado no perfil do Instagram.
O ex-assessor revelou que recebeu uma proposta de suborno no valor de R$ 600 mil para fabricar evidências contra Monteiro. Segundo ele, a oferta foi feita por Vinícius Hayden, outro ex-assessor de Monteiro, que faleceu em um acidente de carro três dias após prestar depoimento contra o ex-vereador.
Gabriel Monteiro afirmou que a entrevista é uma tentativa de esclarecer as acusações que enfrentou, incluindo a denúncia de estupro que resultou em sua prisão por mais de dois anos. Recentemente, a Justiça reconheceu que provas importantes podem ter sido omitidas no processo que levou à sua condenação.
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