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POLÍTICA

Quem são os prefeitos amigos, favorecidos com R$ 1,4 bilhão do governo Lula

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O presidente Lula (PT) gosta de dizer que ninguém será tratado diferente porque não votou nele em 2022, como fez em entrevista à Rádio Gaúcha na sexta-feira, 16, ao reclamar do governador Eduardo Leite. No entanto, uma reportagem publicada pelo Uol na segunda, 19, e tema do artigo “Lula reclama de emendas, mas distribui dinheiro do mesmo jeito”, de Carlos Graieb em O Antagonista, revela que municípios chefiados por prefeitos amigos foram mais bem tratados do que outros na atual gestão.

De janeiro de 2023 a julho de 2024, o petista concedeu 1,4 bilhão de reais a seis cidades –Araraquara, Belford Roxo, Cabo Frio, Diadema, Hortolândia e Mauá– comandadas pelo seu partido ou por aliados, sem aval da área técnica ou justificativas detalhadas.

Segundo o site, as negociações, que envolvem verbas das pastas da Saúde, Educação, Cidades, Trabalho e Assistência Social, partiram do gabinete do próprio presidente, com envolvimento direto de Marco Aurélio Santana Ribeiro, o Marcola, chefe do gabinete de Lula.

Confira quem são os prefeitos amigos do petista:

Araraquara

O prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT), é ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) no governo Dilma Rousseff e homem de confiança de Lula.

Ele está em seu quarto mandato e não poderá se candidatar à reeleição.

Edinho já foi presidente do PT entre 2009 e 2013 e é cotado para assumir a presidência do partido no lugar de Gleisi Hoffmann, em 2025.

Diadema

A cidade de Diadema (SP), no ABC paulista, é administrada por José de Filippi Júnior (foto), filiado ao PT desde 1981.

Além de prefeito por três mandatos, ele foi deputado estadual (1999-2002), deputado federal (2010-2014) e secretário municipal de saúde de São Paulo entre 2013 e agosto de 2015, durante a gestão do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Filippi Júnior também foi tesoureiro das campanhas presidenciais vitoriosas de Lula em 2006 e de Dilma Rousseff em 2010.

Ele chegou a ser citado nas delações da Odebrecht na Lava Jato e foi alvo da operação Aletheia, em março de 2016, a mesma que conduziu Lula para uma condução coercitiva.

O prefeito de Diadema, no entanto, não chegou a ser condenado.

Em um pedido de verba feito por Diadema em agosto de 2023 ao governo federal, havia uma solicitação de “prioridade”, assinada pelo então secretário de Atenção Especializada Helvécio Magalhães, mas sem explicação para a ordem, segundo o Uol.

No mesmo pedido, o município solicitou 70 milhões de reais, mas recebeu 5 milhões de reais a mais.

Em junho, a cidade recebeu mais 20 milhões de reais.

Mauá

Também no ABC paulista, a cidade de Mauá (SP) é chefiada por Marcelo Oliveira (PT). Candidato à reeleição, ele tentará manter a terceira maior cidade da região, reduto histórico do PT, sob o comando da legenda.

O principal adversário de Marcelo Oliveira será o deputado estadual e ex-prefeito Átila Jacomussi (União). Uma pesquisa do Instituto Paraná divulgada em 3 de julho apontou que eles estão tecnicamente empatados, com 36,9% e 31,3% das intenções de voto, respectivamente.

Em outubro de 2023, cidade de Mauá encaminhou um pedido de 250 mil reais ao Ministério da Saúde, mas recebeu 42 milhões de reais, conforme o Uol.

Em junho, assim como Diadema, o município recebeu mais 20 milhões de reais.

O Ministério das Cidades também contemplou Mauá com 160 milhões de reais.

Hortolândia

A cidade de Hortolândia (SP) é comandada pelo prefeito e candidato à reeleição, Zezé Gomes (Republicanos). A ligação com o Palácio do Planalto, no entanto, é realizada pelo ex-secretário de Governo de Hortolândia Cafu Cesar (PSB), candidato a vice na chapa de Zezé.

Cafu foi funcionário do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu em 2005, no auge do mensalão.

Ao Uol, ele negou que tenha uma linha direta com o Planalto, mas confirmou uma relação pessoal com o chefe do Executivo.

“A relação pessoal com o presidente Lula advém do nosso histórico como liderança sindical e amizade e nada influencia nas decisões técnicas que precisam ser tomadas sobre o envio de recursos”, disse.

Cabo Frio

Empossada prefeita de Cabo Frio (RJ) em julho de 2023, após a morte do prefeito José Bonifácio (PDT), Magdala Furtado trocou o PL, de Jair Bolsonaro, pelo PV em fevereiro de 2024, partido que compõe uma Federação com PT e PCdoB. Candidata à reeleição, ela se tornou a aposta do partido de Lula para ganhar espaço na Região dos Lagos, dominada pela direita.

Além de seu potencial eleitoral, Magdala nomeou como secretário de Saúde, Márcio Lima Sampaio, filho da ministra da Saúde, Nísia Trindade.

A nomeação ocorreu apenas 21 dias após a pasta liberar 55,4 milhões de reais para atendimentos de alta e média complexidade em Cabo Frio.

Para coordenar sua campanha à reeleição, Magdala contratou Luiz Cláudio da Silva, irmão da primeira-dama Janja.

Belford Roxo

Aliado de Lula na Baixada Fluminense, região dominada pelo bolsonarismo e por milícias, o prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho Carneiro (Republicanos), é marido de Daniela do Waguinho, ex-ministra do Turismo de Lula.

O casal Waguinho tem ligações com o “bonde do Jura”, milícia liderada pelo ex-policial militar Juracy Alves Prudêncio, que foi condenado por homicídio e formação de quadrilha nos anos 2000.

Em maio de 2024, Waguinho foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por fraude em licitação na contratação de serviços para combate à dengue.

POLÍTICA

Líderes religiosos condenam inclusão de Silas Malafaia em inquérito da PF: “Atentado contra a democracia”

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Diversos líderes religiosos manifestaram repúdio à inclusão do pastor Silas Malafaia em um inquérito conduzido pela Polícia Federal. Para eles, a decisão representa um “atentado contra a democracia” e um risco à liberdade de expressão no país.

Em nota conjunta, representantes de diferentes denominações evangélicas afirmaram que a investigação contra Malafaia tem caráter político e configura perseguição religiosa. “Não se trata apenas de investigar um pastor, mas de intimidar milhões de fiéis que compartilham de suas convicções”, diz o documento.

Os líderes reforçaram que críticas ao governo ou a autoridades não podem ser criminalizadas e pediram respeito às garantias constitucionais. “É inadmissível que, em pleno Estado Democrático de Direito, pastores sejam tratados como inimigos políticos”, acrescentaram.

A Polícia Federal, por sua vez, não se pronunciou sobre o caso até o momento.

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POLÍTICA

Alexandre de Moraes é flagrado malhando em Pinheiros-SP nesse domingo

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O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) foi flagrado fazendo exercícios de musculação neste domingo (17), no Esporte Clube Pinheiros, um clube tradicional de São Paulo frequentado por pessoas ricas e de classe média. Uma foto com o magistrado treinando foi enviada ao portal Poder 360, que divulgou o registro.

No início deste ano, Moraes teve uma lesão num tendão do braço direito, e submeteu-se a uma cirurgia, e até pouco tempo usava uma tipoia. Agora, já está recuperado.

Aos 56 anos, Moraes firmou à revista norte-americana The New Yorker que é praticante de muay thai (um tipo de arte marcial também conhecida com boxe tailandês), além de musculação e corrida.

O local onde o ministro foi visto malhando fica na região dos Jardins, um bairro nobre da capital paulista. Moraes tem um apartamento vizinho à sede do Pinheiros.

Em algumas ocasiões, associados do Pinheiros demonstram descontentamento a respeito de como Moraes atua no Judiciário. Em 15 de agosto de 2022, um dos associados do Pinheiros propôs que o clube fizesse uma homenagem ao magistrado. Os integrantes do Conselho Deliberativo decidiram rejeitar o “voto de louvor” a Moraes –ele havia acabado de assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral.

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POLÍTICA

“Não existe possibilidade de recuar nem um milímetro”, diz Moraes ao Washington Post

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou que não pretende recuar em suas decisões sobre o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que o julgamento do líder da direita do Brasil seguirá conforme o previsto, apesar das sanções impostas contra ele pelo chefe do Executivo dos Estados Unidos, Donald Trump. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post, divulgada nesta segunda-feira (18).

“Não há a menor possibilidade de recuar um milímetro sequer”, disse o ministro. “Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem deve ser condenado será condenado, e quem deve ser absolvido será absolvido”, garantiu.

O ministro foi sancionado pela Casa Branca com a Lei Magnitsky, usada para punir estrangeiros. O dispositivo legal acionado pela Secretaria do Tesouro dos EUA impõe restrições financeiras a estrangeiros acusados de corrupção ou violações graves de direitos humanos.
Ao anunciar a punição, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, disse que Moraes promove “caça às bruxas”. Ele também também afirmou que o magistrado é responsável por uma “campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados, incluindo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro”. Além disso, ele foi alvo de críticas do próprio republicano.

Após pedido de Moraes, o presidente da Primeira Turma do Supremo, Cristiano Zanin, agendou o julgamento do núcleo 1 da ação penal, que inclui Bolsonaro e aliados, para setembro.
Foram convocadas sessões extraordinárias para 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro de 2025, das 9h às 12h, além de uma sessão extraordinária no dia 12, das 14h às 19h. O ministro também convocou sessões ordinárias para 2 e 9 de setembro, das 14h às 19h. O julgamento será presencial.
O Washington Post descreve o ministro do STF como um “xerife da democracia”. O jornal norte-americano afirmou que os “decretos expansivos” de Moraes repercutiram no mundo inteiro, em menção às sanções impostas a redes sociais, como o X, de Elon Musk. Em resposta, o bilionário chamou o magistrado de “Darth Vader do Brasil”.

Entendo que, para uma cultura americana, seja mais difícil compreender a fragilidade da democracia porque nunca houve um golpe lá”, disse Moraes ao jornal. “Mas o Brasil teve anos de ditadura sob o [presidente Getúlio] Vargas, outros 20 anos de ditadura militar e inúmeras tentativas de golpe. Quando você é muito mais atacado por uma doença, forma anticorpos mais fortes e busca uma vacina preventiva”, acrescentou.
Em relação às críticas dos apoiadores de Bolsonaro sobre a ação penal que tramita contra ele e aliados na Corte, Moraes apontou que se tratam de “narrativas falsas”, que atrapalham o relacionamento entre o Brasil e os Estados Unidos, aliados históricos.
O ministro citou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, que lidera uma campanha instando hostilidades dos EUA contra o Brasil e sanções contra Moraes. O governo norte-americano impôs uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.

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