POLÍTICA
PL desiste de coligação com PT e Republicanos em chapa na Grande São Paulo
O Partido dos Trabalhadores (PT) e o Republicanos se uniram para a disputa à prefeitura de Francisco Morato, na Grande São Paulo. A chapa será encabeçada por Ildo Gusmão (Republicanos), atual vice-prefeito e pastor da Igreja Quadrangular, com Chicão Bernabé (PT) como vice. O PL também fazia parte da coligação, mas após a repercussão negativa nas redes sociais de pertencer ao mesmo grupo que o PT, o partido recuou.
Na semana passada, o diretório nacional do PL publicou uma nota afirmando que o partido não participará de nenhuma coligação com partidos de esquerda. “O PL reforça a decisão adotada de proibir qualquer tipo de coligação com partidos de esquerda. As razões para essa decisão são óbvias. Para exemplificar, basta ver o que está acontecendo na Venezuela e quais partidos brasileiros estão se manifestando favoráveis ao regime ditatorial de lá. Não queremos que o Brasil tenha o mesmo destino.”
Em entrevista à Gazeta do Povo, Jesus Donizetti, presidente municipal do PL em Francisco Morato, admitiu que o partido gostaria de participar da coligação, mas seguirá a orientação nacional. “Por uma resolução do Valdemar Costa Neto, nosso presidente, o PL de Francisco Morato seguirá sozinho. Não lançaremos candidato a prefeito, apenas vereadores”, confirma o presidente local da sigla.
Na cidade, a convenção foi realizada em conjunto com o PT, PL e Republicanos, agora o PL terá um prazo para desfazer o acordo. “Participamos da convenção unificada com o PT. Com essa resolução do PL nacional, vamos mudar de direção. Temos um prazo para reverter essa situação”, esclarece Donizetti
Candidato a vice pelo PT, Chicão Bernabé afirmou que a aliança com o Republicanos foi aprovada no início do ano pelo diretório nacional petista. “Depois de mais de dez anos, nosso partido volta a disputar uma eleição majoritária, com meu nome para vice-prefeito ao lado de Ildo Gusmão.”
Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o partido que lidera a oposição ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) é o PT. Questionado sobre a contradição da parceria, Bernabé diz que na cidade a situação é diferente. “Em Francisco Morato, o Republicanos sempre esteve junto com o PT. Isso são narrativas que se criam, mas não condizem com a realidade”, rebate.
Bernabé também admite que a coligação com o PL provocou discursos internas no diretório petista em decorrência da polarização das siglas representadas pelo presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Questionaram isso dentro do PT, ingressando com recurso no diretório. Houve julgamento, mas isso é normal. A maior questão é entender a cidade. Em 2020, o Ildo Gusmão foi candidato a vice-prefeito com uma coligação PT e PSDB”, comentou ao recordar a polarização entre petistas e tucanos durante cerca de 20 anos nas eleições pelo país.
“Aqui na cidade, não existe a briga ideológica, mas entre pessoas. O Psol, por exemplo, aqui em Francisco Morato é oposição ao PT”.
Chicão Bernabé (PT), pré-candidato à vice-prefeitonormal
Após o anúncio da coligação, Ildo Gusmão e Chicão Bernabé se tornaram alvo de críticas e memes nas redes sociais, sendo chamados de “cara de pau” e “vendidos”. Gusmão rejeita o rótulo de bolsonarista, apesar de ter votado no ex-presidente em 2022. O PT tem forte presença política em Francisco Morato com vitória de Lula sobre Bolsonaro no último pleito presidencial.
Questionado sobre a aliança com o PT, o deputado federal e presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, afirmou à Gazeta do Povo que se trata apenas de “alianças locais” e nada mais. Até o fim das convenções partidárias, outras coligações entre partidos de esquerda e direita podem surgir no estado, nas regiões do Vale do Ribeira e no Litoral Norte.
Cientista política aponta diferenças nas eleições municipais
Cientista política e professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Denilde Holzhacker afirma que as alianças locais são mais valiosas para as eleições municipais em comparação aos acordos dos partidos em âmbito nacional. “A dinâmica nas eleições municipais, muitas vezes, não possuem conexões com as alianças nacionais. É uma eleição muito personalista, menos focada nos partidos e mais na história de alianças entre grupos políticos locais”, explica a professora.
Ela ressaltou que as alianças não são formadas por ideologia, mas por estratégia política. “Os partidos, pensando na competitividade dos candidatos, estabelecem alianças para aumentar o peso político. As prefeituras recebem volumes expressivos de emendas parlamentares, então o prefeito é um importante cabo eleitoral para os candidatos a deputado, influenciando o tamanho do partido e o acesso ao fundo partidário.”
POLÍTICA
Eduardo Bolsonaro diz que EUA vão pedir prisão de Moraes à Interpol
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta semana que autoridades dos Estados Unidos estariam preparando um pedido à Interpol pela prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo ele, a medida faria parte de uma ofensiva internacional contra o que classificou como “abusos de autoridade e perseguição política” praticados pelo magistrado contra opositores do governo Lula.
A declaração foi feita durante uma série de vídeos publicados nas redes sociais e em entrevistas à imprensa conservadora americana. Em suas falas, Eduardo disse estar atuando junto a representantes do Partido Republicano e aliados do ex-presidente Donald Trump para pressionar por sanções mais duras contra Moraes. “Estamos trabalhando para que ele [Moraes] seja incluído formalmente nas listas de procurados internacionais da Interpol”, disse o parlamentar.
Eduardo Bolsonaro também reiterou que Moraes teria sido alvo de sanções unilaterais por parte do governo americano, incluindo a revogação de seu visto de entrada nos Estados Unidos — fato que ainda não foi confirmado oficialmente pelas autoridades do país.
As declarações de Eduardo ocorrem em meio ao agravamento das tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Recentemente, o governo americano impôs sobretaxas de até 50% sobre produtos brasileiros, em retaliação às ações do STF contra opositores de Jair Bolsonaro. O governo brasileiro, por sua vez, denunciou uma tentativa de chantagem diplomática e convocou o embaixador brasileiro em Washington para consultas.
No último mês, o Supremo Tribunal Federal determinou o bloqueio de contas e bens de Eduardo Bolsonaro, como parte de um inquérito que investiga articulações para pressionar autoridades estrangeiras contra instituições brasileiras. A decisão judicial também apura possível financiamento de campanhas internacionais para descredibilizar o sistema judiciário brasileiro.
POLÍTICA
Países cogitam não vir à COP30 por preços abusivos em Belém, diz presidente
Alguns países estão considerando não participar da COP30 em Belém devido aos altos preços de hospedagem na cidade.
O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, revelou que há pressão para transferir a conferência para outro local devido aos preços exorbitantes de diárias em hotéis, que em alguns casos foram multiplicados por 15, segundo o YouTube.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) notificou hotéis em Belém para investigar possíveis práticas abusivas e aumentos atípicos nos preços. O setor hoteleiro, por sua vez, defende que a postura da Senacon é uma interferência indevida na atividade econômica, segundo O Globo.
Diplomatas de alguns países já expressaram preocupação com os altos custos e cogitam reduzir o tamanho de suas delegações ou até mesmo buscar outra sede para a conferência.
A COP30, que abordará temas como a transição energética e o financiamento climático, está marcada para acontecer em Belém em novembro de 2025. O evento pode gerar benefícios econômicos para a cidade, como a criação de empregos temporários e o aumento do turismo, mas também enfrenta desafios como a questão dos preços de hospedagem.
POLÍTICA
Grupo de extrema-esquerda ataca os EUA queimando bandeira e boneco de Trump em frente à embaixada brasileira em Brasília
Duas manifestações organizadas por entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) contra o governo dos Estados Unidos ocorreram simultaneamente na manhã desta sexta-feira (1), em Brasília e São Paulo.
O motivo foi o tarifaço imposto por Donald Trump contrar determinados produtos brasileiros, em nome de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados, já condenados por causa dos atos de 8 de janeiro ou ainda réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta trama golpista.
Na capital federal, um grupo se reuniu em frente à Embaixada dos Estados Unidos. Manifestantes exibiam cartazes contra a taxação de Trump e a favor da soberania nacional. um deles carregava um boneco do presidente norte-americano em uma forca.
A Polícia Militar do Distrito Federal enviou reforço ao local. A representação diplomática fica entre a Embaixada da Rússia e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em um setor com outras embaixadas e outros tribunais superiores. Não houve nenhuma ocorrência policial.
Já na capital paulista, os manifestantes se concentraram em frente ao consulado norte-americano, na zona sul da cidade. Eles queimaram bonecos de Bolsonaro e Trump, além de uma bandeira dos EUA. Também defenderam a soberania nacional e chamaram Bolsonaro de “traidor”, por meio de faixas e cartazes. Não houve registro de violência ou dano a patrimônio.
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