POLÍTICA
“Não existe racismo estrutural no Brasil”, diz teólogo Tassos Lycurgo
O teólogo e escritor Tassos Lycurgo causou polêmica ao declarar que “não existe racismo estrutural no Brasil”. Em entrevistas e textos publicados, Lycurgo sustenta que o conceito — amplamente defendido por acadêmicos, ativistas e organismos internacionais — não reflete a realidade brasileira. Para ele, a ideia de uma estrutura racista arraigada nas instituições é uma construção ideológica que ignora a pluralidade cultural e social do país.
Lycurgo, no entanto, questiona a eficácia de políticas públicas como as cotas raciais e argumenta que é necessário combater o racismo em suas manifestações individuais, sem recorrer a classificações generalizantes.
A fala do teólogo reacende o debate sobre a existência — ou não — de um sistema racialmente desigual no Brasil e levanta reflexões sobre quais caminhos são mais eficazes para enfrentar o preconceito no país.
POLÍTICA
EUA e CHINA formalizam trégua comercial com foco em terras raras e tecnologia
Os Estados Unidos chegaram a um acordo com a China para acelerar o envio de terras raras produzidas no país asiático, informou uma autoridade da Casa Branca nesta quinta-feira (26), em meio aos esforços para encerrar a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Durante as negociações realizadas em maio, em Genebra, a China se comprometeu a retirar as restrições não tarifárias aplicadas aos EUA desde 2 de abril, embora ainda não esteja claro como algumas dessas medidas serão revertidas.
Como parte de sua resposta às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, a China suspendeu a exportação de uma ampla variedade de minerais e ímãs considerados estratégicos. A medida afetou cadeias de suprimentos essenciais para montadoras, fabricantes do setor aeroespacial, empresas de semicondutores e fornecedores da indústria militar em todo o mundo.
“O governo e a China concordaram com um entendimento adicional para uma estrutura para implementar o acordo de Genebra”, disse um funcionário da Casa Branca nesta quinta-feira.
Segundo a autoridade, o entendimento é “sobre como podemos implementar a agilização de remessas de terras raras para os EUA novamente.
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, foi citado pela Bloomberg dizendo: “Eles vão nos entregar terras raras” e, quando fizerem isso, “retiraremos nossas contramedidas”.
A embaixada da China em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Trump declarou anteriormente que os EUA assinaram um acordo comercial com a China na quarta-feira (25), mas não forneceu detalhes. Um integrante do governo informou que o acordo entre os dois países sobre terras raras foi concluído no início desta semana.
A China tem levado “muito a sério” suas restrições relacionadas ao uso dual de terras raras e passou a avaliar os compradores com mais rigor para garantir que esses materiais não sejam direcionados ao uso militar nos EUA, diz uma fonte do setor. Essa fiscalização atrasado o processo de licenciamento.
O acordo de Genebra fracassou por causa das restrições impostas pela China às exportações de minerais essenciais, o que levou o governo Trump a adotar seus próprios controles, bloqueando o envio de software de design de semicondutores, aeronaves e outros produtos para o mercado chinês.
No início de junho, Trump afirmou que havia um acordo com a China segundo o qual Pequim forneceria ímãs e minerais de terras raras, e os Estados Unidos permitiriam a entrada de estudantes chineses em suas faculdades e universidades.
POLÍTICA
Brasil será o sexto país com maior saída de milionários em 2025, o principal destino é a Flórida nos Estados Unidos
Ao menos 1.200 milionários devem sair do Brasil de forma definitiva em 2025. Os destinos mais populares entre os brasileiros que vão deixar o País e têm fortuna de pelo menos US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,5 milhões) são Estados Unidos – principalmente o estado da Flórida -, Portugal, Ilhas Cayman, Costa Rica e Panamá.
Os dados são do Relatório de Migração de Riqueza Privada de 2025, feito pela consultoria de migração de investimentos internacionais Henley & Partners, em parceria com a empresa global de inteligência patrimonial New World Wealth.
As análises são feitas com base em movimentações de mais de 150 mil pessoas com alto patrimônio líquido – renda anual superior a US$ 200 mil (R$ 1,1 milhão) -, que são monitoradas pela New World Wealth. A empresa utiliza diversas fontes públicas para verificar a localização desses milionários e atualizar seu banco de dados interno.
A previsão coloca o Brasil como o País que mais perderá milionários na América Latina e o sexto no ranking global. O Reino Unido lidera a lista pela primeira vez, com estimativa de perda de até 16.500 milionários, seguido por China, Índia, Coréia do Sul e Rússia.
Ao todo, a Henley & Partners prevê que 142 mil milionários troquem de país neste ano. Os principais destinos dessas pessoas são os Emirados Árabes Unidos, com expectativa de até 9,8 mil realocações, seguido dos EUA, que pode ganhar até 7,5 mil milionários.
O Relatório de Migração de Riqueza Privada prevê que a perda de milionários do Brasil em 2025 será 50% maior em comparação com o ano passado, quando a projeção apontou a saída de 800 milionários. Isso coloca o País na contramão de outras nações do Brics, como China, Índia e Rússia, que terão neste ano suas menores perdas de milionários desde a pandemia.
CEO da AlphaGeo e um dos autores do material, Parag Khanna apontou que os dados mostram que a Ásia deve permanecer no centro das tendências globais de riqueza em 2025, por ser “moldada pelo dinamismo econômico, inovação política e a busca constante por segurança e crescimento”.
A liderança dos Emirados Árabes Unidos na lista dos países que mais atraem milionários e o primeiro lugar do Reino Unido na ponta oposta é um sinal da influência da migração estratégica de riqueza nas mudanças de poder econômico global, de acordo com o CEO da Henley & Partners, Juerg Steffen.
“Pela primeira vez em uma década de monitoramento, um país europeu lidera o mundo em fluxos de saída de milionários”, afirmou Steffen. “Isso não se trata apenas de mudanças no regime tributário. Ele reflete uma percepção cada vez mais profunda entre os ricos de que há mais oportunidades, liberdade e estabilidade em outros lugares. As implicações de longo prazo para a Europa e para a competitividade econômica e o apelo de investimento do Reino Unido são significativas.”
POLÍTICA
Absurdo: justiça marca julgamento de mãe que educa filho em casa
A educadora catarinense Regiane Cichelero será julgada no dia 1º de julho pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) por ter optado, em 2021, por educar o filho em casa. O caso reacende a polêmica sobre o ensino domiciliar (homeschooling) no Brasil e levanta questionamentos sobre os limites da autoridade dos pais na educação dos filhos e o papel do Estado na garantia do direito à educação formal.
Em março de 2021, com o retorno das aulas presenciais após o auge da pandemia de Covid-19, Regiane e o marido decidiram manter o filho fora da escola e iniciar o ensino domiciliar. A decisão motivou uma ação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que considerou a medida ilegal diante da exigência de matrícula regular em instituição de ensino reconhecida.
Ao longo do processo, a Justiça determinou que o menino fosse matriculado em uma escola, sob pena de sanções. Regiane foi alvo de diversas decisões judiciais que impuseram multas que variaram de 3 a 20 salários mínimos e multa diária de até R$ 1 mil em caso de descumprimento. Em momentos críticos, chegou-se a cogitar a retirada da guarda da criança.
A defesa da mãe sustenta que a Constituição Federal assegura aos pais o direito de escolher o tipo de educação que desejam para os filhos, especialmente quando esta ocorre de forma estruturada e com acompanhamento pedagógico. A organização internacional ADF International (Alliance Defending Freedom) foi admitida no processo como amicus curiae, oferecendo apoio jurídico e argumentando que convenções internacionais garantem a liberdade educacional da família.
“Esse julgamento vai além do caso individual. Está em jogo o direito dos pais de decidir sobre a formação de seus filhos, algo amplamente respeitado em diversas democracias”, afirmou Guilherme Schlickmann, representante da ADF no Brasil.
Atualmente, o ensino domiciliar não é regulamentado em nível nacional, embora tramitem projetos de lei no Congresso que buscam disciplinar a prática. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o homeschooling não é inconstitucional, mas ressaltou que sua implementação depende de regulamentação legislativa.
Organizações de defesa da infância, por outro lado, alertam que o ensino domiciliar pode dificultar a detecção de abusos, evasão escolar e desigualdades no aprendizado. “Sem controle do Estado, não há garantia de que a criança esteja, de fato, aprendendo”, afirmou uma promotora ouvida pela reportagem sob anonimato.
O julgamento do recurso de Regiane pelo TJSC está marcado para segunda-feira, 1º de julho, e poderá influenciar outros casos semelhantes em tramitação no país.
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