POLÍTICA
“Não estou aqui para ser popular”, diz Tarcísio de Freitas ao criticar políticos que priorizam popularidades em seus mandatos
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (12) que seu foco à frente do Executivo estadual é em resultados concretos e não na busca por aprovação popular. “Não estou aqui para ser popular”, declarou, durante evento sobre infraestrutura e investimentos no interior paulista.
A fala ocorreu em meio a críticas veladas a outros líderes políticos que, segundo Tarcísio, tomam decisões com base em estratégias eleitorais. “Há quem governe com os olhos nas redes sociais, nas pesquisas e na próxima eleição. Eu governo com os olhos no futuro de São Paulo. Algumas decisões podem ser impopulares agora, mas necessárias para garantir desenvolvimento lá na frente”, disse o governador.
Sem citar nomes, Tarcísio reforçou seu discurso de gestor técnico, marca que carrega desde que assumiu o Ministério da Infraestrutura no governo Bolsonaro. Desde o início de seu mandato como governador, tem defendido reformas e parcerias público-privadas em áreas como mobilidade urbana, segurança e saneamento, mesmo diante de críticas de setores da oposição.
A declaração ocorre em um momento de oscilação nos índices de aprovação do governo estadual, com recentes polêmicas envolvendo privatizações e medidas de contenção de gastos. Para aliados, a fala de Tarcísio busca reforçar a imagem de um político “pragmático”, voltado a resultados de longo prazo. Já adversários interpretam o discurso como uma tentativa de desviar o foco de decisões impopulares que têm gerado insatisfação entre servidores públicos e parte da população.
Especialistas avaliam que a estratégia pode ter impacto nas ambições eleitorais do governador, que tem sido cotado como possível nome para a disputa presidencial em 2026. Ao se distanciar do populismo e manter um discurso técnico, Tarcísio tenta consolidar uma imagem de “homem de Estado”, mesmo que isso signifique arcar com o desgaste político imediato.
POLÍTICA
Nova norma do Itamaraty permite “sigilo eterno” de arquivos
A portaria assinada em 5 de novembro pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, amplia o conjunto de informações que o Itamaraty pode considerar sigilosas, sob a justificativa de evitar “graves danos” à sociedade e ao Estado. A medida permite que pedidos feitos pela Lei de Acesso à Informação sejam negados mesmo quando os documentos não tiverem sido previamente classificados como sigilosos, o que contraria o procedimento previsto na LAI. Especialistas apontam que o artigo 29 cria, na prática, um “sigilo eterno”, pois impede o acesso por tempo indeterminado e torna impossível saber quantos ou quais documentos foram restringidos.
O advogado Bruno Morassutti destaca que telegramas diplomáticos e outras comunicações sensíveis podem ser barrados sem transparência. O Itamaraty argumenta que a portaria não cria novas hipóteses de sigilo e que apenas organiza procedimentos internos em um órgão que lida com informações naturalmente sensíveis. Já entidades como a Transparência Brasil afirmam que a norma amplia o sigilo sem respaldo legal e pode incentivar que outros órgãos adotem medidas semelhantes. Para as associações ANPUH e ABRI, a portaria viola os limites previstos em lei e subverte o princípio de que a publicidade é a regra e o sigilo, a exceção.
POLÍTICA
“Quando o crime domina o território, até quem só quer trabalhar vira alvo”, diz Rodrigo Pimentel
O ex-capitão do Bope e comentarista de segurança pública Rodrigo Pimentel afirmou que a expansão de grupos criminosos em áreas urbanas tem impactado diretamente a rotina de moradores que não têm qualquer vínculo com atividades ilícitas. “Quando o crime domina o território, até quem só quer trabalhar vira alvo”, disse durante debate sobre violência e políticas de segurança.
Segundo Pimentel, o controle territorial exercido por facções e milícias afeta desde o deslocamento diário de trabalhadores até o funcionamento de serviços essenciais. Ele destacou que, em algumas regiões, comerciantes e moradores acabam expostos a extorsões, ameaças e restrições impostas por grupos armados.
A fala reacendeu discussões sobre a necessidade de ações integradas entre governos estaduais e o governo federal para retomar áreas sob influência criminosa. Especialistas ouvidos por veículos de imprensa apontam que o avanço do crime organizado envolve fatores como disputa por mercados ilegais, ausência de presença estatal e fragilidades nas políticas sociais e de segurança.
O tema permanece no centro do debate público, especialmente diante do aumento das operações policiais em grandes centros urbanos e da preocupação com a segurança de trabalhadores que dependem de transporte coletivo e comércio local.
POLÍTICA
“A única coisa que cresceu nos 5 governos do PT, foram as f4cções cr1minosas”, diz governador Ronaldo Caiado
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou nesta semana que “a única coisa que cresceu nos cinco governos do PT foram as facções criminosas”. A declaração foi dada durante evento público no estado, quando o governador comentava sobre segurança pública e criticava gestões federais anteriores.
Caiado defendeu que sua administração tem atuado para reduzir índices de violência em Goiás e reforçou que, segundo ele, houve avanço organizado do crime durante os governos petistas. “Não podemos permitir que o país volte a conviver com a expansão de grupos criminosos”, disse.
A fala repercutiu entre aliados e opositores. Parlamentares governistas ecoaram as críticas, enquanto representantes do PT classificaram a declaração como “infundada” e “motivada por disputa política”. O partido argumenta que suas gestões ampliaram investimentos em segurança e profissionalização das forças policiais.
A discussão ocorre em meio ao debate nacional sobre políticas de combate ao crime e disputa narrativa entre governos estaduais e o governo federal. Até o momento, a declaração de Caiado segue sendo utilizada por seus apoiadores como parte de uma crítica mais ampla à condução da segurança pública em administrações petistas.
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