POLÍTICA
Moro vai pra cima de Gilmar Mendes: “Deveria explicar as relações dele com a CBF”.
O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) rebateu neste sábado, 12, críticas feitas pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante a Brazil Conference, em Harvard, o decano do STF havia defendido o colega Alexandre de Moraes e rejeitado comparações do ministro com Moro.
Gilmar Mendes deveria primeiro explicar as relações dele com a CBF. Ele foi perguntado a respeito pelos presentes?”, questionou mouro.
A declaração faz referência a ligações entre Gilmar Mendes e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), reveladas em janeiro de 2024, o ministro concedeu liminar que devolveu Ednaldo Rodrigues à presidência da entidade, após sua eleição ter sido anulada pela Justiça do Rio por irregularidades.
A decisão de Gilmar beneficiou a CBF, que, em agosto de 2023, firmou um contrato com o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), fundado pelo ministro e dirigido por seu filho, Francisco Schertel Mendes. A parceria garante ao IDP a gestão da CBF Academy, braço educacional da confederação, com direito a 84% da receita dos cursos.
A atuação do ministro também coincidiu com a contratação, pela CBF, do advogado Pedro Trengrouse, que recebeu R$ 6,5 milhões para atuar na recondução de Ednaldo. Trengrouse passou a atuar em Brasília duas semanas após o pagamento.
O caso levantou questionamentos sobre conflito de interesses e a atuação de ministros do STF em temas que envolvem instituições privadas.
POLÍTICA
Cid nega que Bolsonaro tenha assinado minutas de estado de defesa ou de sítio
Em depoimento prestado nesta segunda-feira (9) à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid negou que o ex-presidente Jair Bolsonaro tenha assinado qualquer minuta de decreto visando à implementação de estado de defesa ou estado de sítio durante o período de transição pós-eleitoral de 2022.
Cid, que firmou acordo de delação premiada com a Polícia Federal, afirmou que Bolsonaro teve acesso às propostas elaboradas por aliados civis e militares, mas que recusou-se a assiná-las. Segundo o militar, as minutas eram parte de discussões internas alimentadas por setores mais radicais do entorno do ex-presidente, que defendiam medidas de ruptura institucional após a derrota nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva.
“Ao contrário do que foi especulado, o ex-presidente não assinou nenhuma dessas minutas. Houve, sim, pressão de determinados grupos, mas ele não cedeu”, declarou Cid durante o depoimento.
As minutas citadas pelo tenente-coronel previam a decretação de estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e até a anulação do resultado das eleições de 2022. As propostas foram encontradas em investigações conduzidas pela Polícia Federal, que apuram uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Apesar de confirmar a existência dos documentos, Cid frisou que eles não passaram do plano das ideias e que nenhuma medida efetiva foi tomada por Bolsonaro para colocar em prática o conteúdo dos textos.
A declaração do ex-ajudante de ordens ocorre em meio a novas diligências da PF e decisões do STF que miram integrantes do núcleo duro do governo anterior. A defesa de Bolsonaro reiterou que ele sempre agiu dentro dos limites constitucionais e que jamais cogitou romper com a ordem democrática.
POLÍTICA
Magno Malta conclama jejum e oração por Bolsonaro
O senador Magno Malta (PL‑ES) convocou nesta semana seus seguidores a participarem de um período de jejum e oração pela recuperação do ex-presidente Jair Bolsonaro. A mobilização espiritual, segundo Malta, deve ocorrer da meia-noite até o meio-dia, com o objetivo de pedir a restauração plena da saúde do ex-mandatário.
A convocação foi feita por meio das redes sociais, onde o senador, que também é pastor evangélico, destacou a importância da fé nesse momento delicado. “Conclamo o Brasil a um tempo de jejum e oração”, escreveu Malta, reforçando a união entre patriotas e cristãos em apoio a Bolsonaro.
A iniciativa surge após Bolsonaro ter sido internado recentemente em Natal (RN), o que reacendeu preocupações sobre seu estado de saúde. Malta chegou a visitá-lo no hospital e vem compartilhando mensagens religiosas em defesa do ex-presidente.
POLÍTICA
Advogado de Bolsonaro mostra áudio “confrontando” a narrativa do golpe
Em nova ofensiva jurídica, o advogado de Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, apresentou nesta semana um áudio que, segundo a defesa, desmonta a narrativa construída pela Polícia Federal (PF) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A gravação, atribuída ao tenente-coronel Mauro Cid, delator-chave da investigação, foi exibida durante audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) e coloca em xeque a espontaneidade de seu depoimento.
No áudio, Cid — ex-ajudante de ordens de Bolsonaro — sugere que teria sido pressionado a endossar uma versão previamente estabelecida pela PF. “Minha versão não é a que eles querem. Estão dizendo que, se eu continuar com ela, vão endurecer a minha situação”, diz o militar na gravação. A declaração reforça a tese da defesa de que as acusações contra Bolsonaro foram “construídas sob pressão” e não refletem necessariamente os fatos.
Segundo o advogado, que atua como porta-voz da linha jurídica de Bolsonaro, o áudio demonstra que Cid não apresentou sua delação de forma livre e voluntária, como exige a lei. “Essa gravação revela que há um esforço para forçar uma narrativa que incrimine o ex-presidente. Isso compromete a validade da colaboração premiada”, declarou.
A PGR, no entanto, afirma que a delação de Cid foi homologada com base em uma série de evidências cruzadas, incluindo mensagens, e-mails, áudios e documentos como as chamadas “minutas do golpe”. A acusação central é de que Bolsonaro e seus aliados arquitetaram um plano para desacreditar o processo eleitoral, manter o então presidente no poder e fomentar ações golpistas.
Nos bastidores do STF, a revelação do áudio causou desconforto. Ministros ouvidos reservadamente indicaram que o conteúdo da gravação será analisado com cautela, mas ressaltam que o caso não depende exclusivamente do testemunho de Mauro Cid. Ainda assim, a estratégia da defesa é clara: colocar em dúvida a principal peça da acusação para, gradualmente, esvaziar o inquérito.
Enquanto isso, seguem os depoimentos dos envolvidos, incluindo militares da reserva, ex-assessores presidenciais e o próprio Jair Bolsonaro, que deve ser ouvido nas próximas semanas. A expectativa é que os desdobramentos da gravação apresentada influenciem o ritmo e o tom dos interrogatórios.
O caso continua sendo um dos principais focos da atenção política e jurídica do país em 2025. Se confirmadas as pressões relatadas por Cid, a delação pode ser parcialmente invalidada, o que comprometeria parte da sustentação da denúncia. Por outro lado, se as autoridades confirmarem a autenticidade dos demais elementos probatórios, o processo seguirá seu curso rumo a uma possível denúncia formal contra o ex-presidente.
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