POLÍTICA
“Membros do Governo Lula sabiam das fraudes no INSS”, diz defensora pública
A defensora pública federal Patrícia Bettin Chaves afirmou, em depoimento à CPMI do INSS, que integrantes do governo Lula foram oficialmente avisados sobre as fraudes bilionárias no sistema previdenciário ainda em 2023. Segundo ela, ofícios e atas de reuniões do Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI) registram que os alertas chegaram ao então ministro da Previdência, Carlos Lupi, e a outros membros da administração federal.
“Os avisos foram feitos de forma formal, tanto judicial quanto extrajudicialmente. Havia pleno conhecimento da gravidade do problema”, disse a defensora.
O escândalo envolve descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas, feitos por associações sem autorização dos segurados. Estima-se que o esquema tenha causado prejuízo superior a R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024, afetando milhões de beneficiários.
A gravidade da denúncia foi reforçada pelo próprio ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, que declarou publicamente que “todo mundo sabia do problema”, citando inclusive o chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Apesar dos alertas, as medidas de contenção demoraram a ser adotadas. O ministro Carlos Lupi chegou a admitir a lentidão, mas negou omissão e defendeu sua permanência no cargo. Documentos revelaram ainda que o governo recebeu representantes de entidades investigadas 15 vezes desde 2023, mesmo após os primeiros indícios de irregularidades.
A CPMI agora busca apurar não apenas a extensão da fraude, mas também a responsabilidade das autoridades que, mesmo cientes, não impediram a continuidade do esquema.
POLÍTICA
Lula baixa decreto que aumenta poder de Janja
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou o decreto nº 12.604, que estabelece alterações na estrutura administrativa da Presidência da República. A medida, assinada em 28 de agosto de 2025, amplia o acesso da primeira-dama, Janja Lula da Silva, aos serviços do Gabinete Pessoal do presidente da República.
O texto foi assinado por Lula, pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. O decreto modifica normas de 2023 e determina que o gabinete também deverá “apoiar o cônjuge de Presidente da República no exercício das atividades de interesse público”.
Em abril de 2025, a AGU (Advocacia Geral da União) publicou uma orientação normativa sobre a atuação do cônjuge do presidente da República. O documento estabelece que o cônjuge pode representar o chefe do Executivo em atividades de caráter cultural, social ou cerimonial, desde que não assuma compromissos em nome do governo.
A orientação também define que essa atuação deve ser voluntária, não remunerada e submetida à prestação de contas, conforme os princípios da Administração Pública previstos na Constituição Federal. Em nota a Secretaria de Comunicação da Presidência afirma que “os normativos estabelecem as balizas legais inerentes a tal atuação e contribuem para a transparência no exercício das atividades.”
GABINETE DA PRESIDÊNCIA O Gabinete Pessoal é responsável pela organização da agenda e do cerimonial presidencial, pelo recebimento e resposta de correspondências, pela formulação de pronunciamentos, pela gestão do acervo privado e pela preservação dos palácios e residências oficiais utilizadas pelo chefe do Executivo. A estrutura é chefiada pelo cientista político Marco Aurélio Santana Ribeiro, conhecido como Marcola, um dos assessores mais próximos de Lula. Abaixo dele estão unidades como a Ajudância de Ordens, o Cerimonial, o Gabinete Adjunto de Agenda e a Diretoria de Documentação Histórica.
Entre cargos comissionados e funções de confiança, o gabinete conta com 189 postos de trabalho. Embora o cônjuge do presidente não ocupe cargo público nem tenha atribuições oficiais, Janja já contava, desde o início do governo, com funcionários que a auxiliavam informalmente.
POLÍTICA
Jovem conhecido por gostar da polícia militar é morto pelo CV após saudar PM
O corpo do jovem Gabriel dos Santos Viana de 19 anos, que estava desaparecido desde o dia 29 de setembro deste ano, foi localizado pela Polícia Civil do estado do Mato Grosso (PCMT), no município de Vila Rica, nesse sábado (11/10). Ele era conhecido por gostar da polícia e foi morto pelo Comando Vermelho (CV) após ser visto cumprimentando um militar.
Além de descobrir o cadáver, investigadores da delegacia de Vila Rica prenderam o suspeito de cometer o crime.
Segundo a PCMT, Gabriel era conhecido pelas equipes da cidade por gostar muito da polícia, ele sempre cumprimentava os policiais onde os via e tinha contato mais próximo com alguns, o que motivou sua morte.
Ele foi assassinado com uma facada no pescoço e outra na perna, além de ter sido enterrado após o crime.
O desaparecimento
A irmã de Gabriel registrou um boletim de ocorrência por desaparecimento no dia 29 de setembro, dizendo que o irmão teria ido a uma festa e não foi mais visto. Ela tinha a informação de que o desaparecimento poderia ter ligação com uma facção criminosa e que o irmão havia sido colocado em um veículo antes de sumir.
Desde então, as Polícias Civil e Militar realizavam buscas pelo jovem.
Após semanas de investigações, a Polícia Civil recebeu a denúncia de que o carro utilizado no dia do desaparecimento da vítima e a motocicleta do jovem estariam em uma fazenda da região.
Diante disso, uma equipe da Delegacia de Vila Rica foi até o local, a cerca de 30 quilômetros da zona urbana da cidade, na Comunidade Caxandá.
O dono da fazenda permitiu a entrada dos policiais. Havia dois homens trabalhando na propriedade. Eles saíram correndo mata adentro quando perceberam a aproximação dos policiais.
As equipes o cercaram e conseguiram prender um dos homens, de 27 anos, após ele tropeçar e cair. Ele estava armado com uma espingarda.
O outro suspeito, que também estava armado, conseguiu se esconder na mata fechada. Um celular quebrado também foi apreendido. O homem preso disse que o aparelho era usado para fazer live com membros de uma facção criminosa atuante em Mato Grosso.
Questionado, ele indicou onde estava o carro usado no assassinato de Gabriel e onde a facção criminosa havia enterrado a motocicleta da vítima, em uma região de mata de difícil acesso. A faca utilizada no crime estava dentro do carro.
Ele também apontou onde o corpo de Gabriel havia sido ocultado, no final do Setor Esplanada, em Vila Rica.
A equipe da Polícia Civil acionou reforço da Força Tática da Polícia Militar e foi até o local apontado pelo suspeito, uma região de mata de difícil acesso, onde o corpo da vítima foi encontrado enterrado.
Gabriel foi assassinado com uma facada no pescoço, desferida pelo homem preso, e outra na perna, realizada pelo suspeito que conseguiu fugir pela mata.
POLÍTICA
Fux pede vista e suspende julgamento de Moro
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista, na sexta-feira (10), no processo que analisa a manutenção do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) como réu por calúnia contra o próprio ministro Gilmar Mendes.
Apesar do pedido, o julgamento, realizado no plenário virtual da 1ª Turma do STF, já tem maioria formada, com os votos da relatora Cármen Lúcia e dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin pela manutenção de Sergio Moro como réu.
Com o pedido de vista, o caso fica suspenso até que Fux devolva o processo para julgamento. Ele tem até 90 dias para fazê-lo.
O senador responde no STF por calúnia, um dos crimes contra a honra, devido a declarações sobre o ministro. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em abril de 2023 e aceita pela 1ª Turma, por unanimidade, em junho de 2024.
Segundo a acusação, Moro afirmou em vídeo que seria possível “comprar um habeas corpus de Gilmar Mendes”. A PGR considerou a fala criminosa, enquanto a defesa do senador alegou tratar-se de uma “fala infeliz”, dita em tom de brincadeira.
A defesa recorreu da decisão que aceitou a denúncia, argumentando que Moro não tinha conhecimento da divulgação do vídeo e que faltavam provas contra ele.
Voto da relatora
Em seu voto, Cármen Lúcia destacou que a aceitação da denúncia não representa um julgamento de mérito, sendo apenas uma etapa inicial do processo.
“Não se pode, portanto, confundir os requisitos para o recebimento da denúncia com o juízo de procedência da imputação criminal”, escreveu.
A ministra afirmou ainda que a peça apresentada pela PGR cumpre os requisitos formais e “descreve, com o cuidado necessário, a conduta criminosa imputada ao embargante, explicitando os fundamentos da acusação”.
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