POLÍTICA
Justiça dá 20 dias para Erika Hilton explicar gastos com segurança
A Justiça Federal do Distrito Federal deu prazo de 20 dias para que a deputada federal Érika Hilton (Psol-SP) apresente defesa em ação popular movida pelo vereador curitibano Guilherme Kilter (Novo), que questiona a contratação de uma empresa de segurança com recursos públicos. A decisão, assinada pela juíza Adverci Rates Mendes de Abreu, da 20ª Vara Federal Cível, também negou o pedido de liminar que buscava suspender os contratos firmados entre a parlamentar e a MAPI Consultoria em Sistemas de Segurança e Proteção Comunitária Ltda.
Kilter alegou que a empresa contratada opera “em total arrepio da legislação federal que rege a prestação de serviços de segurança privada no Brasil” e que estaria irregular junto ao Sistema de Gestão Eletrônica de Segurança Privada (GESP). Segundo ele, a MAPI, constituída em abril de 2022, possui em seu CNPJ atividades econômicas relacionadas à segurança privada e investigação particular, mas não teria registro regular para atuar no setor.
Ainda de acordo com a petição inicial, o gabinete de Érika Hilton e o da vereadora paulistana Amanda Paschoal (Psol) teriam utilizado recursos públicos — cota parlamentar e verba de gabinete, respectivamente — para pagar a empresa. Como prova, o vereador anexou notas fiscais emitidas pela MAPI.
Ao analisar o pedido, a juíza entendeu que, “neste momento inicial”, não estão presentes os requisitos para concessão da tutela de urgência. “A cognição sumária inerente ao presente momento processual não permite concluir que o patrimônio público sofreu ou está em vias de sofrer lesão”, afirmou.
Segundo a decisão, as notas fiscais juntadas aos autos indicam as pessoas físicas como “tomadoras de serviço”, sem comprovação suficiente, por ora, de que houve ressarcimento dos serviços com dinheiro público. “Não havendo prova suficiente, no momento, sobre o ressarcimento de referidos serviços pelo Erário”, escreveu a magistrada.
A juíza também considerou que as alegações sobre supostas irregularidades na constituição da empresa devem ser examinadas mais adiante. “A correlação com o serviço público federal deve ser analisada em momento processual futuro”, argumentou.
Diante disso, a antecipação de tutela foi indeferida. A Justiça determinou a citação da União, do Estado de São Paulo e das rés — Érika Hilton, Amanda Paschoal e a MAPI Consultoria — para apresentação de contestação em até 20 dias. O Ministério Público Federal (MPF) também foi intimado a acompanhar o caso.
A decisão foi proferida nesta quarta-feira (2/7). O processo segue em tramitação.
POLÍTICA
“Crianças abusadas debaixo da árvore que a senhora defende”, diz Silvia Waiãpi sobre política de Marina Silva
Durante sessão de comissão na Câmara dos Deputados, a deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) fez duras críticas à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, acusando o governo de manter os povos indígenas do Norte do país na miséria por meio de políticas ambientais que, segundo ela, ignoram as necessidades humanas básicas das comunidades locais.
“Essa é uma política que salva o mundo, mas que condena mulheres e crianças a serem abusadas debaixo da árvore que a senhora defende”, afirmou a parlamentar, em um dos momentos mais incisivos do debate.
Silvia, que é indígena, afirmou que a preservação ambiental tem sido usada como justificativa para a estagnação do desenvolvimento socioeconômico na Amazônia, enquanto mulheres e crianças seguem vulneráveis à violência e à pobreza extrema.
A declaração expõe o embate entre duas visões sobre a Amazônia: a de Silvia Waiãpi, que defende o uso dos recursos naturais para o progresso das comunidades locais, e a de Marina Silva, que prioriza a conservação ambiental diante das ameaças das mudanças climáticas e do desmatamento.
Até o momento, o Ministério do Meio Ambiente não se manifestou sobre as declarações da deputada.
POLÍTICA
Lula perde para Bolsonaro, Michelle, Tarcísio e outros nomes no segundo turno em 2026
Os dados da pesquisa do instituto Gerp, divulgada em primeira mão pela EXAME nesta quarta-feira, 2, mostram que, se as eleições de 2026 fossem hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria derrotado por seis dos oito adversários testados — e com diferenças de intenção de voto de até 20 pontos percentuais.
Essa é a primeira vez que o instituto realiza simulações de cenários de segundo turno.
O levantamento mostra que Lula seria superado para além da margem de erro em disputas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL); o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos); o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD); o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL); e o ex-governador Ciro Gomes (PDT).
Contra os governadores Ronaldo Caiado (União) e Romeu Zema (Novo), Lula aparece tecnicamente empatado.
O melhor desempenho na disputa contra o atual presidente é o de Bolsonaro, com 52% contra 32% do petista, uma diferença de 20 pontos percentuais.
Nesse cenário, o percentual de não sabem ou não opinaram chega a 6%, enquanto nenhum deles é de 10%.
Tarcísio é o segundo nome com melhor desempenho nas simulações, com 47% das intenções de voto contra 31% de Lula, diferença de 16 pontos. Michelle aparece com 46% contra 34% do presidente, 12 pontos de vantagem.
Lula lidera o 1º turno contra Tarcísio e Eduardo, mas é superado por Michelle e Bolsonaro
Lula lidera em dois cenários de primeiro turno. No primeiro, o petista tem 25% contra 21% de Tarcísio, o nome mais bem posicionado da oposição nessa simulação.
Quando o governo de São Paulo é substituído por Eduardo Bolsonaro, Lula tem 26% contra 17% do deputado licenciado.
Em disputa com Bolsonaro, o presidente tem 42% contra 26%, e contra Michelle, o percentual é de 29% contra 25% do petista.
Na comparação com o levantamento anterior, a maioria dos nomes teve oscilação dentro da margem de erro. Tarcísio cresceu 4 pontos percentuais.
A pesquisa Gerp entrevistou 2000 brasileiros adultos entre os dias 23 e 30 de junho de 2025. A margem de erro do levantamento é de 2,24 pontos percentuais para mais ou para menos com nível de confiança de 95%.
Cenários de segundo turno em 2026
O instituto simulou oito cenários de segundo turno com Lula como o candidato à reeleição e nomes da centro-direita.
Lula X Bolsonaro 2° turno
Bolsonaro: 52%
Lula: 32%
Não sabe/Não opinou: 6%
Lula X Michelle Bolsonaro 2° turno
Michelle Bolsonaro: 46%
Lula: 34%
Não sabe/Não opinou: 6%
Lula X Tarcísio 2° turno
Tarcísio de Freitas: 47%
Lula: 31%
Não sabe/Não opinou: 7%
Lula X Eduardo Bolsonaro 2° turno
Eduardo Bolsonaro: 42%
Lula: 35%
Não sabe/Não opinou: 6%
POLÍTICA
“Somos um país abençoado, invadiram o Banco Central e R$ 1 bilhão foi tirado do sistema do Banco Central por hackers. Sorte nossa o sistema eleitoral ser a prova de hackers”, ironiza deputado José Medeiros
O deputado federal José Medeiros (PL-MT) usou um tom irônico para comentar o ataque cibernético ao Banco Central, que resultou no desvio de cerca de R$ 1 bilhão, segundo informações preliminares. “Somos um país abençoado, invadiram o Banco Central e R$ 1 bilhão foi tirado do sistema do Banco Central por hackers. Sorte nossa o sistema eleitoral ser à prova de hackers”, afirmou o parlamentar nas redes sociais.
A declaração ocorre em meio à repercussão do incidente de segurança envolvendo o sistema financeiro nacional. A ironia de Medeiros sugere desconfiança quanto à segurança do sistema eletrônico de votação no Brasil, tema recorrente em debates políticos nos últimos anos.
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