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POLÍTICA

Jornalista da Globo diz que: “discurso de Bolsonaro em inglês na paulista foi uma jogada de mestre”

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Em análise sobre o ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, um jornalista da Globo destacou o discurso do ex-presidente em inglês como uma estratégia política eficiente. Segundo ele, a escolha de Bolsonaro por um inglês simples, mencionando figuras como o “vendedor” e o “pipoqueiro”, foi uma jogada calculada que viralizou nas redes sociais e gerou engajamento massivo.

Enquanto setores da esquerda interpretaram o momento como deboche, o jornalista argumentou que a estratégia teve um efeito oposto ao pretendido pelos críticos: em vez de parecer elitista, Bolsonaro conseguiu transmitir humildade e conexão com o público médio, muitos dos quais também enfrentam dificuldades com o idioma.

“A esquerda subestimou o impacto simbólico”, afirmou o analista. “Ao falar um inglês quebrado e citar trabalhadores comuns, Bolsonaro reforçou sua imagem de ‘homem do povo’ e transformou um possível ponto fraco em uma narrativa de identificação com a base.”

O jornalista ainda avaliou que, dentro do contexto do evento, essa foi uma das manobras mais inteligentes do ex-presidente, garantindo visibilidade.

POLÍTICA

“Quase declaração de guerra”, diz Mourão sobre STF retaliar os EUA

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O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) avaliou, na quarta-feira (20), que um eventual bloqueio de bens e ativos de companhias norte-americanas em território brasileiro poderia ser interpretado como uma espécie de “declaração de guerra” aos Estados Unidos.

Segundo o parlamentar, esse tipo de medida tem circulado em discussões no âmbito do Judiciário, como forma de retaliação às sanções impostas recentemente pela Casa Branca contra o Brasil. Mourão alertou que uma decisão nesse sentido colocaria o país em situação delicada.

– Trata-se de uma medida estapafúrdia que jogaria o Brasil no limbo. Equivale a quase uma declaração de guerra – declarou o senador em seu perfil no X.

A fala ocorre em meio à decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu empresas e instituições em operação no Brasil de aplicarem restrições motivadas por “atos unilaterais estrangeiros”.

Na decisão de Dino, tomada na última segunda (18), o ministro entendeu que medidas como bloqueio de ativos e cancelamento de contratos só poderão ser adotadas com autorização expressa da Corte. Para os investidores, a decisão deve afetar a aplicação da chamada Lei Global Magnitsky, utilizada pelos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes.

No entanto, veículos de imprensa noticiaram que ministros cogitam escalar a reação e até mesmo congelar ativos de empresas americanas no Brasil como forma de retaliar os Estados Unidos.

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POLÍTICA

PF indicia Allan dos Santos por difamação, injúria e incitação ao crime

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A Polícia Federal indiciou o jornalista Allan dos Santos pelos crimes de difamação, injúria, desobediência e incitação ao crime. O relatório da investigação foi encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (19).

Allan dos Santos está foragido desde 2021, após decretação da prisão preventiva pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito das fake news, que investiga a criação de uma organização criminosa para a disseminação de notícias falsas.

Segundo a investigação da PF, Allan teria criado vários perfis nas redes sociais e agido “sistematicamente” para desrespeitar decisões do Supremo.

“A investigação já conseguiu qualificar o investigado e obter dados relevantes sobre seus perfis. Os relatórios de análise de postagens demonstraram a natureza pejorativa e conspiratória dos conteúdos, corroborando as acusações iniciais”, descreve a conclusão do inquérito.

Ainda nesta quarta, o ministro Alexandre de Moraes encaminhou o relatório da PF para PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifestar no prazo de 15 dias.

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POLÍTICA

Navios enviados por Trump têm mais poder de fogo que a Venezuela

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A nova ameaça de Donald Trump a Nicolás Maduro, agora na forma do envio de três destróieres para perto da Venezuela, parece desenhada apenas para pressionar o ditador venezuelano. Na hipótese de o americano querer ir às vias de fato, contudo, Caracas estará com problemas.

Cada um dos navios da classe Arleigh Burke enviados é equipado com um poderoso sistema de defesa contra mísseis, o Aegis, e carrega até 96 mísseis diversos, com ênfase no modelo de cruzeiro Tomahawk que, desde a Guerra do Golfo de 1991, é o símbolo dos ataques de precisão à distância dos Estados Unidos.

Os três navios, USS Gravely, USS Jason Dunham e o USS Sampson são da recente geração 2A da classe, esteio naval americano com 74 embarcações em serviço. Com hipotéticos 288 mísseis para uma única salva, eles projetam mais poder de fogo do que toda a Marinha venezuelana na prática, do que toda a Venezuela.

Para efeito comparativo, o “choque e pavor” que abriu a campanha americana contra o Iraque em 2003 empregou estimados 40 Tomahawk, fora outras armas.

Isso não significa que não haja risco para as embarcações americanas em uma eventual escaramuça. Segundo o Balanço Militar de 2025, a bíblia do setor editada pelo londrino Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, Caracas tem à disposição mísseis antinavio que podem dar trabalho às defesas dos Arleigh Burke.

O país só tem duas fragatas, e elas operam antiquados modelos Otomat franco-italianos, com alcance de 180 km. Mas o perigo mora numa geração nova de mísseis iranianos de desenho chinês comprados, segundo relatos pouco confiáveis, por Maduro a partir de 2020.

São eles o moderno CM-90, com 90 km de alcance, e o C-802A, com 180 km e capacidades de manobra em voo. A questão é que ninguém sabe quantos desses modelos estão à disposição do ditador, que olhou para o exemplo de Teerã: sem poder fazer frente a Israel e EUA, o país investiu pesadamente na assimetria que mísseis antinavio e balísticos podem dar.

Esse poderio não foi testado na guerra entre iranianos e os rivais neste ano de forma completa: a teocracia optou por não escalar o combate para os mares, ciente de que já estava levando uma surra nos ares.

Caracas vive de uma fama passada na área militar. Suas capacidades foram formadas nos anos de Hugo Chávez no poder, de 1999 a 2013, em meio ao boom das commodities. O petróleo venezuelano e a briga com os EUA fez Caracas voltar-se a Moscou e, depois, a Pequim para reequipar-se.

São dessa época as estrelas de seu arsenal, que a tornaram uma reconhecida potência regional. Tanques russos T-72, caças multifuncionais Su-30 e a melhor defesa aérea do continente, com 12 lançadores S-300 de longo alcance e 53 Buk e Petchora, de média altitude.

Ela poderia talvez fazer a diferença caso Trump resolva emular seu ídolo Ronald Reagan. Em 1986, o republicano cujo retrato está pendurado perto da mesa do presidente no Salão Oval, ordenou um ataque aéreo contra o ditador líbio, Muammar Gaddafi. Deu errado e ele sobreviveu, só para ser morto anos mais tarde.

Por óbvio, essa seria uma operação aérea de assassinato, como os EUA promoveram com drone contra o mais importante general iraniano em 2018 e Trump ameaçou fazer contra o líder da teocracia, aiatolá Ali Khamenei.

O problema todo para Maduro é a falta de manutenção e peças de reposição, devido à crise financeira do país. Com isso, estima-se que talvez só metade dos 21 Su-30 do país estejam operacionais, se tanto.

Para driblar isso, o venezuelano passou a comprar material iraniano, mais barato e de pior qualidade.

Como só tem 2 fragatas antigas e 2 corvetas, passou a investir em barcos de patrulha com os Peyakaap-2 iranianos, que podem operar mísseis. Há ao menos 4 deles navegando.

O venezuelano tem também à disposição, isso segundo relatos não confirmados, sistemas russos costeiros Bal, com mísseis Kh-35 de 120 km de alcance.

Seja como for, o emprego de qualquer arma dessas contra os navios americanos ensejaria uma resposta potencialmente devastadora.

O anúncio de Maduro de mobilizar sua Milícia Nacional Boliviana, que tem 220 mil membros apesar de ele ter divulgado a convocação de 4,5 milhões de pessoa, é risível militarmente: são soldados pouco treinados, que empregam armas leves, fuzis e, na melhor hipótese, mísseis portáteis russos Igla-S.

O restante de suas Forças Armadas é composto de 123 mil militares, menos que um décimo do contingente americano, embora esse tipo de comparação seja em geral inócua o que interessa é a capacidade de guerra, assimétrica ou não. E nem chegamos às 5.177 ogivas nucleares à disposição de Washington.

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