POLÍTICA
Itália não tem o “rito mágico” de Moraes, diz Tagliaferro
O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Eduardo Tagliaferro, foi levado a uma delegacia na Itália na 4ª feira (1). Em entrevista ao programa “Paulo Figueiredo Show”, veiculado no YouTube, ele afirmou que a condução foi tranquila e cordial por parte dos policiais italianos –os “carabinieri”– e que já esperava a notificação.
“Não foi nenhuma novidade para mim. A gente até fica um pouco ansioso quando chega um, no caso aqui um carabiniere, mas foi tudo conduzido na plena calma, na tranquilidade. É previsto. Do rito, a gente não consegue escapar. Na verdade, o rito correto na Itália. Não o rito virtual, o ‘magic’ rito do Alexandre de Moraes”, disse Tagliaferro.
O ex-assessor disse que ao chegar na delegacia, foi “identificado, pediram meus passaportes, tanto o brasileiro quanto o italiano”. Segundo seu relato, os agentes foram “excelentes, foram cordiais, sem qualquer tipo de constrangimento na viatura. Falaram para mim que tinha algo do Brasil –eles também não sabiam– e era cumprimento de uma corte de Catanzaro [na Itália]”.
Ele acrescentou que os policiais “falaram que eu voltaria para a casa, para eu ficar despreocupado, que era só para eu ser notificado e mais nada. Identificado, na verdade”.
Na 4ª feira (1), o advogado de Tagliaferro, Eduardo Kuntz, disse que a condução teve como objetivo a aplicação de uma medida cautelar de restrição de circulação: “Ao chegar à delegacia, ele poderá tirar cópia de todos os documentos, tomar ciência da restrição e será reconduzido à sua residência”.
Tagliaferro deixou o cargo no TSE em maio de 2023, depois de ser detido por violência doméstica. Em 2 de setembro de 2025, ele foi ouvido na Comissão de Segurança Pública do Senado. Disse a senadores que Moraes havia cometido uma “fraude processual gravíssima“ ao investigar 8 empresários apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições de 2022.
O ex-assessor sugeriu que Moraes tinha vazado a um veículo de imprensa mensagens privadas de um grupo de WhatsApp dos empresários. Em seguida, usou a reportagem para ordenar buscas e apreensões contra eles. Por fim, ao enfrentar críticas públicas, incluiu novas justificativas ao documento que embasou as buscas, mas depois que já tinham sido feitas.
Tagliaferro atualmente vive na Itália e é alvo de pedido de extradição feito por Moraes, após denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República). É acusado de vazar conversas de WhatsApp entre funcionários do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE.
A defesa afirmou também que Tagliaferro foi “surpreendido ao ser procurado pela Polícia Italiana em sua residência, para tomar ciência da existência de um processo de extradição vinculado à Pet 12936, originada no Inquérito 4972, em trâmite no STF”.
POLÍTICA
“Julgamento da suposta trama golpista foi uma das maiores farsas que já vi na história do Brasil”, diz Senador General Mourão
Em entrevista e postagens nas redes sociais, o senador e ex-vice-presidente da República, Hamilton Mourão, classificou o julgamento da suposta “trama golpista” que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de aliados como “uma farsa jurídica” e uma “vingança política”. Segundo Mourão, “uma parcela da justiça brasileira se tornou instrumento e arma da vingança política”, transformando, na sua visão, divergências ideológicas e disputas políticas em “condutas criminosas”. 
Para ele, o processo estaria “viciado”, com falhas graves em sua neutralidade, e a condenação – já mantida por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – representa um precedente perigoso para a liberdade de expressão e para o funcionamento da democracia. 
Além disso, o senador defendeu a aprovação de um projeto de lei de anistia para os envolvidos, afirmando que essa seria “a única saída” diante do veredito. “A anistia é fundamental”, declarou. 
POLÍTICA
“General Estevam Theofilo foi o único absolvido com base na delação de Mauro Cid, todos os outros foram presos com base na mesma delação, você sabe o por quê?”, questiona Luca Antonieto
A pergunta levantada por Luca Antonieto — sobre por que o general Estevam Theophilo foi o único absolvido enquanto outros foram condenados com base na delação de Mauro Cid — reflete um dos principais pontos de discussão do julgamento no STF.
O general foi absolvido de forma unânime pela Primeira Turma porque, segundo o relator Alexandre de Moraes, não havia provas suficientes além da delação para sustentarem a condenação. O Supremo concluiu que o material apresentado pela PGR e pela Polícia Federal era frágil e não demonstrava que Theophilo tivesse tomado qualquer ato concreto para apoiar uma ruptura institucional, apesar de ocupar o comando do COTER, unidade estratégica do Exército.
Nos demais casos, o Tribunal considerou a existência de evidências adicionais — como mensagens, documentos, registros de articulação logística ou participação direta nos planos — que, somadas ao depoimento de Mauro Cid, formaram um conjunto probatório mais consistente.
A absolvição isolada de Theophilo gerou debates sobre possível disparidade de critérios, enquanto sua defesa classificou o resultado como um reconhecimento da falta de provas e do respeito ao devido processo legal.
POLÍTICA
Trump declara espaço aéreo da Venezuela “Fechado”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (29) que o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela deve ser considerado fechado, em meio a um confronto crescente com o presidente esquerdista Nicolás Maduro.
“A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas, por favor, considerem O ESPAÇO AÉREO ACIMA E AO REDOR DA VENEZUELA COMO FECHADO EM SUA TOTALIDADE”, escreveu Trump em sua rede Truth Social.
Desde o início de setembro, o governo Trump aumentou a pressão sobre a Venezuela com o envio de uma frota militar ao Mar do Caribe como parte, segundo Washington, de sua luta contra o narcotráfico, incluindo o maior porta-aviões do mundo.
O governo Trump afirma que seu objetivo é interromper o tráfico de drogas procedente do país sul-americano, mas Caracas afirma que Washington busca uma mudança de regime.
Desde o início da mobilização da frota militar, as forças americanas mataram pelo menos 83 pessoas em mais de 20 ataques contra supostas ‘narcolanchas’, no Caribe e no leste do Pacífico.
Washington não apresentou nenhuma evidência de que as embarcações atingidas eram utilizadas para transportar drogas ou representavam uma ameaça aos Estados Unidos.
O jornal New York Times informou na sexta-feira (28) que Trump e Maduro tiveram uma conversa telefônica na semana passada, durante a qual abordaram uma possível reunião nos Estados Unidos.
A notícia sobre a ligação entre Trump e Maduro foi divulgada um dia após o presidente americano ter afirmado que os esforços para deter o tráfico de drogas venezuelano por terra eram iminentes, o que aumentou ainda mais as tensões com Caracas.
-
POLÍTICA8 meses atrás
“Tomar o celular bruscamente da mão da vítima não configura o crime de roubo”, diz Ministro Antônio Saldanha do STJ
-
BRASIL9 meses atrás
“Se para viver de arte, você precisa de subsídio do Estado, você não é um artista, você é um funcionário público.” Diz Javier Milei
-
POLÍTICA4 meses atrás
Lula estuda limitar remessa de dividendos de empresas americanas com operação no Brasil
-
POLÍTICA7 meses atrás
Deputado do Parlamento Europeu propõe sanção a Moraes após intimação contra Bolsonaro
-
POLÍTICA4 meses atrás
Trump ordena que visto de Eduardo Bolsonaro e toda sua família seja mudado de temporário para permanente
-
POLÍTICA4 meses atrás
EUA investigam esposa de Moraes por influência do ministro do STF
-
POLÍTICA3 meses atrás
Filha de ministro do STF é xingada e leva cusparada em universidade
-
POLÍTICA4 meses atrás
Advogados dizem que medidas contra Bolsonaro são “inéditas no direito brasileiro”
