POLÍTICA
Governo Trump prepara medidas contra o Banco do Brasil por ter fornecido cartão Elo a Alexandre de Moraes
Os Estados Unidos preparam medidas contra o Banco do Brasil e contra as importações da Rússia, além de contestação dos argumentos do governo e das empresas brasileiras em relação à tarifa de 50%.
A situação é fluida e depende do presidente Donald Trump, que pode mudar de planos.
Na tarde desta segunda-feira (1º), a sanção mais iminente parece ser contra o BB (Banco do Brasil), segundo o relato de uma dessas fontes. O contexto é o do início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, nessa terça-feira (2).
Ao aplicar a Lei Magnitsky, em 30 de julho, o Departamento do Tesouro americano se municiou para punir com sanções econômicas instituições que prestem serviços ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia 18 de agosto, o ministro Flavio Dino, também do STF, determinou, ao julgar outro caso, que “leis, decisões judiciais, decretos ou ordens executivas de outros países não têm eficácia no Brasil a não ser que sejam homologados pela Justiça brasileira ou aprovados conforme a Constituição e as leis nacionais”.
No dia seguinte, o BB emitiu comunicado afirmando que “atua em plena conformidade à legislação brasileira, às normas dos mais de 20 países onde está presente e aos padrões internacionais que regem o sistema financeiro”, e acrescentou que “está preparado para lidar com temas complexos e sensíveis que envolvem regulamentações globais”.
Em 21 de agosto, uma instituição financeira cancelou o cartão Mastercard do ministro, segundo informações do mercado. No mesmo dia, o BB teria oferecido a Moraes um cartão da bandeira brasileira Elo. Essa é a justificativa para o Tesouro americano adotar medidas contra o banco estatal.
Nesses casos, os EUA costumam impor multas aos “transgressores”. O caso mais notório foi o do banco francês BNP Paribas , acusado de violar sanções americanas ao transacionar bilhões de dólares com entidades sancionadas do Sudão, Irã e Cuba. Em julho de 2014, o BNP Paribas se declarou culpado e foi condenado a pagar US$ 9 bilhões em multas, e a cinco anos de liberdade condicional corporativa.
Já o banco britânico Standard Chartered foi multado três vezes. Em 2012, o regulador do estado de Nova York (DFS) acusou o banco de ocultar transações com o Irã, impondo multa de US$ 340 milhões. Uma nova condenação, por negócios com Irã, Mianmar, Líbia e Sudão, levou a outra multa, de US$ 327 milhões.
POLÍTICA
Maduro recua e se oferece para ajudar Trump contra o narcotráfico
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deu um passo inesperado ao afirmar estar disposto a cooperar com os Estados Unidos no combate ao narcotráfico. A declaração representa uma mudança de postura em relação às críticas históricas de Caracas contra EUA especialmente durante a gestão de Donald Trump, marcada por sanções e forte pressão diplomática sobre o regime chavista.
Segundo fontes ligadas ao governo venezuelano, a iniciativa busca aliviar o cerco internacional e tentar abrir um canal de negociação com setores da administração americana. Maduro, que sempre acusou os EUA de orquestrarem conspirações para desestabilizar seu governo, agora sinaliza pragmatismo diante do avanço de investigações que ligam militares e altos funcionários chavistas ao tráfico internacional de drogas.
A proposta ocorre em meio à intensificação da crise política e econômica na Venezuela e pode ser interpretada como uma tentativa de evitar maior isolamento internacional. O gesto, no entanto, gera desconfiança tanto em opositores internos quanto em analistas internacionais, que veem na oferta mais uma jogada estratégica do líder venezuelano para ganhar tempo e aliviar pressões.
Ainda não houve resposta oficial do presidente Donald Trump, mas aliados republicanos têm tratado o tema com cautela, lembrando que a EUA já classificou a Venezuela como um dos principais corredores do narcotráfico na América Latina.
POLÍTICA
Mesmo sem pandemia, dívida pública tem segundo maior déficit da história
As contas do governo registraram um déficit primário de R$ 59,12 bilhões em julho, informou Tesouro Nacional nesta quinta-feira (28).
O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo as despesas do governo. Se as receitas excedem as despesas, o resultado é um superávit primário. Esses valores não englobam os juros da dívida pública.
O resultado representa uma piora em comparação com julho do ano passado, quando foi registrado um déficit de R$ 9,33 bilhões (corrigido pela inflação).
Esse foi o pior resultado, para meses de julho, desde 2020, quando, por conta de despesas extraordinárias da Covid-19, o rombo fiscal somou R$ 120,56 bilhões.
Também foi o segundo pior resultado para esse mês da história, perdendo somente para 2020 (por conta da pandemia). A série histórica do Tesouro tem início em 1997.
De acordo com o Tesouro Nacional, o alto déficit registrado nas contas do governo em julho está relacionado, entre outros fatores, com a concentração no pagamento de despesas judiciais, que somaram R$ 35,6 bilhões no mês passado. Em 2024, por exemplo, os valores dos precatórios se concentraram em fevereiro.
Os números mostram que a receita líquida (após transferências aos estados e municípios) subiu 3,9% em termos reais em julho, atingindo R$ 201,2 bilhões – impulsionada pela arrecadação recorde no período (que contou com a alta do IOF).
Ao mesmo tempo, também foi registrado aumento de gastos no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2024. As despesas totais somaram R$ 260,3 bilhões em julho, com uma alta real de 28,3% (pressionadas pela concentração de precatórios).
No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, as contas do governo registraram um déficit de R$ 70.27 bilhões, segundo dados oficiais.
Comparado ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado um déficit de R$ 79,6 bilhões (valor corrigido pela inflação), houve uma melhora nas contas.
Esse também foi o maior saldo positivo para o primeiro semestre desde 2022, quando foi contabilizado um superávit de R$ 86,6 bilhões.
Nos sete primeiros meses deste ano, houve um aumento real de 3% na receita líquida, após as transferências constitucionais a estados e municípios, totalizando R$ 1,33 trilhão.
Ao mesmo tempo, as despesas totais do governo somaram R$ 1,41 trilhão de janeiro a junho deste ano, com uma queda real de 2% no período.
POLÍTICA
Após denúncia ao conselho tutelar, “menino do pão” é obrigado a interromper as vendas de pães caseiros que fazia para ajudar a mãe em São Paulo
Em Itapeva (SP), Kauan, conhecido como o “menino do pão”, precisou interromper a venda de pães caseiros que fazia para ajudar a mãe, após uma denúncia que levou o Conselho Tutelar a convocar a família para esclarecimentos.
O adolescente estudava regularmente e realizava a atividade de forma voluntária, contribuindo com o sustento familiar. O caso gerou debate sobre trabalho infantil e a realidade de muitas famílias, com moradores e internautas discutindo se atividades desse tipo, quando não prejudicam os estudos, deveriam ser tratadas como infração.
O caso viralizou em diversas plataformas das redes sociais e uma grande quantidade de pessoas se manifestou com repúdio à ação de impedimento da venda de pães. “Isso é um absurdo, o que ele está fazendo de errado”? “Um menino honesto sendo proibido de vender pães, era só o que faltava”. Comentários nesse contexto tomaram conta das redes com indignação. Por outro lado, também muitos incentivadores saíram em favor de Kauan e sua família.
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