POLÍTICA
Governo teme sanções dos EUA por condenação de Jair Bolsonaro
Às vésperas do julgamento do plano de golpe, o governo Lula avalia que os Estados Unidos poderão impor novas sanções ao Brasil diante de uma eventual condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Bolsonaro e outros sete réus começarão a ser julgados na Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) na terça-feira (2), a partir das 9h.
Integrantes do governo negam relação direta entre o julgamento e a decisão da última quinta-feira (28) de dar início ao processo que pode levar à retaliação contra as tarifas de 50% impostas por Donald Trump.
Porém, admitem que a iniciativa busca garantir respaldo legal para que o Brasil possa reagir politicamente, caso haja uma escalada das penalidades americanas.
Brasil vê processo de retaliação como “seguro” contra novas tarifas dos EUA
O argumento é que o processo para a aplicação da Lei de Reciprocidade pode levar de seis meses a um ano. Por isso, foi necessário se antecipar.
O Brasil ainda tem a opção de uma reação emergencial dentro da própria Lei de Reciprocidade, com a imposição de tarifas sobre bens, caso a situação com os EUA se agrave.
Aliados de Bolsonaro acreditam que o governo Trump reagirá a uma eventual condenação do ex-presidente. Entre as medidas citadas está a extensão da Lei Magnitsky à esposa de Moraes e a outros ministros do Supremo.
Na sexta-feira (29), a Embaixada do Brasil em Washington comunicou ao USTR (Representante Comercial dos EUA) o início do processo que pode resultar na aplicação da Lei de Reciprocidade.
Embora ao longo do processo haja espaço para manifestações dos EUA e o Brasil tenha reiterado estar aberto ao diálogo, no Planalto não há expectativa de que essa abertura influencie na disposição americana de negociar.
A avaliação é que o interesse de Washington segue voltado para o julgamento de Bolsonaro e que a tensão deverá permanecer até as eleições de 2026.
Desde o anúncio das sanções, em 9 de julho, Donald Trump tem usado a situação jurídica envolvendo Bolsonaro como justificativa. Nesse período, os EUA aplicaram tarifas de 50% a produtos brasileiros, cancelaram vistos de autoridades e sancionaram o ministro Alexandre de Moraes, do STF, com base na Lei Magnitsky.
POLÍTICA
Equador rompe estatuto migratório com a Venezuela e fecha as portas para milhares de imigrantes
O governo do Equador anunciou nesta sexta-feira a suspensão do estatuto migratório especial firmado com a Venezuela, medida que impactará diretamente milhares de imigrantes que buscavam regularizar sua permanência no país. A decisão, segundo Quito, foi tomada em meio ao aumento da pressão sobre os serviços públicos, agravada pela crise econômica e pela insegurança que atinge o território equatoriano.
O estatuto havia sido criado para oferecer um canal de legalização e proteção a venezuelanos que fugiam da crise humanitária no país vizinho, garantindo acesso a serviços básicos e a autorizações de trabalho. Com o rompimento do acordo, novas solicitações serão bloqueadas e muitos imigrantes poderão ficar em situação irregular.
Segundo dados oficiais, mais de meio milhão de venezuelanos vivem atualmente no Equador. Organizações de direitos humanos alertam que a medida pode empurrar milhares de famílias para a clandestinidade, aumentando sua vulnerabilidade à exploração laboral e ao tráfico humano.
A decisão também ocorre em um contexto político delicado: o presidente equatoriano, Daniel Noboa, tem endurecido seu discurso migratório após o avanço da violência ligada ao narcotráfico no país, frequentemente associado por autoridades locais à presença de estrangeiros.
A chancelaria venezuelana ainda não se pronunciou oficialmente sobre a medida, mas especialistas afirmam que a decisão pode tensionar ainda mais as relações diplomáticas entre Quito e Caracas.
POLÍTICA
Carlos Bolsonaro diz que pai está sem vontade de se alimentar e com crise de vômitos
Às vésperas do início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF), seu filho Carlos, que é vereador pelo Rio de Janeiro, foi às redes sociais para expor a condição de saúde e psicológica do pai, que está em prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
“O velho está magro, não tem vontade de se alimentar e segue enfrentando intermináveis crises de soluço e vômitos. Dói demais ver tudo isso, mas sinto como obrigação compartilhar um pouco da realidade do momento com todos que estão sofrendo junto conosco”, escreveu no X.
Carlos, chamado pelo pai, de Zero 2 (é seu segundo filho), disse que estava com saudade de visitar seu pai, mesmo tendo passado apenas uma semana desde a última vez que o encontrou. “Hoje tive novamente a oportunidade de estar com ele em sua prisão domiciliar ilegal e desumana, ficando um pouco ao seu lado – às vezes conversando, às vezes apenas em silêncio”, comentou.
Ele ainda agradeceu pelas orações dos apoiadores nas redes e conclamou: “continuem firmes!”.
POLÍTICA
Empresa investigada por elo com PCC se reuniu com Galípolo e Padilha
A Reag Investimentos, citada na Operação Carbono Oculto da Polícia Federal, participou de reuniões com membros do governo federal, incluindo o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, quando este ainda estava na Secretaria de Relações Institucionais.
As informações foram divulgadas pelo portal Metrópoles. Segundo a agenda oficial, Galípolo recebeu o fundador da Reag, João Carlos Falpo Mansur, em 12 de agosto, para tratar de “assuntos institucionais”. Mansur é apontado pela PF como gestor de fundos usados para lavagem de dinheiro por meio da refinaria Copape.
Desde 2023, representantes da Reag se reuniram com órgãos como CVM, ANTT, Ministério dos Transportes e Planalto. Em novembro de 2024, a empresa esteve em encontro no Palácio do Planalto com Padilha e representantes chineses.
A Reag se apresenta como “a maior gestora independente do Brasil”, com R$ 340 bilhões sob gestão.
A Operação Carbono Oculto investiga esquemas de lavagem envolvendo fintechs, fundos e empresas de combustíveis. Segundo a PF, organizações criminosas como o PCC se beneficiavam de operações ilegais com apoio de estruturas financeiras paralelas. A Reag e o BK Bank estão entre os alvos.
A Reag afirma que atua conforme a lei e colabora com as investigações. O Banco Central, por sua vez, declarou que realiza reuniões com diversos setores e que alguns temas são protegidos por sigilo empresarial.
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