POLÍTICA
“Gabinete de Moraes tinha alvos predefinidos”, diz Tagliaferro
As denúncias contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, se intensificam no exterior. Depois da aplicação das sanções com base na Lei Magnitsky pelo governo norte-americano, parlamentares de outros países começaram a anunciar medidas contra o magistrado brasileiro.
Uma das pessoas que prometem contribuir com as denúncias é Eduardo Tagliaferro, ex-chefe de gabinete da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Perito de formação, Tagliaferro trabalhou próximo a Moraes e afirma ter provas de que o ministro manipulava decisões judiciais.
Perseguição contra a direita
Em entrevista à edição desta sexta-feira, 1º, do programa Faroeste à Brasileira, Tagliaferro disse que “Moraes tinha alvos predefinidos”. De acordo com o ex-assessor no TSE, os nomes que chegavam para investigação nunca eram de pessoas de esquerda. “Eram sempre de direita.”
Segundo o perito, o TSE tem alguns critérios para chegar a uma conclusão sobre uma “notícia falsa”. No entanto, conforme relatou o ex-assessor, Moraes era a pessoa que definia o que era ou não era “desinformação”.
O trabalho de Tagliaferro no gabinete da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE se resumia em checar vídeos, postagens e notícias, para encontrar alguma “fake news”. Depois de fazer a análise do material, o perito devolvia ao gabinete de Moraes com o relatório preenchido.
Foi o que ocorreu com a Revista Oeste, por exemplo. Tagliaferro recebeu a tarefa de investigar as notícias, contudo, nada encontrou de errado. Foi nesse momento que Ayrton Vieira, juiz instrutor que também trabalhava com Moraes, mandou o ex-assessor “usar a criatividade”.
Segundo Tagliaferro, a maioria das pessoas que Moraes manda investigar já é de “pré-condenado”. Seu trabalho no TSE apenas consistia em “encaminhar o relatório do material investigado para o ministro executar as ações”.
O perito ainda revelou que outras pessoas que trabalhavam próximas a Moraes se sentiam incomodadas. “Mas todos eram obrigados a executar as tarefas”, afirmou. “Era difícil dizer ‘não’ a Moraes estando perto dele. Se ele destrói a vida de quem está longe, imagina de quem está perto.”
Tagliaferro promete divulgar as provas que tem contra o magistrado. O ex-assessor afirmou que não atenta contra a soberania do Brasil, mas contra o autoritarismo de juízes brasileiros.
“Os magistrados acham que são intocáveis”, afirmou Tagliaferro. “Moraes pode estar com medo, mas a forma de agir é não mostrar medo. Ele pode dobrar a aposta. Não espere uma mudança de perfil.”
POLÍTICA
“Passou tantos anos batendo e agora não sabe apanhar”, diz Paulo Figueiredo sobre ministro Alexandre de Moraes
O comentarista político Paulo Figueiredo voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o magistrado se manifestar sobre as sanções impostas pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Figueiredo ironizou a postura do ministro: “Você está nervoso? Passou tantos anos batendo e agora não sabe apanhar?”, disse. Ele ainda fez ataques pessoais à aparência de Moraes e afirmou que as sanções “só estão começando”.
As críticas acontecem após Moraes afirmar que continuará “defendendo a democracia”, mesmo diante de pressões externas. Paulo Figueiredo, que vive nos Estados Unidos e é investigado pelo STF, diz que está amparado pela liberdade de expressão garantida pela Constituição americana.
POLÍTICA
“Moraes usou o TSE para prejudicar a direita em 2022”, diz Tagliaferro
O ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, acusou o ministro Alexandre de Moraes de utilizar a Corte para prejudicar a direita durante as eleições de 2022. Em entrevistas recentes, Tagliaferro afirmou que decisões do TSE favoreceram diretamente a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, com ordens de remoção de conteúdos ligados à campanha de Jair Bolsonaro, como vídeos do 7 de Setembro e críticas ao adversário.
Segundo ele, havia uma atuação seletiva dentro do tribunal, com foco exclusivo em figuras da direita. Tagliaferro também relatou que recebia orientações para apagar mensagens e que muitos investigados eram “pré-condenados”. Ele promete apresentar um dossiê com provas às autoridades internacionais.
Até o momento, o ministro Alexandre de Moraes e o TSE não comentaram as acusações.
POLÍTICA
“O que vimos no discurso de Alexandre de Moraes foi sua verdadeira face doentia”, diz deputado Ricardo Arruda
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez um discurso contundente durante a reabertura dos trabalhos do Judiciário nesta quinta-feira (1º), em resposta às sanções dos Estados Unidos contra ele e seus familiares. Na fala, Moraes afirmou que “acham que estão lidando com pessoas da laia deles, com milicianos, mas estão lidando com ministros da Suprema Corte brasileira”. A declaração foi interpretada como uma resposta direta a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que atuam internacionalmente contra o ministro.
A fala gerou forte repercussão entre políticos bolsonaristas. O deputado estadual Ricardo Arruda (PL-PR) publicou um vídeo em suas redes sociais no qual critica duramente o ministro. Segundo Arruda, o discurso de Moraes revela “sua verdadeira face doentia” e representa um ataque à oposição e às liberdades democráticas.
“O que vimos no plenário foi um espetáculo de autoritarismo. O ministro mostra claramente que não aceita ser contrariado e tenta calar qualquer voz que pense diferente”, afirmou o parlamentar no vídeo.
O discurso de Moraes reforça a posição do STF frente a pressões externas, especialmente no contexto do julgamento da ação penal sobre a tentativa de golpe em 2022, que envolve o ex-presidente Bolsonaro e aliados próximos.
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