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POLÍTICA

Ex-assessor de Moraes temia ser preso ou morto se revelasse bastidores do TSE

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O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, expressou em mensagens privadas temer ser preso ou morto caso revelasse o que sabia dos bastidores da Corte. Os diálogos foram captados pela Polícia Federal e integram um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em uma conversa com sua atual esposa, datada de 31 de março de 2024, Tagliaferro afirma: “Se eu falar algo, o ministro me mata ou me prende”. Ainda segundo ele, sua vontade era “contar tudo de Brasília” e “chutar o pau da barraca”.

As mensagens analisadas pela PF cobrem o período entre março e novembro de 2024, após a demissão de Tagliaferro do cargo de chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do TSE. Ele havia sido exonerado por Moraes um dia após ser preso por suposta violência doméstica, em maio de 2023.

Tagliaferro atuava na produção de relatórios usados para embasar decisões judiciais contra perfis e publicações em redes sociais. Em mensagens anteriores, reveladas em 2023, já haviam sido apontadas ordens diretas de Moraes para remoções online, o que gerou acusações de uso político da estrutura do TSE.

Em outra troca de mensagens, de abril de 2024, o ex-assessor revelou que havia falado com a imprensa: “Estão investigando o ministro”, disse ele à esposa. Questionado sobre os riscos, respondeu: “Se eu morrer, já sabe rsrs”. Ele ainda afirmou ter falado “a verdade” e detalhado como funcionava a área da qual fazia parte no TSE.

As conversas também mostram o clima de tensão vivido por Tagliaferro e sua companheira. Quando perguntado se cogitava deixar o país após a repercussão das denúncias, respondeu que não. Em outro trecho, lamenta: “Parece que a vida é boa para quem é ruim”, e pondera que só não rompe com tudo por causa das filhas: “Tenho as meninas”.

A divulgação das mensagens pela PF, ainda que parte de um inquérito público, contrasta com práticas comuns de sigilo, geralmente adotadas para proteger a intimidade dos investigados. O conteúdo foi extraído via quebra de sigilo telemático autorizada por Moraes, permitindo acesso a arquivos armazenados na nuvem.

Apesar da natureza privada, os diálogos foram disponibilizados publicamente, o que levanta debate jurídico sobre os limites da publicidade de inquéritos e o direito constitucional à privacidade.

POLÍTICA

Lula pressiona Hugo Motta por cassação de Eduardo Bolsonaro

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O presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores, solicitou ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, que a Casa tome uma posição em relação ao deputado Eduardo Bolsonaro, do PL de São Paulo. Lula pediu a cassação do parlamentar, que está sendo investigado pela Polícia Federal por suposta obstrução de um julgamento no Supremo Tribunal Federal relacionado a uma tentativa de golpe.

O chefe do Executivo expressou sua indignação com as ações de Eduardo, que, segundo ele, estaria “traindo o país” ao incitar a opinião pública americana contra o Brasil. Desde março, Eduardo se afastou de suas funções legislativas e tem se ausentado das sessões, mas, devido à legislação, não corre o risco de perder seu mandato até 2025 por conta das faltas. Hugo Motta já encaminhou denúncias sobre Eduardo ao Conselho de Ética da Câmara. A preocupação é que ações mais drásticas possam gerar tensões com a oposição, dificultando o diálogo político.

Após ser indiciado, Eduardo Bolsonaro se defendeu, negando qualquer tipo de interferência em processos judiciais no Brasil. Ele também criticou o vazamento de conversas privadas entre ele e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o que, segundo ele, compromete sua imagem e a de sua família.

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POLÍTICA

Polícia Federal deixa cela pronta para eventual prisão de Bolsonaro

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A PF (Polícia Federal) já tem pronta uma cela especial temporária para o caso de prisão em regime fechado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente cumpre recolhimento domiciliar.

Trata-se de um espaço no térreo da Superintendência da PF no Distrito Federal, localizada no Setor Policial de Brasília.

A cela é, na verdade, uma sala que foi improvisada e preparada, com banheiro reservado, cama, mesa de trabalho, cadeira e televisão, nos moldes da que abrigou o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Superintendência da PF no Paraná, em Curitiba, em 2018 e 2019.

Outro ex-presidente preso, Fernando Collor de Mello, também ficou temporariamente preso em uma sala especial como cela em Maceió (AL) – a sala do diretor do presídio estadual. Juristas avaliam que ex-presidentes têm essa prerrogativa em eventuais prisões.

A “cela de Bolsonaro”, como vem sendo chamada por policiais no DF, é para custódia individual e pode ser ocupada por outras autoridades.

Integrantes da PF explicam que ela foi montada há mais de três meses e que não tinha foco específico em Bolsonaro, mas poderia ser usada para qualquer autoridade presa.

Sob reserva, delegados explicaram que avaliam possibilidades, caso o STF (Supremo Tribunal Federal) determine a medida extrema de prisão fechada. Com isso, haveria alternativas de prisão militar, já que Bolsonaro é do Exército; em batalhão da Polícia Militar do DF, como foi no caso do ex-ministro Anderson Torres; ou a própria Superintendência da PF.

Se essa terceira possibilidade for concretizada, a cela especial está pronta para cumprimento do mandado.

A sala foi montada e reestruturada após a cúpula da PF e a Vara de Execuções Penais do DF consultarem a Superintendência para checar se haveria um lugar específico para custodiar o ex-presidente – e esta foi a cela destacada para ele. Na sede da PF não há espaço para acomodação.

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POLÍTICA

“Moraes comete crime ao divulgar conversas privadas”, diz Malafaia em entrevista ao site Metrópoles

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O pastor Silas Malafaia criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista concedida ao portal Metrópoles. Segundo o líder religioso, Moraes teria cometido crime ao autorizar a divulgação de conversas privadas envolvendo investigados em inquéritos conduzidos pela Corte.

Malafaia afirmou que a medida representa um “abuso de autoridade” e um “ataque à privacidade garantida pela Constituição”. Para ele, o episódio reforça a necessidade de limites mais claros à atuação do STF em investigações políticas.

“Não cabe a um ministro rasgar direitos individuais em nome de uma perseguição. O que está acontecendo é gravíssimo”, declarou o pastor, que vem sendo alvo de investigações ligadas aos atos de 8 de janeiro de 2023.

A entrevista repercutiu nas redes sociais, onde apoiadores de Malafaia reforçaram as críticas ao ministro, enquanto opositores defenderam a atuação de Moraes no combate a articulações antidemocráticas.

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