POLÍTICA
“Encontro com Trump ‘abriu caminho’ para paz na Ucrânia”, diz Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “abriu caminho” para a resolução do conflito com a Ucrânia. O líder russo comentou a guerra nesta segunda-feira (1º) durante a Organização de Cooperação de Xangai, realizada em Tianjin.
“Nesse sentido, valorizamos muito os esforços e propostas da China e da Índia voltados a facilitar a resolução da crise ucraniana”, disse Putin. “Também destacaria que os entendimentos alcançados na recente reunião Rússia–EUA, no Alasca, espero que também contribuam para esse objetivo.”
O encontro dos dois líderes completa duas semanas nesta segunda (1º) sem nenhuma medida ter sido anunciada. Não há previsão de cessar-fogo e os ataques continuam dos dois lados.
Na semana passada, um “ataque macoço” da Rússia na Ucrânia deixou 23 mortos em Kiev. Segundo o Exército da Ucrânia, a Rússia lançou 598 drones e 31 mísseis no território ucraniano, dos quais 563 e 26, respectivamente, foram abatidos.
Pelo menos 53 pessoas ficaram feridas, incluindo 11 crianças, segundo o prefeito da capital ucraniana.
Nas últimas semanas, os russos têm aumentado cada vez mais a quantidade de mísseis e drones lançados contra a Ucrânia.
Por sua vez, a Ucrânia anunciou ter atacado um navio de guerra russo que carregava mísseis balísticos e duas refinarias de petróleo russas, uma na região de Krasnodar e outra em Samara. Segundo a agência de notícias Reuters, o ataque comprometeu 17% da produção de uma dessas refinarias, o que equivale a 1,2 milhão de barris diários de petróleo.
“Muitos pontos foram acordados. Restam apenas alguns poucos – alguns não são tão significativos. Um é provavelmente o mais significativo. Ainda não chegamos lá, mas fizemos algum progresso. Há boas chances de chegar lá. Putin quer parar de ver pessoas serem mortas”, disse Trump, sem entrar em detalhes.
O encontro, que durou três horas, começou às 16h30 no horário de Brasília, após os dois protagonizarem um cumprimento efusivo após chegarem ao Alasca.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não participou. Dias depois, Trump se reuniu com ele e com outros líderes europeus na Casa Branca. Após o encontro, Trump afirmou que estava preparando um encontro trilateral com Putin e o líder ucraniano, mas até agora essa reunião não tem data para acontecer.
Em pronunciamento rápido, ambos trocaram elogios. Putin foi o primeiro a falar, agradeceu o convite de Trump e chamou a conversa de “construtiva”, mas apontou a necessidade de as preocupações da Rússia serem levadas em conta.
“A Ucrânia foi um dos principais tópicos. Vemos o desejo de Trump de entender a essência do conflito e estamos sinceramente interessados em acabar com ele, mas todas as causas fundamentais devem ser eliminadas, e todas as preocupações da Rússia devem ser levadas em conta. Concordo com Trump que a segurança da Ucrânia deve ser garantida. Espero que a compreensão mútua traga paz à Ucrânia”, declarou.
O russo também afirmou que os dois países conversaram sobre parcerias comerciais: “A parceria de investimento entre Rússia e Estados Unidos tem enorme potencial. Esperamos que a Ucrânia e a Europa não tentem sabotar as negociações. Esperamos que os acordos de hoje sirvam de ponto de partida para a restauração das relações entre nossos países”.
Depois de Putin foi a vez de Trump se pronunciar. Ele afirmou que ainda não há um acordo de cessar-fogo para a guerra, mas que a reunião foi “muito produtiva” e que ele e o presidente russo concordaram “na maioria dos pontos”.
Essa foi a primeira cúpula entre os dois países desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, e o primeiro encontro a sós entre os dois líderes desde 2018.
A guerra da Ucrânia começou em 2022.
POLÍTICA
8 navios dos EUA com 1.200 mísseis navegam em direção à Venezuela, diz Maduro
Presidente da Venezuela afirmou que aproximação de navios dos EUA é maior ameaça à Venezuela do século e que não se curvará a ameaças. EUA enviaram frotas ao Caribe sob pretexto de combater o tráfico de drogas. Imprensa americana afirma que autoridades não descartam uma invasão.
As oito embarcações militares dos Estados Unidos que navegam em águas do Caribe a caminho da América Latina já navegam em direção à Venezuela, disse nesta segunda-feira (1º) o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Ele prometeu que o país entrará em uma “luta armada” se for agredido.
Em uma rara entrevista coletiva concedida à imprensa, Maduro afirmou que os navios de guerra, além de um submarino, “apontam” para o território venezuelano e portam, no total, 1.200 mísseis, também todos direcionados à Venezuela.
Ele chamou o envio das embarcações de “a maior ameaça à América Latina do último século”, e que a Venezuela não se curvará a ameaças.
“Se a Venezuela for agredida, passaria imediatamente ao período de luta armada em defesa do território nacional e da história e do povo da Venezuela”, acrescentou.
Em meados de agosto, governo de Donald Trump enviou navios de guerra, um submarino e aviões espiões para perto da costa da Venezuela com o argumento de que se trata de uma operação contra cartéis de drogas da América Latina.
Mas há muitas especulações sobre uma possível intervenção contra o regime de Maduro. Oficialmente, o governo Trump não nega nem confirma a possibilidade.
Na entrevista coletiva, o venezuelano também chamou a incursão de Washington de “criminosa e imoral”.
Pelo menos sete navios dos EUA foram enviados para o sul do Caribe, incluindo um esquadrão anfíbio, além de 4.500 militares e um submarino nuclear. Aviões espiões P-8 também sobrevoaram a região, em águas internacionais.
A operação se apoia no argumento de que Maduro é líder do suposto Cartel de los Soles, classificado pelos EUA como organização terrorista.
Os EUA consideram o presidente venezuelano um fugitivo da Justiça e oferecem recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão dele.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, se recusou a comentar objetivos militares, mas disse que o governo Trump vai usar “toda a força” contra Maduro.
O site Axios revelou que Trump pediu um “menu de opções” sobre a Venezuela. Autoridades ouvidas pela imprensa americana não descartam uma invasão no futuro.
Enquanto isso, Caracas vem classificando a movimentação como uma “ameaça” e mobilizando militares e milicianos para se defender de um possível ataque.
Analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters avaliam que a frota enviada ao sul do Caribe é desproporcional para uma simples ação contra o tráfico. Um esquadrão anfíbio, por exemplo, poderia ser usado para uma invasão terrestre.
O doutor em Ciência Política pelo IUPERJ Maurício Santoro, colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil, avalia que, em um primeiro momento, uma invasão terrestre pode ser inviável, mas um bombardeio é possível.
“É uma situação muito semelhante àquela do Irã, alguns meses atrás. O volume de recursos militares que os Estados Unidos transferiram para o Oriente Médio naquela ocasião, e agora para o Caribe, são indicações de que eles estão falando sério”, disse.
“É uma situação muito semelhante àquela do Irã, alguns meses atrás. O volume de recursos militares que os Estados Unidos transferiram para o Oriente Médio naquela ocasião, e agora para o Caribe, são indicações de que eles estão falando sério”, disse.
“Não é simplesmente um blefe. Há preparação para algum tipo de intervenção militar.”
Os Estados Unidos afirmam que a operação pretende bloquear a entrada de drogas no país. No entanto, o Relatório Mundial sobre Drogas de 2025 da ONU aponta que as principais substâncias consumidas pelos americanos não vêm da Venezuela.
Há ainda especulações de que Trump esteja interessado no petróleo venezuelano. Em 2023, antes de ser reeleito, o norte-americano disse que, se tivesse vencido as eleições de 2020, teria aproveitado a crise na Venezuela para “tomar” o país e pegar “todo aquele petróleo”.
Dados do Relatório Mundial de Energia de 2025 indicam que a Venezuela continua sendo o país com as maiores reservas de petróleo do mundo, com 302,3 bilhões de barris. Os Estados Unidos aparecem em 9º lugar no ranking, enquanto o Brasil ocupa a 15ª posição.
POLÍTICA
“Existe um acordo secreto entre Moraes e Alcolumbre para destruir Marcos Do Val”, diz Deltan Dallagnol
O ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal, Deltan Dallagnol, afirmou que haveria um “acordo secreto” entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e o senador Davi Alcolumbre (União-AP) com o objetivo de “destruir” o senador Marcos Do Val (Podemos-ES).
Segundo Dallagnol, a suposta articulação política e judicial teria como finalidade fragilizar Do Val, que vem se posicionando de forma crítica em relação a decisões do STF. A declaração intensifica as tensões entre setores da oposição e a Corte, em meio a debates sobre limites de atuação do Judiciário.
Até o momento, nem Moraes nem Alcolumbre se pronunciaram sobre a acusação.
POLÍTICA
3 filhos de Maduro desembarcaram na Nicarágua, onde não há extradição para os Estados Unidos
Agências de notícias internacionais noticiaram nesta segunda-feira que os filhos do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, viajaram para a Nicarágua. O país não possui tratado de extradição com os Estados Unidos, o que, segundo analistas, pode oferecer proteção diante da possibilidade de ações judiciais por parte de Washington.
A movimentação ocorre em um momento de crescente pressão internacional sobre o governo venezuelano. Navios da Marinha dos Estados Unidos intensificaram a presença no Caribe e mantêm cerco marítimo à Venezuela, medida interpretada como um sinal de alerta ao regime chavista.
De acordo com as fontes, a viagem dos familiares de Maduro teria como objetivo prevenir eventuais medidas legais que possam ser adotadas pelos Estados Unidos. A decisão é vista por observadores como reflexo do aumento da tensão política e militar na região.
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