POLÍTICA
Em 12 estados, tem mais bolsa família do que empregados com carteira assinada, diz CAGED

Um levantamento recente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado pelo Ministério do Trabalho, revelou um dado preocupante sobre o mercado de trabalho brasileiro: em 12 estados do país, o número de pessoas que recebem o benefício do Bolsa Família supera o total de trabalhadores com carteira assinada.
Segundo os dados, essa realidade está concentrada principalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde há maior vulnerabilidade social e índices históricos de informalidade no trabalho. Estados como Alagoas, Maranhão, Piauí e Acre aparecem entre os que mais registram essa disparidade.
Especialistas apontam que o cenário reflete uma combinação de fatores: o alto desemprego estrutural, a informalidade no mercado de trabalho e a ampliação do programa Bolsa Família, que voltou a ser prioridade no governo federal com valores reajustados e maior abrangência. O programa, que atende famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, hoje chega a mais de 20 milhões de lares brasileiros.
“O Bolsa Família cumpre um papel essencial no combate à fome e à pobreza, mas quando seu alcance ultrapassa o número de empregos formais, isso também sinaliza uma deficiência grave no mercado de trabalho”, afirma o economista João Carlos Duarte, professor da Universidade Federal de Pernambuco.
Enquanto isso, o mercado formal de trabalho ainda luta para se recuperar dos impactos da pandemia da COVID-19 e da desaceleração econômica. De acordo com o CAGED, o saldo de empregos formais no Brasil tem crescido lentamente, mas de forma desigual entre as regiões.
O governo federal afirma que tem planos para estimular a formalização e promover o desenvolvimento regional, mas reconhece o desafio de reverter anos de desigualdade e desindustrialização em determinadas áreas do país.
Para muitos analistas, os dados do CAGED acendem um alerta: é urgente criar políticas públicas que conciliem assistência social com fomento à geração de empregos formais e ao desenvolvimento sustentável, sobretudo nas regiões mais carentes.
POLÍTICA
Bolsonaro saiu do STF mais distante de condenação, diz Acacio Miranda
O ex-presidente Jair Bolsonaro saiu do Supremo Tribunal Federal (STF) “um pouco mais distante de uma eventual condenação”, segundo avaliação do jurista Acacio Miranda. A declaração foi feita após os depoimentos desta semana no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
De acordo com Miranda, a postura adotada por Bolsonaro durante os interrogatórios foi estratégica e ajudou a reduzir a pressão sobre ele no âmbito judicial. Embora o processo siga em curso, o jurista afirma que o desempenho do ex-presidente pode ter contribuído para enfraquecer o caso contra ele, pelo menos por enquanto.
As investigações continuam e envolvem outras figuras-chave do chamado “núcleo político” da suposta trama golpista. O STF ainda deve analisar provas e depoimentos antes de qualquer decisão definitiva.
POLÍTICA
“Não estou aqui para ser popular”, diz Tarcísio de Freitas ao criticar políticos que priorizam popularidades em seus mandatos
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (12) que seu foco à frente do Executivo estadual é em resultados concretos e não na busca por aprovação popular. “Não estou aqui para ser popular”, declarou, durante evento sobre infraestrutura e investimentos no interior paulista.
A fala ocorreu em meio a críticas veladas a outros líderes políticos que, segundo Tarcísio, tomam decisões com base em estratégias eleitorais. “Há quem governe com os olhos nas redes sociais, nas pesquisas e na próxima eleição. Eu governo com os olhos no futuro de São Paulo. Algumas decisões podem ser impopulares agora, mas necessárias para garantir desenvolvimento lá na frente”, disse o governador.
Sem citar nomes, Tarcísio reforçou seu discurso de gestor técnico, marca que carrega desde que assumiu o Ministério da Infraestrutura no governo Bolsonaro. Desde o início de seu mandato como governador, tem defendido reformas e parcerias público-privadas em áreas como mobilidade urbana, segurança e saneamento, mesmo diante de críticas de setores da oposição.
A declaração ocorre em um momento de oscilação nos índices de aprovação do governo estadual, com recentes polêmicas envolvendo privatizações e medidas de contenção de gastos. Para aliados, a fala de Tarcísio busca reforçar a imagem de um político “pragmático”, voltado a resultados de longo prazo. Já adversários interpretam o discurso como uma tentativa de desviar o foco de decisões impopulares que têm gerado insatisfação entre servidores públicos e parte da população.
Especialistas avaliam que a estratégia pode ter impacto nas ambições eleitorais do governador, que tem sido cotado como possível nome para a disputa presidencial em 2026. Ao se distanciar do populismo e manter um discurso técnico, Tarcísio tenta consolidar uma imagem de “homem de Estado”, mesmo que isso signifique arcar com o desgaste político imediato.
POLÍTICA
“A Bahia não pode acabar pela violência”, diz Rodrigo Pimentel
O ex-capitão do BOPE e especialista em segurança pública, Rodrigo Pimentel, fez um alerta contundente sobre a crise de violência na Bahia. Em declaração recente, ele afirmou que “a Bahia não pode acabar pela violência”, destacando que o estado vive uma situação crítica enquanto o restante do país registra queda nos homicídios.
Segundo Pimentel, a violência tem paralisado a vida social e econômica do estado, com cidades dominadas pelo medo e pelo crime organizado. A Bahia lidera há anos os rankings nacionais de violência, com sete das dez cidades mais perigosas do Brasil, de acordo com dados recentes.
O especialista defende medidas urgentes de reforço na segurança pública, inteligência policial e maior mobilização da sociedade. Para ele, a situação exige ações firmes e coordenadas para evitar que o estado afunde ainda mais em um cenário de insegurança generalizada.
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