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Detido com mala de dinheiro tem contrato de 22 milhões com prefeitura de David Almeida

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Preso ao desembarcar em Brasília com mais de R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo, Cesar de Jesus afirmou à Polícia Federal que é empresário e tem um contrato de R$ 22 milhões com a Prefeitura de Manaus, de onde viria parte desse montante que carregava. A Justiça mandou soltar os detidos, mas eles estão proibidos de deixar a capital federal por enquanto.

O que aconteceu

A PF interrogou o suspeito após ele ser flagrado com o dinheiro. Em seu depoimento, ele afirmou ser dono da empresa Comercial CJ, que, segundo ele, teria faturamento mensal de R$ 2 milhões. Ele se disse do ramo de comércio de alimentos e prestação de serviços. Segundo ele, a empresa possui dez empregados e cinco micro-ônibus.

Sua firma presta serviço para a Prefeitura de Manaus, justificou ele. Ele contou que o maior contrato seria para fornecimento de alimentos à Prefeitura de Manaus, no valor total de R$ 22 milhões, a ser pago em 12 meses —parte do dinheiro com ele viria desse serviço. Documentos obtidos pelo UOL apontam contratos de cerca de R$ 4,7 milhões.

Portal indica pagamentos menores, mas significativos. O Portal da Transparência indica que a Comercial CJ fechou ao menos R$ 4,7 milhões em contratos entre agosto passado e maio deste ano. Desse valor empenhado, R$ 3,4 milhões foram pagos, mas não se sabe se a empresa de Jesus possui outros contratos ainda não pagos para chegar ao montante de R$ 22 milhões que ele declarou.

A Prefeitura de Manaus não prestou esclarecimentos. Eles foram procurados por telefone e por email, mas não responderam. O espaço está aberto a manifestações.

Os contratos da CJ se referem a fornecimento de alimentos. Para a Secretaria de Educação, há macarrão, biscoito doce e leite condensado destinados à merenda dos alunos da rede municipal de ensino. Os empenhos somam R$ 4,7 milhões entre agosto e maio.

A empresa possui capital social de R$ 2,5 milhões. Para a Secretaria do Meio Ambiente e para a Fundação de Apoio ao Idoso Doutor Thomas, os contratos somam R$ 30 mil em empenhos. A Comercial CJ, porém, atua em várias áreas, como materiais de escritório, transporte e outras atividades diversas, enumeradas numa relação de cinco páginas no cadastro da empresa na Receita Federal.

As empresas de Jesus e outros dois presos não possuem funcionários, segundo a Polícia Federal. Imagens do Google datadas de agosto de 2024 e consultadas pela PF não exibem a existência da Comercial CJ no endereço indicado. O mesmo acontece com empresas dos outros dois detidos, os empresários Erick Pinto Saraiva, 29, e Vagner Santos Moitinho, 46.

Empresários receberam auxílio emergencial

Aos 25 anos, Jesus recebeu auxílio emergencial na pandemia de covid-19. Entre maio de 2020 e outubro de 2021, ele foi beneficiário do programa social para pessoas em situação de vulnerabilidade. Cesar de Jesus recebeu R$ 4.950 de auxílio emergencial na pandemia. Ele possui três veículos: uma Saveiro, um Onyx e uma caminhonete Toyota Hylux. Moitinho recebeu R$ 5.250 no período, mas devolveu R$ 3.000.

A PF indiciou por lavagem de dinheiro o empresário e os outros dois homens que viajavam com ele, que permaneceram em silêncio nos depoimentos.

Empresário fala que colegas também são donos de empresas. Segundo Cesar de Jesus, eles seriam donos de empresas de materiais de construção e fornecimento de vestuário. Eles voltariam para Manaus no mesmo dia que desembarcaram, contou.

Segundo ele, objetivo da viagem seria olhar “veículos” e “materiais”. Ele não soube explicar onde iria ver os veículos e os materiais que estaria interessado em comprar. Ele disse que os outros dois homens também pretendiam adquirir insumos para suas empresas.

Indiciados não responderam sobre o caso. A defesa do trio de empresários disse que eles não dariam entrevistas. Eles estão proibidos de voltar ao Amazonas. Devem ficar em Brasília, por ordem judicial, por três meses, monitorados por tornozeleira eletrônica.

‘’Que no dia de hoje, 20/05/2025, se deslocou até Brasília/DF com a finalidade de olhar dois veículos e materiais no estado de Goiás; que afirma que estava pesquisando os veículos no site OLX; Que não sabe afirmar com exatidão o local onde iria analisar a possível compra dos veículos; Que também iria analisar a possibilidade de adquirir produtos do gênero alimentício, contudo, não sabe especificar onde exatamente.’’

‘’Que é comum proceder com o transporte de valores em espécie, tendo em vista a existência de facilidade no momento de pagamento de fornecedores e na obtenção de descontos; Que reafirma que os valores são provenientes do contrato de fornecimento de alimentos vigente junto a Prefeitura de Manaus/AM; Que afirma que estava de posse de R$ 400 mil; QUE afirma ter procedido com os saques no decorrer desta semana.’’

Trechos de depoimento de Cesar de Jesus, um dos flagrados com mala de dinheiro ao desembarcar em Brasília.

PF fala em ‘falta de lastro’ e empresas de fachada. Para a Polícia Federal, há indícios de que dinheiro levado pelos suspeitos seria decorrente de fraudes em contratos com prefeituras do Amazonas.

Delegado suspeita de pagamento de propina. O delegado Márcio Lima, responsável pelo caso, indicou que as empresas deles não possuem estrutura condizente com os serviços que prestam e não descartou que os recursos poderiam ser utilizados para pagamento de propina a agentes públicos. Nesta semana, Brasília recebe a 26ª Marcha dos Prefeitos, com a presença de representantes de várias localidades pelo país. Em depoimento à PF, Cesar de Jesus negou ter pagado propina a agentes públicos.

‘’A alta quantia de valores em espécie não possui lastro sustentável nos rendimentos médios mensais declarados pelos conduzidos. Ademais, notou-se que as sedes das empresas a eles vinculadas não possuem qualquer estrutura condizente com os contratos celebrados junto a prefeituras. Reforçando os indicativos de se tratarem de empresas de ‘fachada’, aponta-se que elas não possuem quadro de empregados ativos, veículos condizentes com o ramo de atividade declarado e que ao menos dois dos Investigados constam como beneficiários de programas assistenciais do governo federal.’’

Relatório da PF que indiciou os três detidos por lavagem de dinheiro.

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Erika Hilton adquire bolsa cujo valor é maior que todo o patrimônio que declarou ao TSE em 2022

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Na terça-feira (01) a parlamentar do (PSOL) deputada Herika Hilton postou nas redes sociais uma foto onde aparecia usando uma bolsa da marca italiana Bottega Veneta, modelo Cassette Crossbody Bag, cujo valor pode chegar a 25 mil reais.

Na mesma foto, ela aparece com um óculos da grife Tom Ford, avaliado em ao menos 3 mil reais.

Na legenda da foto a seguinte frase:

“Pronta, belíssima e preparada para mais uma semana de trabalho contra os retrocessos e horrores desse Congresso.
O que me interessa é nosso contra-ataque em defesa da dignidade do nosso povo e das necessidades do Brasil.
E quem achou que seria diferente, que morda as costas.”

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Jovem venezuelana é condenada a 10 anos de prisão por criticar o regime de Nicolás Maduro na internet

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A Justiça da Venezuela condenou Merlys Oropeza, de 25 anos, a dez anos de prisão criticar uma ativista chavista no Facebook, durante os protestos contra a fraude eleitoral de Nicolás Maduro.

Em 23 de junho, a jovem foi sentenciada pelo tribunal de Monagas, no nordeste do país, pelo alegado crime de incitação ao ódio.

A Lei contra o Ódio, usada para condenar Merlys, vem sendo amplamente criticada por organismos internacionais e entidades de defesa dos direitos humanos.

O caso da jovem gerou críticas por parte da opinião pública venezuelana, que considera a pena de dez anos de prisão “desproporcional”.

Carta aos pais
Merlys enviou uma carta aos pais, com pedidos de desculpas, dizendo não ter “mais vontade de continuar.”

continuar.”

“Mamãe e Papai. Com muita nostalgia e tristeza escrevo esta carta porque sinto que tudo o que eu diga não será suficiente para reparar o dano que lhes fiz passar. Estou aqui, neste lugar escuro, presa não só entre quatro paredes, mas pelo peso da minha culpa e da minha tristeza, e embora eu tente encontrar sentido, a verdade é que não consigo… já não tenho mais vontade de continuar.

Tenho pensado em tudo desde que caí nisso. Cada segundo me golpeia a consciência e, em cada um desses golpes, estão vocês, seus rostos, sua dor, suas noites sem dormir, sua decepção, e isso é o que me destrói… Saber que vocês me deram tudo, que me amaram mesmo quando eu não merecia, são quem mais tem sofrido pelos meus erros. Não sei se algum dia vou conseguir me perdoar, me sinto como um peso em suas vidas, um fardo, fiz tudo errado. Tudo! E o que mais me dói é ter arrastado o amor de vocês por mim a este inferno. Estou quebrada, Mamãe, estou vazia, Papai. Já não tenho forças para me levantar a cada manhã entre estas paredes sabendo que a única coisa que fiz foi decepcioná-los.

Não encontro razões para continuar vivendo, porque sinto que tirei demais de vocês. Cada lágrima de vocês é por minha culpa, que cada dia que estou aqui vocês também o vivem como uma condenação. Não quero que venham me ver com essa tristeza nos olhos. Não quero que continuem me esperando com esperanças quando eu mesma já desisti, só quero lhes pedir perdão… Por ter arruinado minha vida e a de vocês junto com ela.

Perdão por tudo o que os fiz passar, por tudo o que tiveram que aguentar por minha causa. Vocês merecem paz. Merecem alegria, merecem uma filha que lhes retribua o amor que sempre tiveram de sobra… E eu já não sei se tenho forças para ser essa filha. Já não sei se tenho forças para continuar respirando.”

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Globo pede desculpas por comentários antissemitas de Eliane Catanhêde feitos sobre Israel em programa da emissora

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A GloboNews e a comentarista política Eliane Catanhêde se retrataram neste sábado (22) após a repercussão negativa de um comentário feito pela jornalista durante a edição do programa Em Pauta, exibido na última quinta-feira (20). A fala, interpretada por diversos setores da sociedade como insensível e antissemita, gerou críticas de entidades judaicas e levou a emissora a se posicionar oficialmente.

Durante uma análise sobre o conflito entre Irã e Israel, Catanhêde questionou a eficácia dos ataques iranianos: “Tem uma mortezinha aqui, outra ali… eu não consigo entender por que nessa guerra o Irã atinge o alvo e não mata ninguém”. A declaração foi duramente criticada nas redes sociais e por organizações como a Federação Israelita de São Paulo, que consideraram a frase desrespeitosa às vítimas israelenses e carregada de um tom que relativiza a violência contra judeus.

Diante da repercussão, Eliane Catanhêde publicou um pedido de desculpas nas redes sociais:
“Depois de rever a gravação da pergunta que fiz na sexta-feira, reconheço que me expressei mal e dei margem a conclusões equivocadas, que não representam meu pensamento, pelo que peço desculpas. A intenção foi fazer uma pergunta técnica sobre armamentos e sistemas de defesa.”

A GloboNews também se manifestou, reforçando que a opinião expressa não reflete a posição editorial da emissora e que a jornalista já havia reconhecido o erro. Durante a programação ao vivo, a emissora repercutiu a retratação da comentarista.

Entidades representativas da comunidade judaica reiteraram a importância de responsabilidade na cobertura jornalística de temas sensíveis, especialmente em tempos de crescente tensão no Oriente Médio. “As palavras têm peso. Lamentamos profundamente esse tipo de colocação em um canal de alcance nacional e esperamos maior cuidado das mídias ao abordar conflitos que envolvem vidas humanas”, afirmou, em nota, a Confederação Israelita do Brasil (Conib).

O episódio reabre o debate sobre os limites do comentário político e a necessidade de empatia e precisão no jornalismo, especialmente em contextos de guerra e violência internacional.

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