POLÍTICA
Depois de 4 meses, fraude bilionária no INSS ainda não gerou indiciamentos

Quatro meses após a deflagração da Operação Sem Desconto, que revelou um esquema bilionário de fraudes em consignados no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nenhum dos envolvidos foi formalmente indiciado até o momento. A investigação, conduzida pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), apontou prejuízos que podem ultrapassar R$ 2 bilhões, envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões de segurados.
A operação, deflagrada em abril de 2025, cumpriu mais de 200 mandados em diversos estados e resultou na apreensão de veículos de luxo, dinheiro em espécie, joias e documentos. A fraude envolvia a inclusão irregular de cobranças de associações, sindicatos e seguros nos contracheques de aposentados sem autorização prévia, beneficiando entidades e empresas que operavam em parceria com servidores públicos.
Apesar da gravidade das acusações, até julho de 2025 não houve apresentação de denúncias criminais ou responsabilização penal de envolvidos. O INSS abriu processos administrativos contra ao menos 12 entidades suspeitas, e a CGU instaurou procedimentos internos para apurar a conduta de servidores públicos. No entanto, esses processos ainda estão em fase preliminar.
A lentidão na responsabilização jurídica gerou críticas de parlamentares e entidades da sociedade civil. Uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) chegou a ser instalada em junho, mas seus trabalhos ainda não avançaram de forma significativa. O Ministério da Previdência, por sua vez, alega que está colaborando com as investigações e reforçando mecanismos de controle interno.
Enquanto isso, milhares de beneficiários continuam tentando reaver valores descontados indevidamente, muitos dos quais sequer tinham conhecimento das cobranças até a explosão do escândalo. A ausência de indiciamentos até o momento levanta questionamentos sobre a agilidade das instituições em punir os responsáveis por um dos maiores esquemas de fraude da história recente da Previdência Social.
POLÍTICA
70% das cidades violentas do Brasil estão em estados sob gestão do PT
Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgou nesta quinta-feira, 24, um relatório com as cidades que registraram as maiores taxas de homicídios no Brasil. Segundo o levantamento, sete dos dez municípios mais violentos do país estão localizados em Estados governados atualmente pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
As cidades citadas se concentram majoritariamente na Bahia, governada por Jerônimo Rodrigues (PT), e no Ceará, sob o comando de Elmano Freitas (PT). O relatório leva em conta o número de homicídios por 100 mil habitantes, principal indicador de violência letal. O município com pior índice é Maranguape (CE), que registrou 79,9 mortes violentas por 100 mil habitantes.
Entre os seis primeiros colocados do ranking, quatro estão na Bahia: Jequié (77,6), Juazeiro (76,2), Camaçari (74,8) e Simões Filho. Também aparecem na lista cidades do Ceará, como Caucaia e Maracanaú. No total, sete das dez cidades listadas estão sob a gestão estadual petista.
As outras três cidades são de Pernambuco, Estado atualmente governado por Raquel Lyra (PSDB). São elas: Cabo de Santo Agostinho, São Lourenço da Mata e Feira de Santana.
A concentração de municípios violentos em Estados do Nordeste evidencia, segundo especialistas, o avanço de facções criminosas e a fragilidade das políticas públicas de segurança. Embora a responsabilidade constitucional pela segurança pública seja dos Estados, o relatório acirrou o debate político em torno do papel das administrações estaduais no combate ao crime organizado.
POLÍTICA
Segundo fontes, obstáculos jurídicos para aplicar Lei Magnitsky contra Moraes já foram resolvidos nos EUA, agora é questão de tempo
Segundo fontes próximas ao Departamento de Estado norte-americano, os principais entraves jurídicos para a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, já teriam sido superados. Com isso, a imposição de sanções agora dependeria apenas de decisão política da Casa Branca, o que seria uma questão de tempo.
A informação surge em meio à crescente pressão do governo Donald Trump e de parlamentares republicanos, como o senador Marco Rubio, para que os Estados Unidos tomem medidas mais duras contra Moraes, acusado por setores conservadores de promover perseguição política no Brasil sob o pretexto de combater a desinformação.
Nos bastidores, diplomatas brasileiros avaliam que o recente cancelamento de vistos de Moraes, familiares e outros ministros do STF seria apenas o primeiro passo. As sanções previstas na Lei Global Magnitsky incluem congelamento de bens, restrições financeiras e proibição de entrada em território norte-americano.
Embora até agora o governo dos EUA não tenha confirmado oficialmente a aplicação da lei contra Moraes, veículos como Washington Post e Financial Times noticiaram que há uma minuta de sanção já redigida, aguardando aval final do Tesouro e da presidência norte-americana.
A Lei Global Magnitsky permite ao governo dos EUA sancionar autoridades estrangeiras envolvidas em graves violações de direitos humanos ou corrupção. A eventual aplicação da medida contra um magistrado de um país aliado e democrático, como o Brasil, seria inédita — e pode desencadear uma crise diplomática sem precedentes entre os dois países.
O Palácio do Planalto e o Itamaraty seguem atuando para tentar barrar as sanções, argumentando que elas representam uma violação da soberania nacional e da independência dos poderes. Já setores da oposição brasileira enxergam no movimento uma forma de pressionar o Supremo por maior equilíbrio institucional.
A expectativa é que, caso a decisão final seja tomada, as sanções sejam anunciadas ainda neste segundo semestre de 2025.
POLÍTICA
“Moraes precisa de internação compulsória”, diz Flávio Bolsonaro
De volta ao Brasil após a possibilidade de prisão preventiva de Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que o ministro Alexandre de Moraes está “obcecado” pelo ex-presidente e precisa de uma “internação compulsória”. Em entrevista exclusiva concedida à coluna, Flávio comparou Moraes a um “usuário de crack”.
“Ele não está em suas faculdades mentais normais. Está obcecado por Bolsonaro e atropela a Constituição a todo momento para atingir seu objetivo de prendê-lo. Sabe aquele cara viciado em crack, que não está mais em condições de decidir se tem que ser internado ou não, e que a família precisa tomar essa decisão? Eu acho que o Alexandre de Moraes, na minha percepção, está nessa fase”, avaliou Flávio.
“Esse processo que meu pai está passando – que na verdade não é um processo, é um linchamento, é uma perseguição – está com a sentença pronta, mesmo antes de começar. Todo mundo sabe disso. E eu acho que o Alexandre de Moraes precisa, sim, de ajuda profissional”, afirmou o senador.
O senador retornou de Portugal, onde passava férias com a família, após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que impôs medidas cautelares contra Jair Bolsonaro, inclusive o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de conceder entrevistas. Para Flávio, Moraes tem uma “sentença pronta” nos inquéritos por golpe de Estado e atentado à soberania nacional.
“Assim eu consegui falar com ele [Bolsonaro], já que o telefone dele foi apreendido. Ele me pareceu muito chateado, constrangido, sentindo-se humilhado, mas estava tranquilo. Estive ontem com ele, na casa dele. E, nesse momento, um abraço mais forte, um pouco mais apertado e demorado, porque, nesse momento difícil, tudo que ele precisa é de apoio, um abraço, um carinho, uma palavra que dê esperança. Então, ele não demonstra, mas a gente sabe que ele está abalado. É uma decisão horrorosa”, relatou o senador.
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