POLÍTICA
“Comparação moralmente irrespeitável”, diz interlocutor à Celso Amorim, após embaixador comparar o sistema de repressão à mulheres no Irã com a pena de morte de criminosos nos EUA
Uma declaração do assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, gerou forte reação nos bastidores do governo e no meio diplomático nesta semana. Em uma fala recente, Amorim comparou o sistema de repressão às mulheres no Irã à aplicação da pena de morte nos Estados Unidos, o que foi classificado por um interlocutor presente na conversa como uma “comparação moralmente irrespeitável”.
A fala de Amorim ocorreu durante uma discussão informal sobre relações exteriores, quando o ex-chanceler ponderou que é necessário evitar julgamentos unilaterais sobre países com culturas e sistemas políticos distintos. Segundo relatos, ele teria afirmado que “não se pode julgar apenas o Irã pela sua repressão às mulheres, assim como os EUA aplicam a pena de morte, inclusive contra inocentes”.
A tentativa de estabelecer um paralelo entre os dois contextos provocou desconforto. Um dos participantes do encontro reagiu à declaração com veemência, classificando a comparação como “equivocada” e alertando para o risco de relativizar violações sistemáticas de direitos humanos.
“A pena de morte nos Estados Unidos é um tema polêmico e questionável sob muitos aspectos, mas compará-la à opressão institucionalizada contra mulheres no Irã – onde direitos básicos são negados por leis estatais – é uma comparação moralmente irrespeitável”, afirmou a fonte sob condição de anonimato.
A repercussão negativa levanta questionamentos sobre os limites da diplomacia pragmática adotada pelo governo brasileiro em sua política externa. Amorim, que foi chanceler durante os dois primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é conhecido por sua postura conciliadora em fóruns internacionais, frequentemente defendendo o diálogo com regimes controversos como estratégia diplomática.
Procurado, o Palácio do Planalto não comentou oficialmente o episódio. Assessores próximos a Amorim alegam que a fala foi descontextualizada e reiteram que o assessor defende os direitos humanos como valor universal, embora sustente a necessidade de engajamento com diferentes regimes como caminho para influenciar mudanças.
A fala ocorre em meio a críticas de organizações internacionais de direitos humanos à postura do Brasil em votações da ONU sobre temas envolvendo o Irã. Em abril, o governo brasileiro se absteve de votar uma resolução que condenava violações de direitos das mulheres naquele país.
POLÍTICA
Nikolas Ferreira lidera corrida para o governo de Minas Gerais no primeiro e segundo turno
A pesquisa do instituto Futura Inteligência divulgada nesta quarta-feira, 18, mostra que, se as eleições fossem hoje, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) lideraria em todos os cenários de 1º e 2º turno em que o seu nome é testado. O senador Cleitinho (Republicanos) é outro nome que aparece bem posicionado na disputa.
Aécio Neves (PSDB), ex-governador do estado, e a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), são outros nomes que estão bem posicionado na disputa, com intenções de voto de dois dígitos.
Em todos os cenários de primeiro turno, a quantidade de votos em branco, nulos ou indecisos é expressiva, com percentuais que variam de 9,1% a 16,2%, o que pode ter um impacto significativo nos resultados.
O atual governador Romeu Zema (Novo) está em seu segundo mandato e não poderá concorrer novamente ao cargo.
Nos cenários de 2º turno, Nikolas e Cleitinho empatam.
Nikolas Ferreira é testado em quatro cenários e vence com folga o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e Aécio Neves. Em uma disputa entre o deputado e o Cleitinho, a pesquisa mostra um empata técnico, com Nikolas à frente com 36,2% contra 31,3% do senador.
Nos cenários sem Nikolas, Cleitinho lidera com todos os adversários. Em eventuais disputas conta Silveira e Aécio, Kalil aparece à frente do ministro com maior vantagem e v~e uma disputa mais apertada contra o ex-governador.
A pesquisa do instituto Futura ouviu 1.200 pessoas em Minas entre os dias 22 de maio e 5 de junho por CATI (entrevista telefônica assistida por computador). A margem de erro do levantamento é de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos com índice de confiança de 95%.
Cenário 1 – 1º Turno:
Nikolas Ferreira: 27,2%
Cleitinho: 17,9%
Aécio Neves: 11,6%
Branco/Nulo/Não sabe: 9,9%
NS/NR/Indeciso: 9,1%
Alexandre Kalil: 7,7%
Rodrigo Pacheco: 6,9%
Marília Campos: 6,2%
Alexandre Silveira: 2,6%
Mateus Simões: 0,8%
Cenário 2 – 1º Turno:
Nikolas Ferreira: 29,6%
Cleitinho: 21,4%
Ninguém/Branco/Nulo: 14,6%
Marília Campos: 11,0%
NS/NR/Indeciso: 9,8%
Rodrigo Pacheco: 8,5%
Alexandre Silveira: 3,3%
Mateus Simões: 1,7%
Cenário 3 – 1º Turno:
Nikolas Ferreira: 39,7%
Ninguém/Branco/Nulo: 16,2%
Marília Campos: 11,8%
Alexandre Kalil: 11,6%
Rodrigo Pacheco: 11,0%
NS/NR/Indeciso: 7,5%
Mateus Simões: 2,1%
Cenário 1 – 2º Turno:
Ninguém/Branco/Nulo: 38,4%
Alexandre Kalil: 29,8%
Alexandre Silveira: 19,9%
NS/NR/Indeciso: 11,9%
Cenário 2 – 2º Turno:
Ninguém/Branco/Nulo: 33,4%
Alexandre Kalil: 32,9%
Aécio Neves: 27,6%
NS/NR/Indeciso: 6,2%
Cenário 3 – 2º Turno:
Cleitinho: 49,4%
Alexandre Kalil: 26,3%
Ninguém/Branco/Nulo: 17,7%
NS/NR/Indeciso: 6,6%
Cenário 4 – 2º Turno:
Nikolas Ferreira: 48,8%
Ninguém/Branco/Nulo: 25,1%
Alexandre Silveira: 18,9%
NS/NR/Indeciso: 7,2%
Cenário 5 – 2º Turno:
Cleitinho: 52,0%
Ninguém/Branco/Nulo: 23,9%
Alexandre Silveira: 16,6%
NS/NR/Indeciso: 7,5%
Cenário 6 – 2º Turno:
Cleitinho: 51,4%
Aécio Neves: 23,8%
Ninguém/Branco/Nulo: 21,2%
NS/NR/Indeciso: 3,6%
Cenário 7 – 2º Turno:
Nikolas Ferreira: 36,2%
Cleitinho: 31,3%
Ninguém/Branco/Nulo: 25,8%
NS/NR/Indeciso: 6,7%
Cenário 8 – 2º Turno:
Nikolas Ferreira: 48,8%
Ninguém/Branco/Nulo: 25,1%
Alexandre Silveira: 18,9%
NS/NR/Indeciso: 7,2%
Cenário 9 – 2º Turno:
Nikolas Ferreira: 47,8%
Aécio Neves: 26,0%
Ninguém/Branco/Nulo: 22,4%
NS/NR/Indeciso: 3,9%
POLÍTICA
“O Brasil vive hoje um dos momentos mais delicados para a liberdade de expressão desde a redemocratização”, diz Fernando Schüsler
O filósofo e colunista Fernando Schüller afirmou que “o Brasil vive hoje um dos momentos mais delicados para a liberdade de expressão desde a redemocratização”. A declaração, feita em meio a debates sobre os limites do discurso nas redes sociais e o papel do Judiciário, acende um alerta sobre os rumos da democracia brasileira.
Para Schüller, o combate à desinformação e os recentes embates entre autoridades e plataformas digitais têm levantado preocupações legítimas quanto à preservação de direitos fundamentais. “É preciso cuidado para que o enfrentamento ao discurso de ódio ou às fake news não leve a uma restrição excessiva da liberdade de opinião”, pontua o filósofo.
A discussão ocorre em um contexto de crescente polarização política e judicialização do debate público, fatores que, segundo especialistas, vêm ampliando a tensão entre segurança institucional e liberdades civis.
POLÍTICA
Embaixador de Israel faz críticas a postura de Lula e do governo Brasileiro por condenarem o ataque ao Irã: “Não representa os Brasileiros”
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, fez duras críticas à postura do governo brasileiro diante do ataque realizado pelo Irã contra o território israelense em abril deste ano. Em entrevista à CNN Brasil, Zonshine afirmou estar “muito desapontado” com a nota oficial divulgada pelo Itamaraty, que evitou condenar diretamente a ação iraniana. “Esse posicionamento não representa os brasileiros”, declarou.
A resposta do governo brasileiro foi recebida com insatisfação por entidades judaicas e representantes da comunidade israelense no país. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) considerou a nota “lamentável” e acusou o Brasil de se omitir diante de uma agressão internacional. O Instituto Brasil-Israel (IBI) afirmou que o governo perdeu a chance de se posicionar de forma firme contra um “ataque ilegal que ameaça a estabilidade da região”.
Zonshine reforçou essas críticas ao declarar que “esperava mais de um país amigo, que sempre teve uma relação histórica de proximidade com Israel”. Segundo o embaixador, o silêncio em relação à conduta iraniana pode ser interpretado como conivência. “Não se trata de tomar lados, mas de reconhecer um ato de agressão clara contra um Estado soberano”, afirmou.
A tensão diplomática entre Brasil e Israel não é recente. Em fevereiro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou a ofensiva israelense em Gaza ao Holocausto, declaração que foi duramente repudiada pelo governo de Benjamin Netanyahu. Em resposta, Israel declarou Lula “persona non grata”, marcando um dos momentos mais críticos nas relações bilaterais das últimas décadas.
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