POLÍTICA
Celina Leão, de direita, lidera pesquisa para governo do Distrito Federal
A vice-governadora Celina Leão (PP) aparece na liderança isolada das intenções de voto para o Governo do Distrito Federal em todos os cenários testados pela pesquisa Real Time Big Data, divulgada nesta terça-feira (4). Em cada uma das três simulações realizadas, Celina obtém pelo menos o dobro das intenções de voto em relação ao segundo colocado.
No primeiro cenário, que inclui o ex-governador José Roberto Arruda, Celina aparece com 40% das intenções de voto, enquanto Arruda registra 20%.
A pesquisa ouviu 1.200 eleitores entre os dias 2 e 3 de novembro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
No segundo cenário, sem a presença de Arruda, a vice-governadora amplia a vantagem e chega a 50% das intenções de voto. O deputado distrital Leandro Grass (PT) aparece em segundo lugar, com 15%.
Já no terceiro cenário, em que Celina enfrenta apenas Ricardo Capelli (PSB), ela venceria com 54% dos votos, contra 14% do socialista. Os votos brancos e nulos somaram 13%, enquanto 19% dos entrevistados não souberam ou não responderam.
POLÍTICA
Moraes já olhou cela para qual pretende enviar Bolsonaro na Papuda
O ministro Alexandre de Moraes (STF) planeja enviar o ex-presidente Jair Bolsonaro para uma cela especial com paredes brancas, ar-condicionado e televisão no presídio da Papuda, em Brasília. Segundo apurou a coluna, o magistrado já viu imagens e aprovou a instalação.
O espaço é adaptado para receber o ex-presidente, que atualmente cumpre prisão domiciliar. Aliados de Bolsonaro acreditam que o STF determinará a transferência na semana que vem, após rejeitar os embargos declaratórios protocolados pelo ex-mandatário.
A expectativa, contudo, é que Bolsonaro passe poucas semanas na Papuda. Até mesmo ministros próximos a Moraes sustentam que a a Suprema Corte deverá aceitar um pedido da defesa do ex-presidente para restabelecer a prisão domiciliar, por motivos de saúde.
O mesmo benefício foi concedido, em maio deste ano, ao também ex-presidente Fernando Collor, condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão por corrupção.
Bolsonaro foi condenado por golpe de Estado
Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão por golpe de Estado e mais quatro crimes. Atualmente, está preso em casa, com tornozeleira eletrônica, por descumprir medidas cautelares no âmbito de um outro inquérito que investiga coação no curso do processo.
Essa investigação foi aberta por ordem de Moraes após o deputado federal Eduardo Bolsonaro articular sanções a autoridades brasileiras junto ao governo dos Estados Unidos.
POLÍTICA
Moraes defendeu ação policial e pregou rigor contra facções na ADPF das Favelas
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou posição favorável à atuação das polícias do Rio de Janeiro ao assumir a relatoria da ADPF das Favelas, ação que impõe regras para operações policiais em comunidades. Moraes foi designado relator na semana passada, após o ministro Edson Fachin deixar o caso para assumir a presidência da Corte.
A substituição ocorre em meio à repercussão da Operação Contenção, deflagrada recentemente contra o Comando Vermelho. Após a ação, entidades que participam do processo solicitaram informações detalhadas sobre a conduta policial. Em resposta, Moraes determinou que o governador Cláudio Castro e autoridades da Segurança Pública do Rio apresentem esclarecimentos e marcou audiências com representantes do Executivo, do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública nesta segunda-feira (3).
A exigência de relatórios sobre as operações foi estabelecida pelo STF no julgamento da ADPF, que busca reduzir a letalidade policial. O objetivo é permitir que o Ministério Público monitore eventuais abusos ou desvios.
Pesquisas recentes mostram que a população fluminense apoia majoritariamente as ações das forças de segurança. Um levantamento da Genial/Quaest, divulgado no último sábado (1), aponta que 73% dos entrevistados são favoráveis a mais operações e 64% aprovam a ofensiva realizada no dia 28 de outubro nos complexos do Alemão e da Penha. A pesquisa ouviu 1.500 pessoas, entre 30 e 31 de outubro, com margem de erro de 3 pontos percentuais.
Histórico de posições pró-polícia
Desde o início da tramitação da ADPF das Favelas, em 2020, Alexandre de Moraes tem defendido uma atuação firme das forças de segurança contra facções criminosas e milícias. Em diversas ocasiões, divergiu do então relator Edson Fachin, que propunha restrições mais rígidas às polícias do Rio.
Moraes votou contra a suspensão das operações policiais decretada por Fachin em 2020. “A ausência de atuação policial durante período indeterminado gerará riscos à segurança pública de toda a sociedade do Rio de Janeiro”, escreveu na época. A maioria, contudo, seguiu Fachin e aprovou a medida.
Posteriormente, Moraes liderou votos que flexibilizaram restrições, como o uso de helicópteros, inicialmente limitado a “casos de estrita necessidade”. Com sua influência, a Corte passou a permitir o uso mediante justificativa da polícia, reconhecendo a importância tática das aeronaves.
Também foi dele o voto que garantiu à polícia a autonomia para definir o uso de armas de fogo em incursões, sem necessidade de regras genéricas impostas pelo Judiciário. “As forças de segurança lidam com ambientes instáveis, onde há desvantagem tática evidente. Restrições excessivas comprometem a efetividade das operações”, argumentou.
Moraes se posicionou ainda contra a proibição de operações próximas a escolas e hospitais, alertando que tal medida poderia ser explorada por criminosos. “A partir do momento em que se veda isso, as milícias e o tráfico utilizarão essas áreas para realizar o crime”, afirmou.
Em 2022, o ministro também barrou a proposta de tornar públicos os protocolos de atuação policial, sustentando que o sigilo é fundamental para preservar o elemento surpresa e a segurança dos agentes. “A divulgação de protocolos potencializa riscos e pode levar ao insucesso de operações”, justificou.
Defesa de limites ao Judiciário
Nas discussões no plenário, Moraes advertiu que a interferência do Poder Judiciário nas políticas de segurança pública dos estados representa risco à separação de poderes. Segundo ele, a Corte não possui capacidade institucional para definir diretrizes técnicas para a atuação policial.
“A fixação de padrões genéricos pelo Judiciário pode tornar as ações policiais previsíveis para a criminalidade e gerar insegurança operacional”, afirmou. Apesar das críticas, Moraes defendeu a integração entre Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público no combate ao crime, mas lamentou a soltura recorrente de criminosos nas audiências de custódia.
“Lamentavelmente, às vezes, a polícia tem razão ao dizer que prende e depois o mesmo indivíduo é solto 16 ou 17 vezes em poucos meses”, disse o ministro.
Visão sobre o crime organizado
Durante o julgamento da ADPF, Moraes afirmou que o Rio de Janeiro vive sob a presença de um “estado paralelo” controlado por facções e milícias. Segundo ele, esses grupos impõem leis próprias, cobram taxas, restringem a liberdade da população e dominam territórios inteiros.
“O que se vê é um verdadeiro estado paralelo, que tributa atividades legais, dita regras sociais, cerceia a locomoção e executa pessoas”, declarou. Citando dados de 2023, o ministro destacou que 18,2% da área habitada da região metropolitana do Rio estava sob domínio de grupos armados, afetando 3,7 milhões de pessoas, o equivalente a 57% da população da capital.
Moraes também criticou o que chamou de “romantização das favelas”, apontando a banalização da violência em bailes e eventos dominados pelo tráfico. Ele alertou ainda para a infiltração das facções na política, que segundo o ministro, “chega a ser um atentado à democracia”.
Reconhecimento ao trabalho policial
O ministro exaltou o papel das forças de segurança no combate ao crime, chamando a atividade policial de “sacerdócio”.
“Policiais saem todos os dias de casa sabendo que podem morrer a qualquer momento, não apenas por acaso, mas para defender vidas e patrimônios de pessoas que sequer conhecem”, afirmou.
Moraes ressaltou o alto número de policiais mortos e o impacto psicológico da profissão — 30 assassinados e 19 suicídios entre 2022 e 2023 — e defendeu o reconhecimento da categoria. “Não podemos esquecer de valorizar as forças de segurança. É a única carreira em que se sai de casa sem saber se vai voltar”, disse.
Embora tenha enfatizado a necessidade de punir abusos e desvios, Moraes insistiu que os casos isolados não devem ofuscar o trabalho da maioria. “Precisamos extirpar das forças públicas aqueles que abusam de autoridade, mas sem deixar de reconhecer o esforço e a coragem da grande maioria dos policiais”, concluiu.
POLÍTICA
Nikolas faz pressão por PL que classifica f4cções como terr0ristas
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou, nesta segunda-feira (3/11), que pediu ao presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara, deputado Paulo Azi (União-BA), que o projeto de lei que classifica facções como terroristas seja pautado ainda nesta semana.
“Facções no Brasil dominam territórios, impõem regras próprias, matam, aterrorizam inocentes e desafiam o Estado. Não podem ser tratadas como ‘grupos comuns’. Sou relator do PL 1.283/2025 na CCJ e deixo claro: quem atua como terrorista será tratado como terrorista”, declarou o parlamentar nas redes sociais.
“O projeto atualiza a Lei Antiterrorismo e enquadra facções e milícias que espalham medo, controlam comunidades como ‘Estados paralelos’ e atacam brasileiros. É uma resposta ao clamor do povo contra o crime e em favor da lei e da ordem”, completou.
Nikolas foi escolhido relator da proposta em maio deste ano, pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Apesar disso, o texto segue parado na CCJ.
O debate ganhou força novamente após a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, na última terça-feira (28/10). A ação policial reacendeu a disputa política e trouxe de volta a discussão sobre se facções criminosas deveriam ser classificadas como grupos terroristas, especialmente entre parlamentares de direita.
O que diz o PL anti-facção
O projeto altera a atual Lei Antiterrorismo e amplia as motivações previstas para enquadrar facções e organizações criminosas — como o Primeiro Comando da Capital (PCC) — como terroristas.
A proposta também inclui milícias privadas que usem a intimidação, o medo e a imposição de regras para demonstrar domínio sobre comunidades e desafiar o Estado — cenário semelhante ao de algumas áreas sob controle criminoso no Rio de Janeiro.
O texto detalha uma série de condutas que poderiam ser consideradas atos terroristas quando praticadas por organizações criminosas. Entre elas:
causar terror na população ou em grupos específicos mediante violência ou intimidação coletiva;
desestabilizar instituições governamentais, incluindo forças de segurança e sistemas de Justiça, para assegurar impunidade ou impedir seu funcionamento;
promover medo generalizado, pânico ou coação;
realizar ações contra a integridade territorial ou a soberania do Estado;
engajar-se em atividades transnacionais que ameacem a paz e a segurança internacionais;
estabelecer domínio territorial para a prática de crimes violentos, como planejamento e execução de ataques, além de tráfico de drogas, armas e explosivos.
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