POLÍTICA
“Cartas marcadas no Supremo Tribunal Federal”, diz Marcel Van Hattem sobre possível condenação de Bolsonaro pelo STF
O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante sessão da Corte que analisava a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusados de participar de um suposto plano golpista.
Em declaração incisiva, o parlamentar afirmou que o julgamento se trata de um “jogo de cartas marcadas”.Presente à sessão como único parlamentar acompanhando os votos dos ministros, Van Hattem classificou o ambiente do STF como “revolucionário” e “fora de controle”, alegando que as decisões já estariam previamente definidas, sem garantir o devido processo legal.
“Estamos diante de um tribunal que age como se tudo já estivesse decidido. A defesa pouco importa. É um julgamento com resultado anunciado”, disse. O deputado também comparou a condução dos processos a tribunais de exceção e questionou a isenção dos ministros. Segundo ele, o Supremo atua com parcialidade política ao julgar figuras ligadas ao ex-presidente Bolsonaro.Embora o foco da sessão tenha sido o chamado “Núcleo 2” – grupo de militares e civis investigados por envolvimento em articulações antidemocráticas – Van Hattem expressou preocupação com o que considera uma escalada autoritária do Judiciário, o que poderia, segundo ele, atingir diretamente Bolsonaro no futuro.
A crítica de Marcel Van Hattem reforça o clima de tensão entre o Legislativo e o Judiciário e ecoa a insatisfação de setores da oposição quanto à atuação política do STF em casos de grande repercussão
POLÍTICA
Fux cita caso ‘Débora do batom’ para defender análise individual de cada réu
O ministro Luiz Fux utilizou o caso da cabeleireira Débora Rodrigues, conhecida como “Débora do Batom”, para reforçar a necessidade de que o Supremo Tribunal Federal (STF) avalie de forma individualizada a conduta de cada réu nos julgamentos relacionados aos atos de 8 de janeiro.
Em voto divergente, Fux contestou a aplicação da teoria do “crime multitudinário”, defendida pelo relator Alexandre de Moraes, que permite a responsabilização coletiva em situações de participação em atos de massa. Para o ministro, essa abordagem não se sustenta quando existem provas específicas sobre o que cada acusado fez.
No caso de Débora, as evidências mostram que sua conduta se restringiu a escrever a frase “Perdeu, mané” em uma estátua no Supremo, utilizando batom. A partir disso, Fux sustentou que a acusada deveria responder apenas por dano a patrimônio tombado, com pena de cerca de 1 ano e 6 meses de prisão, e não pelos múltiplos crimes apontados por Moraes, que sugeriu 14 anos de reclusão.
O ministro também criticou a competência do STF para julgar a cabeleireira, uma vez que ela não possui foro privilegiado, e ressaltou que, mesmo que o julgamento fosse legítimo, deveria ocorrer no Plenário, e não na Primeira Turma.
A defesa de Débora afirmou que o voto de Fux representa um precedente importante, pois reforça a tese de que não é possível punir coletivamente sem a demonstração de participação individual e consciente em um crime.
Enquanto a maioria dos ministros acompanhou Moraes, consolidando uma pena severa, a manifestação de Fux evidencia uma divisão no Supremo sobre como aplicar os princípios do direito penal nos processos que envolvem os atos golpistas de janeiro.
POLÍTICA
Fux vota para anular processo contra Bolsonaro por incompetência no STF
O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou pela incompetência absoluta do Supremo para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe. Em seu voto, ele ainda pediu a anulação de todo o processo penal contra os acusados.
Meu voto é no sentido de reafirmar a jurisprudência desta corte. Concluo, assim, pela incompetência absoluta do STF para o julgamento deste processo, na medida em que os denunciados já haviam perdido os seus cargos”, afirmou.
Fux criticou ainda o fato de a previsão de foro privilegiado ter passado por inúmeras mudanças, causando uma “banalização” dessa competência constitucional.
O ministro ressaltou de modo crítico que uma das mudanças foi feita após os atos criminosos da trama golpista.
Ele se refere à alteração no regimento que permitiu o STF julgar, com foro privilegiado, pessoas que já deixaram o cargo público, mas cometeram os crimes durante o mandato.
Essa alteração permitiu que Jair Bolsonaro fosse julgado pelo STF, ao invés de ter o caso analisado por tribunal comum.
O julgamento da trama golpista na Primeira Turma do Supremo ocorre porque o processo (Ação Penal 2668) está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que é integrante do colegiado. Logo, o processo é direcionado automaticamente à turma do relator.
O magistrado já havia sinalizado divergência com Alexandre de Moraes, relator do caso, na sessão de terça-feira (9). Na ocasião, antes de Moraes iniciar a análise das preliminares suscitadas pelas defesas, Fux pediu a palavra para dizer que “voltaria a elas” quando fosse o seu momento de se manifestar.
O julgamento está previsto para acontecer até sexta-feira (12). Além de Fux, nesta quarta-feira (10), os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente do colegiado, também votam para condenar, ou absolver, os réus.
POLÍTICA
“Quando é bandeira do grupo terrorista Hamas pode. Agora dos EUA não pode”, diz Abilio Brunini, prefeito de Cuiabá
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), voltou a gerar controvérsia nesta semana ao criticar as reações contra o uso da bandeira dos Estados Unidos em manifestações realizadas por grupos de direita no Brasil. Durante entrevista, ele questionou o que considera um “duplo padrão” na avaliação de símbolos exibidos em atos políticos.
“Na manifestação que a esquerda fez tinha bandeira do Hamas, tinha da Palestina, tinha bandeira de outros países também. Quando é de terrorista pode? Agora porque ergueu a bandeira dos Estados Unidos estão chateados? Cada um ergue a bandeira que quiser”, afirmou o prefeito.
Brunini argumentou que o gesto de levantar a bandeira norte-americana estaria relacionado à expectativa de apoio internacional para a “reconstrução da democracia” no Brasil. Ele também criticou a aplicação da chamada Lei Magnitsky ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, questionando os critérios usados.
“Qual é o critério? Tenho o direito de erguer a bandeira que eu quiser”, declarou.
As falas de Abilio repercutiram nas redes sociais e em veículos locais, como RepórterMT e RDNews, reacendendo debates sobre liberdade de expressão, alinhamentos ideológicos e o uso de símbolos estrangeiros em manifestações políticas.
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