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POLÍTICA

Bolsonaro avalia acionar Casa Branca contra tarifaço de Trump

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avalia entrar em negociação direta com a Casa Branca para tentar reverter o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil.

Segundo seus interlocutores, essa sugestão chegou a Bolsonaro e é vista como uma forma de neutralizar o discurso da esquerda brasileira, que atribui o tarifaço à atuação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos contra o STF (Supremo Tribunal Federal).

Até esta quinta-feira (10), a avaliação entre aliados de Bolsonaro era de que o episódio tem prejudicado a direita, já que mobilizou a militância do PT dentro de uma lógica de “nós contra eles” e de defesa da soberania nacional — uma pauta na qual o petismo atua com eficácia —, além de ter fornecido à esquerda um discurso consistente de que Bolsonaro tem responsabilidade no tarifaço.


Aliados defendem apelo de Bolsonaro e Eduardo contra tarifaço de Trump
Além disso, o episódio suspendeu o avanço de outros temas que vinham sendo impulsionados pelo bolsonarismo, em meio à recente disputa entre o Executivo e o Legislativo. Um exemplo é o projeto de anistia aos investigados pelos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023.

A entrada de Bolsonaro, portanto, seria uma tentativa de impedir que se cristalize na opinião pública a percepção de que o tarifaço e seus efeitos decorrem exclusivamente da articulação de Eduardo Bolsonaro. Isso se daria, por exemplo, por meio de um telefonema intermediado pelo próprio deputado licenciado.

A ideia seria demonstrar força e liderança política, contrapondo-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e expondo uma suposta incapacidade do atual chefe do Executivo de negociar com a Casa Branca para resolver a questão.

POLÍTICA

Prefeito David Almeida, aliado de Lula, pagou 22 milhões de reais para empresa da mãe de deputado que retirou assinatura da CPI dos Asfalto

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Empresa de família do deputado Wanderley Monteiro recebe valores milionários da Prefeitura de Manaus. Desde o início da gestão David Almeida, a empresa MI Caldeira Madureira Locações Ltda. já recebeu, pelo menos, R$ 22,557 milhões em contratos com locação de máquinas e equipamentos pesados com motorista, segundo dados do Portal da Transparência.

Curiosamente, em 2024, a empresa teve empenhado apenas R$ 32 mil, mas sem pagamento efetivo de recursos. Em 2025, não foi realizado nenhum pagamento.

Em 2023, a MI Caldeira recebeu R$ 8.276 milhões da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). Em 2022, a mesma empresa recebeu R$ 7,771 milhões também da secretaria. No primeiro ano da gestão David Almeida, em 2021, a empresa recebeu R$ 6,509 milhões.

Fica o questionamento se a retirada do apoio do deputado estadual Wanderley Monteiro tem relação com valores a receber da administração municipal.

Na tarde desta quinta-feira, o deputado estadual retirou apoio da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende apurar os contratos de asfalto na Prefeitura de Manaus, inviabilizando que a CPI seja criada na Assembleia Legislativa do Estado (ALE).

É competência da ALE investigar o chamado Asfalta Manaus da Prefeitura porque parte da verba para execução das obras foi liberada em convênio pelo Governo do Amazonas. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) também acompanha esses gastos e cobra dados dos recursos aplicados do Executivo municipal.

O jornal apurou que a retirada ocorreu após pressão do grupo do prefeito de Manaus, David Almeida que, desde o primeiro momento, tem pressionado parlamentares para evitar investigações nos contratos da administração municipal em relação à aquisição de asfalto e serviços de manutenção de vias.

O prefeito tem declarado não deter qualquer apuração em seus contratos. Mas, sua atuação nos bastidores contraria suas afirmações. No último dia 13, o deputado estadual Delegado Péricles (PL) afirmou que o prefeito está atuando nos bastidores para impedir a investigação.

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POLÍTICA

Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, publicou uma imagem de Lula como fantoche do Aiatolá Khamenei

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O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, fez uma publicação em português na rede social X nesta terça-feira (26), chamando o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “antissemita declarado e apoiador do Hamas”, se referindo a saída do Brasil da IHRA (Aliança Internacional para a Memória do Holocausto), no final do mês de julho.

“Agora ele revelou sua verdadeira face como antissemita declarado e apoiador do Hamas ao retirar o Brasil da IHRA — o organismo internacional criado para combater o antissemitismo e o ódio contra Israel — colocando o país ao lado de regimes como o Irã, que nega abertamente o Holocausto e ameaça destruir o Estado de Israel”, escreveu Katz.

O ministro ainda associou Lula ao supremo líder do Irã, Ali Khamenei, colocando no post uma imagem gerada por inteligência artificial, onde o brasileiro aparece como um fantoche controlado por Khamenei.

Lula também já fez duras críticas ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O que levou o presidente brasileiro ser considerado “persona non grata” em Israel.

Com a crise diplomática, o Brasil retirou seu embaixador em 2024 e, até agora, não submeteu um novo nome ao governo israelense.

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POLÍTICA

“Efeito Tagliaferro” causa debandada no gabinete de Moraes

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O vazamento de conversas entre o ex-assessor Eduardo Tagliaferroe o ex-juiz instrutor Airton Vieira, ambos ex-integrantes das equipes do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), provocou uma debandada na assessoria do magistrado. A equipe do ministro segue desfalcada mais de oito meses após o início das mudanças.

Em janeiro deste ano, Moraes dispensou Airton Vieira da sua equipe no STF sem tornar o processo público ou fornecer informações sobre as mudanças. Entre fevereiro e março, foi a vez dos juízes auxiliares Rogério Marrone de Castro Sampaio e André Solomon Tudisco deixarem o gabinete do ministro. Sampaio trabalhava com Moraes desde 2018 e Tudisco desde junho de 2024.

Procurado, o gabinete não forneceu informação sobre as substituições que ainda precisam ser feitas.

Essas dispensas fizeram com o que os juízes de apoio do ministro na condução dos seus mais de 2,7 mil processos passassem de quatro para um no intervalo de três meses. Apenas o juiz auxiliar Rafael Tamai Rocha se manteve no cargo e foi ele que, em plena tramitação das ações penais do suposto golpe de Estado, assumiu extraoficialmente a função de instrutor.

O juiz instrutor é responsável pela etapa de instrução em processos criminais de competência do STF. Quem exerce esse cargo tem como prerrogativa ouvir testemunhas, realizar interrogatórios de réus e colher manifestações em procedimentos de colaboração premiada.

No gabinete de um magistrado como Moraes, cuja atuação criminal é demandada por grandes casos, o juiz que exerce a função de instrutor vira automaticamente uma espécie de braço direito ou homem de confiança do ministro, como era Airton Vieira até eclodir o caso Tagliaferro.

Vieira esteve no centro do caso revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, que divulgou áudios em que ele e Tagliaferro compartilhavam fora do rito legal informações do STF para munir as decisões de Moraes no TSE. Um ano após o vazamento das conversas, Tagliaferro ameaça divulgar novas mensagens que comprovariam o direcionamento de Moraes em processos contra bolsonaristas.

O ex-assessor faz barulho nas redes e trata de lembrar Moraes como possíveis falhas na montagem da sua equipe expuseram os bastidores do seu gabinete na condução de processos sensíveis.

Moraes só foi recompor parcialmente o seu gabinete em maio deste ano com a nomeação da juíza auxiliar Luciana Yuki Fugishita Sorrentino, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Ela também atuou de forma improvisada como instrutora na ação penal do suposto golpe, tendo sido responsável pela oitiva de dezenas de testemunhas.

Mas Moraes segue desfalcado sem a presença de um novo juiz instrutor e mais um auxiliar na sua equipe. Ele costumava ser o único do STF a contar com autorização para ter quatro assistentes, diante do volume de trabalho em seu gabinete por causa dos inquéritos criminais que conduz.

Os demais ministros são obrigados por resolução a exercerem as suas atividades com o apoio de três magistrados, mas há exceções recentes, como Cristiano Zanin, que atualmente possui dois juízes instrutores e dois auxiliares.

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