POLÍTICA
Aviões da FAB para ministros só tem combustível até 3 de agosto
As aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), utilizadas no transporte de autoridades, só têm querosene de aviação garantido para decolar até o dia 3 de agosto. Depois dessa data, os voos poderão parar.
Procurada, a FAB informou que as atividades da força foram impactadas pelo contingenciamento de cerca de R$ 812,2 milhões sofrido pelo Comando da Aeronáutica (Comaer) em maio deste ano.
“Houve impactos severos em praticamente todas as atividades, desde as operacionais até as logísticas e administrativas”, afirmou o Comando (leia mais abaixo).
Segundo apurou a coluna, além do querosene de aviação, há dificuldades na manutenção das aeronaves, devido aos cortes orçamentários deste ano.
Em meio aos problemas financeiros, o governo determinou a instalação de duas “salas VIP” da FAB na COP 30, evento que será realizado em Belém (PA), em novembro.
O orçamento disponível para o Comando da Aeronáutica em 2025 é de R$ 29,4 bilhões, dos quais R$ 13,2 bilhões já foram utilizados até o momento. A maior parte do valor (R$ 23,7 bilhões) é destinada ao pagamento de despesas com pessoal, como soldos de militares e pensões.
Apenas R$ 2,2 bilhões estão reservados para materiais de consumo, como o combustível das aeronaves. Outros R$ 1,6 bilhão são destinados a investimentos.
Os voos da FAB não servem apenas para o transporte de autoridades, como ministros de Estado e chefes dos poderes. Também são usados em missões essenciais, como o transporte de órgãos humanos para transplantes.
POLÍTICA
Mais de 180 entidades empresariais lançam manifesto e dizem que Brasil “vai virar Venezuela”
Um grupo de 183 entidades empresariais divulgou um manifesto nesta segunda-feira (22) em que critica duramente o governo federal e alerta para o risco de “venezuelização” do Brasil. O texto externa insatisfação com o aumento do IOF, o avanço da carga tributária e a expansão da máquina pública, apontando que o país segue em “contramão de avanços civilizatórios”.
“O Brasil caminha a passos largos rumo à venezuelização da população”, diz o manifesto. Segundo as entidades, a sociedade civil está acuada e enfrenta obstáculos impostos tanto pelo Executivo quanto por representantes políticos que atuariam em defesa de interesses próprios.
A carta alega que o inchaço do Estado tem sido financiado por sucessivos aumentos de impostos. “Para fazer frente à despesa que não para de subir, nossos mandatários recorrem à eterna solução fácil de elevar a carga tributária que já é, para surpresa de zero pessoas, a maior do mundo”, critica o texto.
Sem citar nomes de autoridades, o documento questiona a falta de reformas estruturais e a ausência de medidas efetivas para cortar desperdícios, combater a ineficiência e reduzir a corrupção.
“Estamos calados demais e sofrendo demais. […] Dizer ‘basta’ não adianta. Precisamos reagir, e logo, se ainda quisermos ter um País para chamar de nosso”, emenda a ação.
POLÍTICA
Havan foi proibida de publicar em redes sociais, os vídeos das pessoas roubando em suas lojas
A rede de lojas Havan foi proibida de divulgar os vídeos da série “Amostradinhos do Mês”, que expunham pessoas flagradas tentando furtar produtos em suas unidades.
A decisão foi motivada por uma notificação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que apontou possível violação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Desde agosto de 2024, as imagens vinham sendo divulgadas tanto nas redes da Havan quanto nas do empresário Luciano Hang, proprietário da rede varejista.
Captadas por câmeras de segurança, as cenas mostravam close-ups dos rostos dos suspeitos sem qualquer forma de anonimização. A prática, segundo a empresa, tinha como objetivo constranger e expor os supostos infratores, inibindo novos furtos. A série viralizou e alcançava milhões de visualizações, funcionando como um tipo de “mural da vergonha virtual”. Contudo, para a ANPD, a exposição direta das imagens fere princípios fundamentais da privacidade e o devido processo legal, independentemente da conduta dos indivíduos envolvidos.
Um dos episódios mais notórios foi o do então secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos de Presidente Figueiredo (AM), Cláudio José Ernesto Machado, conhecido como “Engenheiro Machadão”, que apareceu em uma das gravações feitas em Manaus. A Havan o acusou de tentar burlar o preço de um produto de R$ 749,90, colocando-o na embalagem de outro item mais barato, de R$ 129,90.
O servidor foi exonerado após a repercussão, mas negou ter agido de má-fé, alegando erro e apresentando nota oficial. A Havan removeu as publicações após a notificação oficial, mas entrou com um pedido de revisão da medida, segundo informou o Correio do Sudoeste. “A fiscalização está analisando as informações apresentadas e verificando a conformidade das condutas adotadas pela empresa”, declarou a ANPD em nota.
Até o momento, o órgão não deu novo posicionamento público sobre o caso. A decisão gerou forte reação nas redes sociais e entre defensores de políticas mais rígidas de segurança. Críticos afirmam que a proibição representa um retrocesso na luta contra a criminalidade, alegando que a medida prioriza a proteção dos suspeitos em detrimento dos comerciantes e da sociedade.
“Restringir ações que visam coibir crimes, sob a justificativa de direitos individuais, é um desserviço. A Havan oferecia transparência. Censurar esse tipo de iniciativa desestimula o combate privado à criminalidade”, afirmou um comentarista jurídico nas redes. Por outro lado, especialistas em direito digital reforçam que o respeito à legislação de proteção de dados deve ser universal e que ninguém pode ser exposto publicamente sem autorização judicial, mesmo diante de um flagrante.
O embate entre segurança pública e direito à privacidade se intensifica, e o caso da Havan poderá abrir precedente para outras decisões envolvendo o uso de imagens privadas com finalidade de exposição. Até lá, os “Amostradinhos do Mês” seguem fora do ar, à espera de uma definição da ANPD.
POLÍTICA
TCU aponta falta de transparência em 99% dos gastos de Lula com cartão corporativo
O TCU (Tribunal de Contas da União) afirmou que, de um total de R$ 55,5 milhões gastos pela Presidência da República com o cartão de crédito corporativo de janeiro de 2023 a abril de 2025, R$ 55,2 milhões foram classificados como sigilosos. A cifra representa 99% do total e marca o maior percentual já registrado desde o início do monitoramento sobre o uso dos cartões corporativos pela Presidência.
Os dados, referentes ao 3º mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), constam de um relatório de monitoramento aprovado na 4ª feira (16.jul.2025) pelo plenário da corte, que mostra sucessivas falhas na transparência dos gastos com o CPGF (Cartão de Pagamento do Governo Federal).
O Tribunal também identificou que mesmo os gastos não sigilosos carecem de detalhamento. Em muitos casos, não é possível saber o que foi comprado, nem acessar os comprovantes fiscais. Segundo o TCU, a forma de divulgação atual impede o controle social e a fiscalização adequada dos recursos públicos.
Eis as principais falhas elencadas:
Sigilo em mais de 99% das despesas da Presidência com o cartão corporativo;
Ausência de detalhamento por item adquirido;
Falta de vínculo entre despesas e notas fiscais;
Publicações fora dos padrões de dados abertos;
Dificuldade de cruzar informações entre o Portal da Transparência e sites oficiais.
A Vice-Presidência da República também registrou sigilo elevado: dos R$ 393,9 mil gastos com cartão corporativo no atual mandato, R$ 362,2 mil (92%) foram classificados como reservados.
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