POLÍTICA
Após denúncia ao conselho tutelar, “menino do pão” é obrigado a interromper as vendas de pães caseiros que fazia para ajudar a mãe em São Paulo

Em Itapeva (SP), Kauan, conhecido como o “menino do pão”, precisou interromper a venda de pães caseiros que fazia para ajudar a mãe, após uma denúncia que levou o Conselho Tutelar a convocar a família para esclarecimentos.
O adolescente estudava regularmente e realizava a atividade de forma voluntária, contribuindo com o sustento familiar. O caso gerou debate sobre trabalho infantil e a realidade de muitas famílias, com moradores e internautas discutindo se atividades desse tipo, quando não prejudicam os estudos, deveriam ser tratadas como infração.
O caso viralizou em diversas plataformas das redes sociais e uma grande quantidade de pessoas se manifestou com repúdio à ação de impedimento da venda de pães. “Isso é um absurdo, o que ele está fazendo de errado”? “Um menino honesto sendo proibido de vender pães, era só o que faltava”. Comentários nesse contexto tomaram conta das redes com indignação. Por outro lado, também muitos incentivadores saíram em favor de Kauan e sua família.
POLÍTICA
Prefeitura de Florianópolis envia mais de 350 pessoas em situação de rua de volta às cidades de origem
Florianópolis intensificou, em 2025, as estratégias de enfrentamento e acolhimento da população em situação de rua. Até agora, mais de 350 passagens já foram emitidas para que pessoas retornassem às suas cidades de origem. O trabalho é conduzido em uma força-tarefa que envolve o Centro Pop e a Passarela da Cidadania, em articulação com a rede de assistência social do município.
Os números refletem um cenário conhecido: mais de 70% das pessoas em situação de rua em Florianópolis não nasceram na cidade. O retorno é viabilizado apenas após contato das equipes com familiares ou rede de apoio, garantindo um acolhimento mais seguro.
Segundo o prefeito Topázio Neto, o desafio é permanente e exige diferentes frentes de atuação. “Pode parecer que estamos enxugando gelo, mas na verdade estamos evitando um iceberg. São várias frentes de trabalho diário e integrado. Enviamos de volta para a cidade de origem, encaminhamos à Justiça quem tem mandado de prisão, cadastramos no Acolher e levamos para a Passarela da Cidadania. Nas próximas semanas intensificaremos também as internações involuntárias”, destaca.
Parte desse trabalho é sustentada pelo aplicativo Acolher, que reúne dados das abordagens sociais. A plataforma permite identificar a cidade de origem, o tempo de permanência em Florianópolis e outras informações relevantes para orientar as ações.
A vice-prefeita Maryanne Mattos reforça que a integração entre assistência e segurança tem trazido resultados. “No trabalho normal da Secretaria de Segurança Pública, em diversas ações, também identificamos pessoas com mandado de prisão em aberto, algumas delas vivendo em situação de rua. Somente em 2025, já encaminhamos para delegacia mais de 70 criminosos”, afirma.
Além das passagens, a Prefeitura mantém operações diárias da Guarda Municipal, abordagens sociais permanentes e programas de capacitação na Passarela da Cidadania, que centraliza o atendimento e encaminhamento da população em vulnerabilidade.
Uma nova frente será ampliada nas próximas semanas: a internação involuntária de dependentes químicos, com vagas contratadas em clínicas particulares. Nessas unidades, os acolhidos permanecerão por pelo menos 90 dias, com acompanhamento especializado.
“Nosso compromisso é olhar para esse tema com seriedade e responsabilidade. Não se trata de uma ação isolada, mas de um conjunto de medidas que buscam dar dignidade, segurança e novas oportunidades às pessoas em situação de rua, além de melhorar a convivência urbana”, concluiu o prefeito de Topázio.
Números do acolhimento em 2025
350 passagens emitidas pela Prefeitura para retorno às cidades de origem.
70% da população em situação de rua em Florianópolis é de fora da cidade.
70 pessoas com mandado de prisão em aberto foram identificadas e encaminhadas à delegacia somente em 2025.
2 equipamentos de referência no atendimento: Centro Pop e Passarela da Cidadania.
90 dias de permanência previstos para internações involuntárias em clínicas particulares.
POLÍTICA
Haddad diz que Correios estão falidos porque enviam cartas
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta semana que os Correios enfrentam dificuldades financeiras devido à queda no envio de cartas, um dos serviços que historicamente sustentava a estatal.
Segundo ele, a transformação tecnológica reduziu drasticamente o volume de correspondências físicas, e a empresa não conseguiu se adaptar com a mesma velocidade às mudanças do mercado, em especial à digitalização e ao crescimento das plataformas privadas de entrega.
Haddad destacou que os Correios precisam modernizar seu modelo de negócios, ampliando a participação no setor de encomendas e logística — impulsionado pelo comércio eletrônico — para garantir sustentabilidade no longo prazo.
A estatal já apresentou lucros em alguns anos recentes, mas oscila entre períodos de déficit e superávit, o que reacende o debate sobre sua gestão e o papel estratégico que desempenha no país.
POLÍTICA
“Encontro com Trump ‘abriu caminho’ para paz na Ucrânia”, diz Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “abriu caminho” para a resolução do conflito com a Ucrânia. O líder russo comentou a guerra nesta segunda-feira (1º) durante a Organização de Cooperação de Xangai, realizada em Tianjin.
“Nesse sentido, valorizamos muito os esforços e propostas da China e da Índia voltados a facilitar a resolução da crise ucraniana”, disse Putin. “Também destacaria que os entendimentos alcançados na recente reunião Rússia–EUA, no Alasca, espero que também contribuam para esse objetivo.”
O encontro dos dois líderes completa duas semanas nesta segunda (1º) sem nenhuma medida ter sido anunciada. Não há previsão de cessar-fogo e os ataques continuam dos dois lados.
Na semana passada, um “ataque macoço” da Rússia na Ucrânia deixou 23 mortos em Kiev. Segundo o Exército da Ucrânia, a Rússia lançou 598 drones e 31 mísseis no território ucraniano, dos quais 563 e 26, respectivamente, foram abatidos.
Pelo menos 53 pessoas ficaram feridas, incluindo 11 crianças, segundo o prefeito da capital ucraniana.
Nas últimas semanas, os russos têm aumentado cada vez mais a quantidade de mísseis e drones lançados contra a Ucrânia.
Por sua vez, a Ucrânia anunciou ter atacado um navio de guerra russo que carregava mísseis balísticos e duas refinarias de petróleo russas, uma na região de Krasnodar e outra em Samara. Segundo a agência de notícias Reuters, o ataque comprometeu 17% da produção de uma dessas refinarias, o que equivale a 1,2 milhão de barris diários de petróleo.
“Muitos pontos foram acordados. Restam apenas alguns poucos – alguns não são tão significativos. Um é provavelmente o mais significativo. Ainda não chegamos lá, mas fizemos algum progresso. Há boas chances de chegar lá. Putin quer parar de ver pessoas serem mortas”, disse Trump, sem entrar em detalhes.
O encontro, que durou três horas, começou às 16h30 no horário de Brasília, após os dois protagonizarem um cumprimento efusivo após chegarem ao Alasca.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, não participou. Dias depois, Trump se reuniu com ele e com outros líderes europeus na Casa Branca. Após o encontro, Trump afirmou que estava preparando um encontro trilateral com Putin e o líder ucraniano, mas até agora essa reunião não tem data para acontecer.
Em pronunciamento rápido, ambos trocaram elogios. Putin foi o primeiro a falar, agradeceu o convite de Trump e chamou a conversa de “construtiva”, mas apontou a necessidade de as preocupações da Rússia serem levadas em conta.
“A Ucrânia foi um dos principais tópicos. Vemos o desejo de Trump de entender a essência do conflito e estamos sinceramente interessados em acabar com ele, mas todas as causas fundamentais devem ser eliminadas, e todas as preocupações da Rússia devem ser levadas em conta. Concordo com Trump que a segurança da Ucrânia deve ser garantida. Espero que a compreensão mútua traga paz à Ucrânia”, declarou.
O russo também afirmou que os dois países conversaram sobre parcerias comerciais: “A parceria de investimento entre Rússia e Estados Unidos tem enorme potencial. Esperamos que a Ucrânia e a Europa não tentem sabotar as negociações. Esperamos que os acordos de hoje sirvam de ponto de partida para a restauração das relações entre nossos países”.
Depois de Putin foi a vez de Trump se pronunciar. Ele afirmou que ainda não há um acordo de cessar-fogo para a guerra, mas que a reunião foi “muito produtiva” e que ele e o presidente russo concordaram “na maioria dos pontos”.
Essa foi a primeira cúpula entre os dois países desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, e o primeiro encontro a sós entre os dois líderes desde 2018.
A guerra da Ucrânia começou em 2022.
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