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POLÍTICA

Fux vota para anular processo contra Bolsonaro por incompetência no STF

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O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou pela incompetência absoluta do Supremo para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por tentativa de golpe. Em seu voto, ele ainda pediu a anulação de todo o processo penal contra os acusados.

Meu voto é no sentido de reafirmar a jurisprudência desta corte. Concluo, assim, pela incompetência absoluta do STF para o julgamento deste processo, na medida em que os denunciados já haviam perdido os seus cargos”, afirmou.

Fux criticou ainda o fato de a previsão de foro privilegiado ter passado por inúmeras mudanças, causando uma “banalização” dessa competência constitucional.

O ministro ressaltou de modo crítico que uma das mudanças foi feita após os atos criminosos da trama golpista.

Ele se refere à alteração no regimento que permitiu o STF julgar, com foro privilegiado, pessoas que já deixaram o cargo público, mas cometeram os crimes durante o mandato.

Essa alteração permitiu que Jair Bolsonaro fosse julgado pelo STF, ao invés de ter o caso analisado por tribunal comum.

O julgamento da trama golpista na Primeira Turma do Supremo ocorre porque o processo (Ação Penal 2668) está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que é integrante do colegiado. Logo, o processo é direcionado automaticamente à turma do relator.

O magistrado já havia sinalizado divergência com Alexandre de Moraes, relator do caso, na sessão de terça-feira (9). Na ocasião, antes de Moraes iniciar a análise das preliminares suscitadas pelas defesas, Fux pediu a palavra para dizer que “voltaria a elas” quando fosse o seu momento de se manifestar.

O julgamento está previsto para acontecer até sexta-feira (12). Além de Fux, nesta quarta-feira (10), os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente do colegiado, também votam para condenar, ou absolver, os réus.

POLÍTICA

CPMI do INSS quebra sigilo do sindicato do irmão de Lula nesta quinta

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CPMI do INSS vota nesta quinta-feira (11/9) uma lista de 406 requerimentos. Quatro deles têm alto potencial de desgaste para o governo Lula (PT): são os pedidos relativos ao Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, o Sindnapi.

A entidade tem como vice-presidente o sindicalista José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão mais velho do presidente da República.

Há dois requerimentos para a quebra de sigilo, apresentados pela deputada Adriana Ventura (Novo-SP) e pelo senador Izalci Lucas (PL-DF).

Outros dois requerimentos, de autoria do senador Marcos Rogério (PL-RO) e de Izalci Lucas, pedem ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que encaminhe à CPMI do INSS os relatórios de inteligência financeira (RIFs) que eventualmente tenham sido feitos sobre o Sindnapi.

Dirigentes do Sindicato recebiam comissões em descontos de aposentados
Como mostrou a coluna, dirigentes do Sindnapi usavam uma empresa de familiares, chamada Gestora Eficiente LTDA, para receber comissões toda vez que um aposentado tinha desconto em seu benefício do INSS em nome da entidade.

Entre 2020 e 2023, a firma, controlada pelo marido da coordenadora jurídica do Sindicato, Tonia Galleti, e à esposa de Milton “Cavalo” Souza, presidente do sindicato, faturou ao menos R$ 4,1 milhões em repasses feitos pelo próprio Sindnapi, pelo banco BMG e pela seguradora Generali.

Nesse mesmo período, a arrecadação da entidade com descontos saltou de R$ 23 milhões para R$ 154,7 milhões — um aumento de 563,9% —, puxada por um acordo com o BMG que gerou milhares de filiações suspeitas.

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POLÍTICA

Fux cita caso ‘Débora do batom’ para defender análise individual de cada réu

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O ministro Luiz Fux utilizou o caso da cabeleireira Débora Rodrigues, conhecida como “Débora do Batom”, para reforçar a necessidade de que o Supremo Tribunal Federal (STF) avalie de forma individualizada a conduta de cada réu nos julgamentos relacionados aos atos de 8 de janeiro.

Em voto divergente, Fux contestou a aplicação da teoria do “crime multitudinário”, defendida pelo relator Alexandre de Moraes, que permite a responsabilização coletiva em situações de participação em atos de massa. Para o ministro, essa abordagem não se sustenta quando existem provas específicas sobre o que cada acusado fez.

No caso de Débora, as evidências mostram que sua conduta se restringiu a escrever a frase “Perdeu, mané” em uma estátua no Supremo, utilizando batom. A partir disso, Fux sustentou que a acusada deveria responder apenas por dano a patrimônio tombado, com pena de cerca de 1 ano e 6 meses de prisão, e não pelos múltiplos crimes apontados por Moraes, que sugeriu 14 anos de reclusão.

O ministro também criticou a competência do STF para julgar a cabeleireira, uma vez que ela não possui foro privilegiado, e ressaltou que, mesmo que o julgamento fosse legítimo, deveria ocorrer no Plenário, e não na Primeira Turma.

A defesa de Débora afirmou que o voto de Fux representa um precedente importante, pois reforça a tese de que não é possível punir coletivamente sem a demonstração de participação individual e consciente em um crime.

Enquanto a maioria dos ministros acompanhou Moraes, consolidando uma pena severa, a manifestação de Fux evidencia uma divisão no Supremo sobre como aplicar os princípios do direito penal nos processos que envolvem os atos golpistas de janeiro.

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POLÍTICA

“Quando é bandeira do grupo terrorista Hamas pode. Agora dos EUA não pode”, diz Abilio Brunini, prefeito de Cuiabá

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O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), voltou a gerar controvérsia nesta semana ao criticar as reações contra o uso da bandeira dos Estados Unidos em manifestações realizadas por grupos de direita no Brasil. Durante entrevista, ele questionou o que considera um “duplo padrão” na avaliação de símbolos exibidos em atos políticos.

“Na manifestação que a esquerda fez tinha bandeira do Hamas, tinha da Palestina, tinha bandeira de outros países também. Quando é de terrorista pode? Agora porque ergueu a bandeira dos Estados Unidos estão chateados? Cada um ergue a bandeira que quiser”, afirmou o prefeito.

Brunini argumentou que o gesto de levantar a bandeira norte-americana estaria relacionado à expectativa de apoio internacional para a “reconstrução da democracia” no Brasil. Ele também criticou a aplicação da chamada Lei Magnitsky ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, questionando os critérios usados.

“Qual é o critério? Tenho o direito de erguer a bandeira que eu quiser”, declarou.

As falas de Abilio repercutiram nas redes sociais e em veículos locais, como RepórterMT e RDNews, reacendendo debates sobre liberdade de expressão, alinhamentos ideológicos e o uso de símbolos estrangeiros em manifestações políticas.

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