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POLÍTICA

Escândalo: Auxiliar de Moraes admite que pedidos ilegais ficariam “muito descarados”

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Um áudio datado de 11 novembro de 2022, revelado pelo ex-chefe da Assessoria de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro, expõe o juiz-auxiliar de Alexandre de Moraes no STF, Airton Vieira, reconhecendo que a formalização de pedidos de relatórios ao TSE seria “muito descarado” e deixaria em evidência práticas consideradas ilegais entre os gabinetes.

Na conversa, Vieira reconhece que não poderia formalmente requisitar relatórios do TSE sem expor ilegalidades, já que o procedimento correto exigiria um ofício direcionado ao presidente da Corte Eleitoral. No entanto, admite que seguir o rito oficial “ficaria muito descarado” e poderia levantar questionamentos.

“Não tenho como, formalmente, se alguém for questionar. (…) Vai ficar uma coisa muito descarada. Como o juiz instrutor lá do Supremo manda para alguém lotado no TSE, e esse alguém, sem mais nem menos, obedece, manda um relatório”, teria declarado Vieira e segue:

“Esse caminho, se a gente for seguir pelo rito formal, vai chamar muita atenção. Por isso que eu falo: não dá pra colocar meu nome em nada. Fica exposto demais.”

“Entre nós aqui é muito mais fácil, justamente porque temos o mínimo múltiplo comum na pessoa do ministro Alexandre. Mas se tiver que formalizar, não tem como justificar.”

O magistrado sugere que ordens informais entre assessores eram “mais fáceis” porque tinham como elo comum o próprio ministro Alexandre de Moraes, que acumulava funções no STF e no TSE. Ainda assim, alerta que a comunicação direta poderia soar irregular caso viesse a público.

O episódio reforça as denúncias já conhecidas no âmbito da chamada “Vaza Toga 3”, segundo as quais relatórios e documentos sobre críticos da Corte e opositores políticos teriam sido produzidos fora do devido processo legal. A gravação aponta não apenas para a prática de manobras administrativas, mas também para a consciência interna de que tais atos poderiam ser interpretados como ilegais.

A revelação deve ampliar o debate sobre a atuação conjunta entre STF e TSE durante as eleições de 2022 e o alcance das medidas de combate à desinformação, colocando em xeque os limites legais e institucionais da atuação de seus gabinetes.

POLÍTICA

Governo Lula gasta mais de R$ 100 mil para mulher de Haddad viajar para a China

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A utilização de recursos públicos para custear viagens de funcionários e seus familiares no governo federal brasileiro voltou a ser tema de atenção, especialmente quando envolve elevados gastos em classe executiva. Recentemente, a mídia noticiou sobre as viagens de Ana Estela, esposa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, realizadas sob esta condição. O Portal da Transparência do governo federal revelou que as passagens e diárias somaram cifras significativas, especialmente em viagens para a China.

A viagem em questão, ocorrida entre o final de fevereiro e início de março, custou aproximadamente R$100 mil, considerando passagens de ida e volta, além das diárias. O itinerário incluiu uma passagem de São Paulo para Hong Kong, com retorno ao Brasil. Toda essa despesa envolveu viagens na luxuosa classe executiva da Emirates, conhecida por seu conforto e serviços de alto padrão.

Por que as viagens de Ana Estela estão sob escrutínio?
As viagens de Ana Estela levantaram questionamentos não somente pelos altos valores, mas também pelo uso de passagens em classe executiva, que oferecem uma experiência de voo bastante luxuosa. Este tipo de voo inclui poltronas reclináveis e amplo espaço, além de um atendimento diferenciado, com acesso a cardápios refinados e entretenimento de alta qualidade. Tudo isso adiciona uma camada de luxo que muitas vezes não é vista com bons olhos quando financiada pelos cofres públicos.

Embora seja comum que cargos de confiança no governo demandem viagens internacionais, o custo-benefício dessas despesas tem sido questionado por aqueles que defendem uma maior austeridade fiscal. A crítica não apenas se centra nos custos em si, mas no princípio da transparência e na percepção pública de como o dinheiro dos impostos é utilizado.

A justificativa para os gastos com viagens
A justificativa para essas despesas de viagem relaciona-se com as responsabilidades atribuídas ao cargo ocupado por Ana Estela. Como Secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, ela desempenha um papel vital na coordenação da transformação digital do Sistema Único de Saúde (SUS). As viagens internacionais são frequentemente justificadas pela necessidade de participar de eventos e reuniões estratégicas que podem influenciar o desenvolvimento de políticas públicas e projetos internacionais colaborativos.

As implicações para o governo Lula vão além das questões éticas e de percepção pública. O impacto sobre a confiança da população em relação à gestão de recursos públicos pode ser significativo. Em tempos de austeridade fiscal, os gastos elevados com transporte de autoridades e seus familiares são frequentemente vistas negativamente pelos contribuintes, que esperam que os recursos públicos sejam usados da maneira mais eficiente possível.

A crítica está relacionada, em grande parte, à necessidade de uma gestão mais próxima dos interesses da população, priorizando despesas que realmente impactem positivamente a vida dos cidadãos. Com isso, o governo precisa equilibrar a necessidade de deslocamento de seus funcionários em funções públicas com a expectativa de responsabilidade fiscal e transparência nas contas.

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POLÍTICA

“Morador de favela é a favor das operações, enquanto ativistas de esquerda criticam de longe”, diz Rodrigo Pimentel sobre moradores da Penha

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O ex-capitão do BOPE e roteirista do filme Tropa de Elite, Rodrigo Pimentel, voltou a comentar as recentes operações policiais no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. Em entrevistas recentes, Pimentel afirmou que, embora os moradores das favelas desaprovem as ações violentas da polícia, eles “odeiam ainda mais a presença do tráfico e das milícias”, destacando que a população local vive sob as leis impostas por facções criminosas e busca apenas “dignidade e cidadania”.

O ex-oficial defendeu que as operações são necessárias diante do poder bélico das organizações criminosas, classificando-as como “operações de guerra”, já que envolvem enfrentamentos contra centenas de homens armados com fuzis.

As declarações contrastam com as críticas de setores de esquerda e de organizações de direitos humanos, que veem nas operações uma violação dos direitos dos moradores e denunciam o alto número de mortes resultante dessas ações. Pimentel, porém, argumenta que essas críticas partem, em muitos casos, de pessoas “distantes da realidade das comunidades”.

O debate reacende a polêmica em torno do equilíbrio entre segurança pública e direitos humanos nas favelas cariocas, especialmente após uma série de operações de grande porte que deixaram dezenas de mortos na região da Penha.

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POLÍTICA

Tagliaferro pede a Fachin suspeição de Moraes para julgá-lo

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Advogados do ex-assessor do TSE Eduardo Tagliaferro apresentaram ao presidente do STF, Edson Fachin, um pedido de suspeição contra o ministro Alexandre de Moraes. A defesa alega inimizade, interesse pessoal e cerceamento de defesa após o indeferimento de um pedido para sustentação oral presencial em julgamento realizado no plenário virtual.

A petição, protocolada neste domingo (9/11), pede a suspensão imediata de todos os atos praticados por Moraes no processo. A defesa sustenta que o ministro atua como “denunciado, vítima e juiz” e que o julgamento virtual iniciado em 7 de novembro violou o contraditório e a ampla defesa.

Os advogados Paulo César Rodrigues de Faria e Filipe Rocha de Oliveira argumentam que Moraes manteve o julgamento eletrônico mesmo após oposição formal da defesa e requerem que os autos sejam redistribuídos a outro ministro. O pedido menciona ainda denúncias feitas por Tagliaferro em 2024 sobre supostas irregularidades na condução de inquéritos sob relatoria de Moraes, que o ministro teria rebatido nos autos.

STF tem maioria para tornar réu Tagliaferro
A Primeira Turma do STF formou maioria para aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Tagliaferro.

As acusações contra ele são de agir contra a legitimidade do processo eleitoral e atuar para prejudicar as investigações dos atos como os de 8 de janeiro de 2023.

Na denúncia, a PGR acusa Tagliaferro de coação no curso do processo; violação de sigilo funcional; obstrução de investigação envolvendo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O julgamento, em plenário virtual, começou na sexta-feira (7/11), com o voto do relator, Alexandre de Moraes, para tornar Tagliaferro reú. Depois, os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino seguiram o voto de Moraes. O julgamento vai até 14 de novembro.

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