POLÍTICA
Oposição vai pedir impeachment de Gonet e proteção a Tagliaferro
Senadores da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciaram movimentos para pedir o impeachment do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e também solicitar habeas corpus para Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado. As ações, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, foram desencadeadas após denúncias feitas por Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e foram detalhadas nesta quarta-feira (3), durante reunião na Comissão de Segurança Pública do Senado.
Além das demandas de habeas corpus e impeachment, o grupo de senadores oposicionistas também se mobiliza para ingressar com petições na ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), referente à tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023. Em uma movimentação estratégica, a comissão presidida por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-mandatário, ainda planeja envolver outros órgãos internacionais e nacionais. Entre as ações decididas, destacam-se o envio de um relatório com as acusações a governos de países como Estados Unidos, Itália e Argentina, além da solicitação de proteção para a família de Tagliaferro, que, segundo ele, estaria sob risco devido ao teor das suas declarações.
A comissão também fará um apelo à Embaixada da Itália para garantir a segurança do ex-assessor, caso ele precise se deslocar para o país europeu. Ainda de acordo com a reportagem, também foram definidas ações que envolvem a advocacia do Senado, solicitando orientações sobre a disponibilização de documentos aos advogados dos réus, e a Polícia Legislativa, que será acionada para realizar um exame pericial das provas que foram apresentadas durante a audiência.
A denúncia que gerou toda essa movimentação surgiu durante a própria audiência, quando Tagliaferro acusou o ministro do STF Alexandre de Moraes de ter adulterado um relatório técnico para justificar uma operação da Polícia Federal contra empresários no mês de agosto de 2022. O ex-assessor revelou ainda conversas mantidas com Paulo Gonet enquanto ele chefiava a Assessoria de Enfrentamento à Desinformação do TSE nas eleições de 2022, nas quais, segundo ele, Moraes e Gonet alinhavam as acusações que seriam formalizadas pela Procuradoria-Geral da República.
POLÍTICA
“Peço perdão por ter colocado esse monstro no mundo”, diz mãe de assassino que matou a jovem Laís no Rio de Janeiro
A mãe de Davi de Souza Malto, apontado como o criminoso responsável pela execução de Laís Oliveira, de 24 anos, em Sepetiba, fez um desabafo contundente ao reconhecer o próprio filho como autor do assassinato que chocou a população. Em entrevista, Kelly Silva de Souza não escondeu o desespero: “Eu peço perdão à família por ter colocado esse monstro no mundo.”
Chorando muito, Kelly afirmou entender que a dor da família de Laís é incomparavelmente maior, já que as crianças da jovem crescerão sem a mãe. Ela contou que Davi chegou em casa dizendo que teria matado “um pedófilo”, mas a família rejeitou imediatamente qualquer justificativa. Logo depois, quando as imagens começaram a rodar na TV, o criminoso bloqueou parentes e parou de responder mensagens.
Ao ver as filmagens, Kelly reconheceu o filho e decidiu denunciá-lo:
“Eu reconheci meu filho nas fotos, eu reconheci meu filho nas imagens. Eu liguei para denunciar. Eu nunca imaginei que meu filho fosse capaz de tirar a vida de uma menina inocente.”
Ela também relatou que o filho chegou a comentar com vizinhos que tinha matado alguém. Mesmo assim, a notícia do crime a deixou em choque:
“Eu não criei um bandido. O meu filho era nascido e criado dentro da igreja, tocava guitarra no ministério de louvor. Onde a gente mora, todo mundo sabe que ele era amigo das pessoas. Eu não consigo aceitar.”
A polícia confirmou que Davi e outro envolvido teriam sido contratados por R$ 20 mil para monitorar Laís. Em vez de apenas seguir a vítima, os criminosos decidiram executar o assassinato, baleando a jovem na frente do próprio filho pequeno.
O caso segue sob investigação, e a Delegacia de Homicídios tenta identificar quem mandou matar Laís e qual foi a motivação. A execução brutal evidencia mais um episódio da violência recorrente que atinge o Rio de Janeiro, especialmente mulheres que acabam presas em tramas de ódio, vingança ou disputa criminosa.
POLÍTICA
Ratinho JR coloca presos para trabalharem na reconstrução de cidade após tornado
O Governo do Paraná anunciou, nesta segunda-feira (10), que 14 presos no estado participarão da força-tarefa de reconstrução de casas em Rio Bonito do Iguaçu. Os detentos, participantes do programa ‘Mãos Amigas’, trabalharão nas obras em prédios educacionais, como escolas, creches e a Apae do município.
Vamos chegar a 30 detentos do ‘Mãos Amigas’ para ajudar na limpeza dos entulhos. Queremos ser rápidos nisso para que em breve as crianças e adolescentes voltem para a escola”, afirmou o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).
O primeiro trabalho em Rio Bonito do Iguaçu é a remoção de entulhos e limpeza do Colégio Estadual Ludovica Safraider, o mais afetado pelo tornado, que passou pelo município na última sexta-feira (7). O ginásio do colégio foi completamente destruído durante o temporal.
Nesta terça-feira (11), outros 16 detentos da regional de Cascavel devem se juntar aos trabalhos, com presos de Guarapuava, em Rio Bonito do Iguaçu.
O programa ‘Mãos Amigas’ prevê aos presos que a cada três dias trabalhados, eles consigam um em redução da pena. Os trabalhos são realizados em serviços de manutenção, conservação e reparos em unidades escolares da rede estadual de ensino.
Dados da Secretaria da Segurança Pública do Paraná (SESP/PR) apontam que até o início de novembro, 427 unidades escolares foram reparadas pelo programa Mãos Amigas em 2025.
POLÍTICA
Prefeito de Manaus vira alvo de 7 investigações criminais, entre elas viagens ao Caribe e contratos suspeitos
Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam) autorizou a abertura de sete investigações criminais contra o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), mais de um ano após o pedido do Ministério Público. Entre os casos investigados estão viagens ao Caribe e contratos suspeitos envolvendo familiares do prefeito.
Por causa do foro privilegiado, a investigação dependia da aprovação de desembargadores. O processo passou por cinco relatorias em 13 meses, nenhuma das quais aceitou o caso por foro íntimo. A atual relatora é a desembargadora Vânia Marques Marinho. Juristas consultados consideram o prazo incomum.
O Ministério Público apura se empresários que mantêm contratos milionários com a Prefeitura custearam despesas do prefeito e da primeira-dama Izabelle Fontenelle em viagens ao Caribe nos carnavais de 2024 e 2025.
Em uma das viagens, Izabelle foi filmada em festa regada a champanhe em um clube de alto padrão na ilha de São Martinho, ao lado de empresários com contratos com a Prefeitura.
Além disso, os promotores investigam relações de familiares do prefeito com fornecedores da administração municipal.
Investigações autorizadas contra David Almeida:
Viagens ao Caribe: apura se despesas do prefeito e da primeira-dama foram custeadas por empresários com contratos milionários com a Prefeitura.
Contratos com familiares: pagamento de 20 mil reais mensais a Lidiane Oliveira Fontenelle, sogra do prefeito, por empresa contratada pela Prefeitura.
Suspeitas de peculato: uso indevido de recursos públicos.
Corrupção passiva: favorecimento de empresários em contratos com a Prefeitura.
Fraude em licitação: irregularidades em processos de contratação da administração municipal.
Contratos suspeitos envolvendo outros parentes: apuração de relações de familiares com fornecedores da Prefeitura.
Outros casos de contratos e benefícios irregulares: totalizando sete investigações autorizadas, sendo que uma foi arquivada a pedido do Ministério Público.
Em nota, a Prefeitura de Manaus afirmou que não foi notificada sobre a abertura das investigações. Segundo o comunicado, todas as viagens pessoais do prefeito são custeadas com recursos próprios e eventuais contratações envolvendo familiares ou empresas privadas seguem a legislação vigente.
A Prefeitura informou que documentos e comprovantes relacionados às investigações já foram encaminhados ao Tribunal de Contas do Estado do Amazonas e permanecem à disposição dos órgãos de controle e autoridades competentes.
A nota também reafirma confiança no Ministério Público e no Poder Judiciário, reiterando o compromisso com transparência e legalidade.
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