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POLÍTICA

Lula está sob pressão com reuniões de Galípolo e Padilha com alvos de investigação da operação Carbono Oculto

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Alvo da operação Carbono Oculto, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (28), a gestora REAG Investimentos mantém presença intensa em Brasília. Há apenas duas semanas, no dia 11 de agosto, o presidente do Conselho de Administração da empresa, João Carlos Falpo Mansur, esteve reunido com o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo.

Além de Galípolo, também consta na reunião o nome de seu chefe de gabinete, Julio Cesar Costa Pinto. O encontro, realizado no fim da tarde, está registrado na agenda oficial de Galípolo.

Para os investigadores, Mansur teria estruturado e administrado fundos de investimento usados pelo empresário Mohamad Hussein Mourad, dono da refinaria Copape, para lavar dinheiro. Mourad é o principal alvo da Carbono Oculto.

Como presidente do BC, encontros como este fazem parte das atribuições de Galípolo. A REAG se apresenta como a maior gestora de investimentos “independente” (não ligada a bancos) do país e é listada na B3, a bolsa de valores de São Paulo. Fundada em 2012, a firma afirma ter atualmente R$ 299 bilhões sob gestão.

Na ferramenta Agenda Transparente, desenvolvida pela ONG Fiquem Sabendo, os gestores da REAG aparecem em contatos com agentes do governo federal pelo menos desde maio de 2024.

Há registros de reuniões com o Ministério dos Transportes em várias ocasiões; com o Desenvolvimento Agrário (junho de 2025); e com a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (novembro de 2024).

Esta última contou com a presença do então titular da pasta, o ministro Alexandre Padilha, atual ministro da Saúde. O encontro foi com o presidente da Associação de Mineração da China, Zeng Zhirong. A REAG esteve representada por Manoel Damasceno e Lina Xu, ambos do departamento de China da empresa.

Além de integrantes do governo, a REAG também aparece em várias agendas de agências reguladoras, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep).

A princípio, reuniões como essas são legítimas, dado o porte da empresa e seus interesses em diversos setores da economia. A coluna procurou Galípolo para comentários, mas ainda não houve resposta. O espaço segue aberto.

Em nota à coluna, Padilha disse que a reunião sobre mineração era um encontro preparatório à vinda do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil, no fim do ano passado.

“A reunião com a Associação de Mineração da China, devidamente registrada no e-Agendas, integra uma série de encontros do governo federal com instituições chinesas no marco da vinda do presidente Xi Jiping ao Brasil em novembro de 2024”, disse ele, em nota.

Segundo os investigadores do Gaeco do MPSP, João Carlos Falpo Mansur teria estruturado e administrado fundos de investimento que foram usados por Mohamad Hussein Mourad, dono da refinaria Copape, para lavar dinheiro. Os fundos seriam o Mabruk II, o Anna e o Hans 95.

Numa decisão judicial à qual o Metrópoles teve acesso, Mansur figura como responsável pelo fundo Hans 95, que, por sua vez, seria o sócio majoritário do fundo Mabruk II.

“O Hans 95 é cotista majoritário do fundo Anna, que, por sua vez, é cotista do Mabruk II. João Carlos Mansur, da REAG, é o responsável pelo Hans 95 e está implicado na ocultação de valores sem origem usando o BK Bank (outra fintech investigada na Carbono Oculto)”.

A relação de Mansur com os fundos de investimento foi revelada pelo site jornalístico O Bastidor e confirmada pelo Metrópoles.

Após a operação desta quinta-feira, a REAG divulgou um “fato relevante” ao mercado, informando os acionistas sobre o cumprimento de mandados de busca e apreensão.

“Trata-se de procedimento investigativo em curso. As companhias esclarecem que estão colaborando integralmente com as autoridades competentes, fornecendo as informações e documentos solicitados, e permanecerão à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários”, diz um trecho.

POLÍTICA

“Julgamento da suposta trama golpista foi uma das maiores farsas que já vi na história do Brasil”, diz Senador General Mourão

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Em entrevista e postagens nas redes sociais, o senador e ex-vice-presidente da República, Hamilton Mourão, classificou o julgamento da suposta “trama golpista” que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de aliados como “uma farsa jurídica” e uma “vingança política”. Segundo Mourão, “uma parcela da justiça brasileira se tornou instrumento e arma da vingança política”, transformando, na sua visão, divergências ideológicas e disputas políticas em “condutas criminosas”. 

Para ele, o processo estaria “viciado”, com falhas graves em sua neutralidade, e a condenação – já mantida por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – representa um precedente perigoso para a liberdade de expressão e para o funcionamento da democracia. 

Além disso, o senador defendeu a aprovação de um projeto de lei de anistia para os envolvidos, afirmando que essa seria “a única saída” diante do veredito. “A anistia é fundamental”, declarou. 

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POLÍTICA

“General Estevam Theofilo foi o único absolvido com base na delação de Mauro Cid, todos os outros foram presos com base na mesma delação, você sabe o por quê?”, questiona Luca Antonieto

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A pergunta levantada por Luca Antonieto — sobre por que o general Estevam Theophilo foi o único absolvido enquanto outros foram condenados com base na delação de Mauro Cid — reflete um dos principais pontos de discussão do julgamento no STF.

O general foi absolvido de forma unânime pela Primeira Turma porque, segundo o relator Alexandre de Moraes, não havia provas suficientes além da delação para sustentarem a condenação. O Supremo concluiu que o material apresentado pela PGR e pela Polícia Federal era frágil e não demonstrava que Theophilo tivesse tomado qualquer ato concreto para apoiar uma ruptura institucional, apesar de ocupar o comando do COTER, unidade estratégica do Exército.

Nos demais casos, o Tribunal considerou a existência de evidências adicionais — como mensagens, documentos, registros de articulação logística ou participação direta nos planos — que, somadas ao depoimento de Mauro Cid, formaram um conjunto probatório mais consistente.

A absolvição isolada de Theophilo gerou debates sobre possível disparidade de critérios, enquanto sua defesa classificou o resultado como um reconhecimento da falta de provas e do respeito ao devido processo legal.

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Trump declara espaço aéreo da Venezuela “Fechado”

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (29) que o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela deve ser considerado fechado, em meio a um confronto crescente com o presidente esquerdista Nicolás Maduro.

“A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas, por favor, considerem O ESPAÇO AÉREO ACIMA E AO REDOR DA VENEZUELA COMO FECHADO EM SUA TOTALIDADE”, escreveu Trump em sua rede Truth Social.

Desde o início de setembro, o governo Trump aumentou a pressão sobre a Venezuela com o envio de uma frota militar ao Mar do Caribe como parte, segundo Washington, de sua luta contra o narcotráfico, incluindo o maior porta-aviões do mundo.

O governo Trump afirma que seu objetivo é interromper o tráfico de drogas procedente do país sul-americano, mas Caracas afirma que Washington busca uma mudança de regime.

Desde o início da mobilização da frota militar, as forças americanas mataram pelo menos 83 pessoas em mais de 20 ataques contra supostas ‘narcolanchas’, no Caribe e no leste do Pacífico.

Washington não apresentou nenhuma evidência de que as embarcações atingidas eram utilizadas para transportar drogas ou representavam uma ameaça aos Estados Unidos.

O jornal New York Times informou na sexta-feira (28) que Trump e Maduro tiveram uma conversa telefônica na semana passada, durante a qual abordaram uma possível reunião nos Estados Unidos.

A notícia sobre a ligação entre Trump e Maduro foi divulgada um dia após o presidente americano ter afirmado que os esforços para deter o tráfico de drogas venezuelano por terra eram iminentes, o que aumentou ainda mais as tensões com Caracas.

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