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POLÍTICA

Moraes concentra quase 100% dos mandados de prisão em aberto do STF

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Levantamento realizado pelo jornal, a partir de dados do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), aponta que, dos 236 mandados expedidos por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que seguem em aberto, 235 — o equivalente a 99,58% — foram assinados por Alexandre de Moraes. Apenas um, ou 0,42%, é de autoria do ministro Luiz Fux.

As informações, alimentadas pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), reúnem mandados expedidos por todos os tribunais do país.
Os nomes na lista são considerados foragidos e não incluem aqueles que já tiveram a prisão cumprida. No caso do STF, quase todos os mandados em aberto foram determinados por Moraes.

O mais recente foi o de Diego Dias Ventura, apontado como uma das lideranças do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Condenado a 14 anos, ele rompeu a tornozeleira eletrônica no início de julho, logo após a sentença proferida pela Corte.

Outro nome na lista é o de Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele está na Argentina e teve a prisão preventiva decretada por Moraes no âmbito dos atos do 8 de Janeiro. A Polícia Federal (PF) também inutilizou o passaporte dele.

O levantamento traz ainda um dado curioso: o mandado mais antigo expedido por Moraes e ainda não cumprido também está relacionado ao 8 de Janeiro. Marcos Alexandre Mataveli de Morais, ex-vice-prefeito de Pancas (ES), teve a prisão decretada em julho de 2023 e segue foragido desde então.

A relevância desses números se explica porque, antes dos atos antidemocráticos de 8/1, ações penais no STF eram raras. Isso se devia a fatores como a competência constitucional restrita e barreiras processuais. Normalmente, a Corte julgava apenas autoridades com prerrogativa de foro, como presidente, ministros e parlamentares — o que deixava a maioria dos crimes comuns sob competência da primeira instância.

Os casos do 8/1 são julgados no STF por envolverem ataques diretos à Corte e a outras instituições, além de conexões com investigações que já tramitavam no tribunal envolvendo autoridades com foro privilegiado.

O único mandado em aberto expedido por Luiz Fux é, coincidentemente, o mais antigo entre os demais ministros. Em dezembro de 2018, ele determinou a prisão preventiva de Paolo Colliva, cidadão italiano acusado de tráfico de drogas na região de Milão.

Embora o processo não esteja disponível para consulta, o despacho registra que Colliva mede 1,80 m e tem olhos castanhos e finos. A ordem de Fux prevê a prisão preventiva e a posterior extradição do foragido, que até então residia no Brasil. O Metrópoles não localizou informações adicionais sobre ele.

POLÍTICA

Lula é reprovado em SP, PR, MG, RJ, RS e GO é aprovado em PE e BA

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O governo Lula é desaprovado em seis dos oito Estados analisados pela pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 20. A avaliação positiva da gestão supera a negativa apenas na Bahia e em Pernambuco. Já em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, a desaprovação é majoritária. Juntos, esses oito Estados representam 66% do eleitorado brasileiro.

Em São Paulo, 65% desaprovam o governo e 34% aprovam. Em Minas, a desaprovação é de 59% e a aprovação de 40%. No Rio, 62% desaprovam e 37% aprovam. No Paraná, 64% desaprovam e 34% aprovam. No Rio Grande do Sul, 62% desaprovam e 37% aprovam. Já em Goiás, 66% rejeitam o governo e 33% aprovam.

Nos dois Estados nordestinos incluídos no levantamento, os números se invertem. Na Bahia, são 60% os que aprovam a gestão Lula e 39% os que desaprovam. Em Pernambuco, por sua vez, a aprovação é de 62% e a desaprovação é de 37%.

A pesquisa entrevistou 1.104 pessoas por Estado em GO, PR, RS e PE; 1.200 pessoas na Bahia; 1.404 no Rio de Janeiro; 1.482 em Minas; e 1.644 em São Paulo. A margem de erro é de dois pontos percentuais em São Paulo e de três pontos nos demais Estados, com nível de confiança de 95%.

Além das sondagens regionais, a Genial/Quaest realizou um levantamento nacional, com 2 mil entrevistados adicionais, totalizando 12 mil pessoas ouvidas.

Nesse recorte, o governo Lula registrou 46% de aprovação e 51% de desaprovação, mantendo a tendência de melhora observada em julho. O avanço foi puxado pelo Nordeste, onde a aprovação cresceu sete pontos, passando de 53% para 60% no período analisado.

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POLÍTICA

“Lula quer usar vídeo de Felca como atalho para censura”, diz Estadão

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Para o jornal O Estado de S. Paulo, o governo Lula (PT) quer explorar a comoção provocada pelo vídeo do influenciador Felca sobre o tema da adultização e a “justa indignação social contra crimes abjetos” como um “atalho” para impor a censura e restringir liberdades democráticas. Em editorial publicado nesta terça-feira (19) sob o título O Cacoete Autoritário do Lulopetismo, o periódico apontou um dispositivo preocupante no projeto de lei que será encaminhado pelo Palácio do Planalto ao Congresso sobre o tema.

De acordo com o veículo de imprensa, o texto prevê poderes inéditos que seriam concedidos a uma reformulada Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão vinculado ao Ministério da Justiça. Um deles seria a possibilidade de determinar, sem prévia autorização judicial, o bloqueio por até 60 dias de qualquer plataforma que seja considerada negligente no combate à pedofilia online, ou outros crimes, como golpes ou fraudes.

– Não há exagero em qualificar uma medida desse jaez como autoritária. Conferir a um ente subordinado ao Executivo a faculdade de retirar do ar plataformas usadas diariamente por milhões de brasileiros, para os mais variados fins, abre uma avenida para arbitrariedades de toda ordem – diz o editorial.

O jornal defende que, embora a pedofilia e a exploração infantil demandem uma “resposta firme” do Estado, essa reação deve “respeitar o devido processo legal”, sendo “inaceitável a exploração da justa indignação social contra crimes abjetos como um atalho para a censura”.

– Desde o julgamento da constitucionalidade do art. 19 do Marco Civil da Internet, concluído pelo Supremo Tribunal Federal em junho passado, a retirada de conteúdos do ar pode ser feita mediante notificação dos usuários, exceto no caso de crimes contra a honra, mas a suspensão das plataformas só pode ser determinada pelo Judiciário, em processos que assegurem o contraditório e a ampla defesa. Ao pretender substituir esse escrutínio judicial por um processo administrativo conduzido por uma agência ligada ao governo, a proposta do Palácio do Planalto embute o risco de o combate aos crimes digitais ser transformado em um poderoso instrumento político nas mãos do governo – adverte o Estadão.

Para o periódico, o Projeto de Lei nº 2.628/2022, já aprovado no Senado e em tramitação na Câmara, é uma ferramenta mais sólida e democrática para se lidar com a questão, embora ainda precise de ajustes. O PT, por outro lado, já teria deixado clara a sua “tentação autoritária no campo da comunicação” ao tentar impor o que a legenda chama de “controle social da mídia”.

O texto aponta que não cabe ao Executivo arbitrar o discurso público, e argumenta que o combate a violências online tem de ser conduzido pelas “instituições republicanas nos estritos limites do Estado Democrático de Direito, não por meio de uma estrutura burocrática de controle da informação circulante com poder quase ilimitado”.

– O que levará um burocrata a certificar que uma empresa de tecnologia foi “negligente” no combate à pedofilia online? O projeto do governo embaralha fronteiras que deveriam ser cristalinas do ponto de vista legal (…) Se levada adiante, a proposta de Lula dará ao governo a prerrogativa de calar vozes incômodas a pretexto de proteger cidadãos vulneráveis, a desculpa esfarrapada que regimes autoritários costumam dar para restringir as liberdades democráticas – alertou o editorial.

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POLÍTICA

Brasil Paralelo é alvo de censura e tira do ar documentário sobre Maria da Penha

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Uma decisão judicial da 9ª Vara Criminal de Fortaleza ordenou a suspensão do documentário “A Investigação Paralela: o caso de Maria da Penha”, produzido pela empresa Brasil Paralelo, por um período de 90 dias. A produção foi retirada do ar depois de acusações do Ministério Público do Ceará (MP-CE), que associou o conteúdo a uma suposta campanha coordenada de ataques virtuais contra Maria da Penha Maia Fernandes, ícone da luta contra a violência doméstica no Brasil.

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