POLÍTICA
Histórico: Liga Árabe pede desarmamento do Hamas e libertação dos reféns israelenses
Pela primeira vez, estados árabes e muçulmanos, incluindo Catar, Arábia Saudita e Egito, fizeram um apelo conjunto para que o Hamas se desarme e entregue o poder na Faixa de Gaza, como parte dos esforços para encerrar a guerra no território.
A Liga Árabe, composta por 22 membros, toda a União Europeia e outros 17 países apoiaram uma declaração assinada durante uma conferência das Nações Unidas co-presidida pela Arábia Saudita e pela França na terça-feira (29).
A reunião, realizada em Nova York, teve como objetivo discutir “a resolução pacífica da questão da Palestina e a implementação da solução de dois Estados”.
A declaração descreve quais passos os signatários acreditam que devem ser tomados a seguir.
“Governança, aplicação da lei e segurança em todo o território palestino devem estar exclusivamente sob responsabilidade da Autoridade Palestina, com o apoio internacional apropriado”, diz o documento conjunto.
O texto também condenou o ataque mortal do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e propôs o envio de “uma missão internacional temporária de estabilização”, mediante convite da Autoridade Palestina e “sob os auspícios das Nações Unidas”.
“Recebemos com satisfação a disposição expressa por alguns Estados-membros de contribuírem com tropas”, diz o documento.
A França, que copresidiu a conferência, classificou a declaração como “sem precedentes”.
Falando na ONU, o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noël Barrot, afirmou que “da parte da Arábia Saudita e dos países árabes e muçulmanos, que pela primeira vez condenam o terrorismo, os atos de terror de 7 de outubro, houve um apelo pelo desarmamento do Hamas e a manifestação do desejo de normalizar as relações com Israel no devido tempo”.
O Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos elogiou a declaração:
“Recebemos com satisfação este importante avanço e o reconhecimento, por parte da Liga Árabe, de que o Hamas deve encerrar seu governo em Gaza. O sequestro de homens, mulheres e crianças inocentes é uma violação flagrante do direito internacional e deve ser condenado de forma inequívoca.”
Tanto Catar quanto Egito, que atuam como mediadores nas negociações de cessar-fogo, mantiveram laços com o Hamas e com Israel ao longo da guerra.
Em março, um plano para Gaza elaborado pelo Egito excluía o Hamas do governo do enclave após o fim da guerra, segundo um rascunho do plano obtido pela CNN.
O plano foi discutido por líderes árabes reunidos no Cairo em uma cúpula de emergência, na qual o presidente do Egito propôs a criação de um comitê palestino para governar Gaza temporariamente, assumindo o controle do Hamas e, posteriormente, transferindo o poder para a Autoridade Palestina (AP).
A França afirmou que votará a favor do reconhecimento do Estado Palestino em setembro, o que causou descontentamento em Israel. O Reino Unido também declarou que reconhecerá um Estado palestino em setembro, a menos que Israel concorde com um cessar-fogo em Gaza. Tanto Israel quanto os Estados Unidos condenaram as declarações de França e Reino Unido.
O Hamas, no entanto, não deu sinais de que pretende abrir mão do poder no enclave.
Ainda assim, autoridades do grupo militante já deram declarações contraditórias no passado sobre o papel do movimento em uma Gaza pós-guerra.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se opõe veementemente à solução de dois Estados, argumentando que ela é incompatível com a segurança de seu país.
POLÍTICA
com medo de novas sanções, Barroso desabafa e diz que não existe perseguição política no Brasil: “Não é justo punir ministros”
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, participou, nesta quinta-feira (11), da conclusão do julgamento do que seria um plano golpe de Estado, que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus.
Barroso, que não compõe a Primeira Turma do Supremo (responsável por analisar o caso), discursou ao final da sessão, afirmando que o processo foi “público, transparente”, mas que “ninguém sai hoje daqui feliz”.
“E quero aqui repetir uma vez mais: tratou-se de um julgamento público, transparente, com devido processo legal, baseado em provas as mais diversas: vídeos, textos, mensagens, confissões”, disse o magistrado. “As compreensões contrárias fazem parte da vida, mas só o desconhecimento profundo dos fatos ou uma motivação descolada da realidade encontrará neste julgamento algum tipo de perseguição política.”
Barroso acrescentou que gostaria de manifestar “respeito” e “compreensão” pelas posições divergentes, e que pensamentos contrários existem apenas em ditaduras.
“Na vida democrática, antes da ideologia, antes das escolhas legítimas e das diferentes visões de mundo, tem de existir o compromisso com as regras do jogo, com as instituições e com respeito aos resultados eleitorais. Esta é a mensagem mais importante deste julgamento”, prosseguiu o ministro.
“O Tribunal cumpriu missão importante e histórica de julgar, com base em evidências às quais todos têm acesso, importantes autoridades civis e militares pela tentativa de golpe de estado. Ninguém sai hoje daqui feliz. Mas a gente deve cumprir com coragem e serenidade as missões que a vida nos dá. É por isso mesmo que eu estou aqui.”
POLÍTICA
Professor grita ‘sem anistia’ a Tarcísio e é demitido de estatal em SP
O economista e professor universitário Ivan Paixão foi desligado no último dia 8 de uma consultoria que prestava na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) do governo paulista. A demissão ocorreu dois dias depois de ele gritar “sem anistia” ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Procurada pelo Estadão, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas disse que não vai comentar o caso. O governo de São Paulo não retornou o contato.
No dia 5, Tarcísio caminhava com assessores rumo à sede da B3, no centro de São Paulo, para acompanhar o leilão de concessão rodoviária do lote Paranapanema. Ivan contou ao portal Metrópoles que estava em um café próximo ao prédio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano, acompanhado de uma colega, quando avistou a comitiva.
Ele disse ter repetido duas vezes o grito “sem anistia”, em protesto contra projeto apoiado por Tarcísio para perdoar condenados pelos atos do 8 de Janeiro e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o economista, Tarcísio chegou a responder com um gesto de cabeça.
Minutos depois, relatou, um homem que acredita ser ligado à equipe de segurança do governador o observou de uma mesa próxima enquanto mexia no celular. Ivan disse acreditar que foi nesse momento que teve sua identidade registrada, já que estava sem crachá ou uniforme que o identificasse como funcionário terceirizado.
POLÍTICA
Lula desvia 6 vezes da responder por que não ligou para Trump durante entrevista para à BBC News
Durante entrevista concedida à BBC News, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi questionado repetidamente sobre a razão de não ter telefonado para Donald Trump diante da imposição de tarifas contra produtos brasileiros pelos Estados Unidos. Em pelo menos seis ocasiões, Lula evitou responder de forma direta.
Ao ser pressionado pelos jornalistas, o presidente afirmou que “nunca tentou ligar” para Trump, justificando que o então líder americano “nunca quis conversar”. Segundo Lula, as tarifas foram anunciadas sem qualquer comunicação prévia a Brasília: “Nós soubemos pelos jornais, não houve aviso, não houve diálogo institucional”, disse.
Ainda assim, Lula procurou destacar que o Brasil está aberto ao entendimento. “Quando eles quiserem conversar, estamos prontos”, afirmou, insistindo que a ausência de contato se deveu à falta de iniciativa da Casa Branca.
O episódio expôs a falta de diálogo entre os dois países no período em que Trump ocupava a presidência. Para críticos, a postura de Lula pode sinalizar evasiva diplomática diante da insistência da imprensa, enquanto aliados sustentam que a responsabilidade cabia a Washington, que não demonstrou interesse em abrir canais de negociação.
A insistência da BBC em relação ao tema acabou reforçando uma narrativa recorrente no governo: o Brasil, segundo Lula, estaria disposto a negociar, mas não encontrava reciprocidade da administração americana.
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