POLÍTICA
Temendo represálias, universidades e outras entidades do exterior devem evitar Moraes em futuras palestras

Diversas universidades e entidades acadêmicas no exterior estariam adotando uma postura de cautela ao considerar convites ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para participar de palestras e conferências internacionais. A informação, ainda não confirmada oficialmente, tem sido discutida em círculos acadêmicos e diplomáticos, segundo relatos de bastidores.
Fontes ouvidas sob condição de anonimato apontam que o receio de possíveis represálias políticas ou de atritos diplomáticos estaria levando organizadores a evitarem a participação do magistrado em eventos fora do Brasil. Moraes tem sido figura central em decisões polêmicas do Supremo, especialmente nas áreas de combate à desinformação, regulação das redes sociais e enfrentamento a ataques institucionais.
Internacionalmente, essas ações têm gerado tanto apoio quanto críticas. Setores que defendem a proteção das instituições democráticas veem em Moraes uma figura firme diante das ameaças ao Estado de Direito. Já críticos apontam para riscos à liberdade de expressão e alertam para possíveis excessos na atuação judicial.
Embora não haja comunicados oficiais de entidades estrangeiras vetando a presença do ministro, o clima de tensão política no Brasil e a visibilidade internacional dos embates judiciais parecem estar influenciando o cenário. Eventos de grande porte costumam prezar por neutralidade institucional e segurança diplomática, fatores que podem ser comprometidos diante de convidados controversos.
POLÍTICA
Nikolas Ferreira crítica Alexandre de Moraes por gesto obsceno no jogo do Corinthians
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) criticou publicamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após este ter feito um gesto obsceno durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, realizado na noite de terça-feira (30), na Neo Química Arena, em São Paulo.
Durante o jogo válido pela Copa do Brasil, Moraes, torcedor assumido do Corinthians, foi flagrado pelas câmeras de transmissão fazendo o gesto de mostrar o dedo do meio ao público presente. O ato teria sido uma resposta às vaias e hostilidades vindas da torcida. Em seguida, ele foi visto sorrindo e dizendo: “Vai, Corinthians”.
A atitude gerou forte repercussão nas redes sociais e no meio político. Parlamentares da oposição, principalmente da base bolsonarista, reagiram com indignação. Entre eles, Nikolas Ferreira, um dos deputados mais votados do país, afirmou que o comportamento do ministro é incompatível com a liturgia do cargo.
“Isso é postura de ministro, sancionado?”, escreveu Nikolas em uma publicação nas redes sociais, fazendo referência à inclusão de Moraes na lista de sanções da chamada Lei Magnitsky pelos Estados Unidos. A legislação prevê punições a indivíduos acusados de violações de direitos humanos ou atos de corrupção internacional.
A crítica de Nikolas acompanha uma série de manifestações por parte de parlamentares que passaram a defender, inclusive, o impeachment do ministro. Outros nomes da oposição, como os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Gustavo Gayer (PL-GO) e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), também condenaram a atitude de Moraes.
Por outro lado, aliados do governo e figuras ligadas à esquerda minimizam a repercussão e veem no gesto uma reação pontual aos ataques e ofensas frequentes que o ministro tem recebido em eventos públicos. Alguns consideraram a atitude um recado simbólico aos setores que o acusam de perseguição política.
Até o momento, o Supremo Tribunal Federal não se pronunciou oficialmente sobre o episódio. Alexandre de Moraes também não comentou publicamente as críticas ou as sanções dos Estados Unidos.
O gesto de Moraes, somado ao contexto da sanção internacional e do acirramento político no país, reaquece o debate sobre o comportamento de autoridades públicas e os limites entre vida pessoal, institucionalidade e liberdade de expressão.
POLÍTICA
Maioria do STF se recusou a assinar carta em defesa de Moraes
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), buscou apoio institucional dos colegas após ser alvo de sanções do governo dos Estados Unidos, mas encontrou resistência dentro da própria Corte. Segundo apuração do Poder360, Moraes pressionou os demais ministros para assinar uma carta conjunta em sua defesa na quarta-feira (30), horas depois de saber que fora incluído na lista da Lei Global Magnitsky. A maioria recusou.
Mais da metade dos integrantes do STF considerou inapropriado contestar de forma coletiva e nominal uma decisão soberana dos EUA, sobretudo por se tratar de uma medida adotada com base em acusações de violação de direitos humanos e uso político do Judiciário.
A tentativa de Moraes de obter uma manifestação unânime resultou apenas em uma nota oficial, assinada pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, sem menções diretas aos Estados Unidos e com tom institucional.
Na busca por um gesto de força simbólica, optou-se por um jantar no Palácio da Alvorada, na noite de quinta-feira (31), com o presidente Lula como anfitrião. O objetivo do evento era reunir os 11 ministros do Supremo em uma demonstração de unidade, a exemplo do que ocorreu após os ataques de 8 de janeiro de 2023. Barroso ficou responsável por convidar os colegas. O resultado, no entanto, voltou a frustrar o esforço de Moraes.
Compareceram ao jantar apenas seis ministros: Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes e o próprio Barroso. Faltaram André Mendonça, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux e Nunes Marques. A ausência de cinco membros escancarou a divisão interna da Corte.
O Palácio do Planalto havia preparado uma foto institucional com Lula e os 11 ministros, simbolizando a defesa da “soberania nacional”, lema da campanha publicitária recém-lançada pelo governo, mas a imagem acabou não sendo registrada.
A presença de Edson Fachin ocorreu a contragosto. Próximo presidente do STF, ele avaliou que sua ausência poderia gerar ruído institucional, uma vez que seu vice será o próprio Alexandre de Moraes.
Nos bastidores, cresce entre ministros a percepção de que Moraes tem conduzido o Supremo a um caminho de desgaste internacional. A insatisfação aumentou após o magistrado sugerir, de maneira indireta, que os Estados Unidos seriam “inimigos estrangeiros” ao determinar tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A retórica foi mal recebida por parte da Corte, que considera o tom impróprio e contraproducente diante da crise diplomática ainda em curso.
POLÍTICA
Jornalista americano aciona STF para entrevistar Filipe Martins
O jornalista americano Michael Shellenberger protocolou nesta quarta-feira (31) um pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para entrevistar o réu Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, durante o governo Bolsonaro.
A solicitação foi endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A defesa de Shellenberger afirma que Martins manifestou interesse em conceder a entrevista, que seria feita de forma remota, com registro de áudio e vídeo. No pedido, o advogado do jornalista, André Marsiglia, argumenta que proibir a entrevista configuraria censura e violaria o direito à liberdade de imprensa.
A petição compara o caso ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve o direito de ser entrevistado quando esteve preso em 2018.
Martins foi preso no início de 2024, apontado como autor de uma minuta golpista que foi apresentada ao então presidente Jair Bolsonaro. Ele ficou preso durante seis meses. Atualmente, está em liberdade provisória, cumprindo uma série de medidas cautelares.
Shellenberger é conhecido por atuar como jornalista investigativo em pautas sobre liberdade de expressão e redes sociais. No documento enviado ao STF, a defesa reforça que a entrevista tem “significativo interesse público” e não representa risco ao andamento da investigação.
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