POLÍTICA
Ex-acessor de Moraes foge para a Itália e ameaça fazer revelações
O ex-assessor no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), utilizava seu gabinete na Corte para “perseguir políticos de direita”, admitindo filtragem ideológica que privilegiava exclusivamente pautas alinhadas à direita e excluía qualquer iniciativa de viés progressista . Em entrevista à revista Timeline, Tagliaferro relatou que “só entrava no gabinete coisas de direita” e “nunca de esquerda”, denunciando supostos abusos no sistema interno que, segundo ele, levaram ao “deletar” de registros considerados inconvenientes.
Sem detalhar as irregularidades que presenciou, Tagliaferro revelou ter decidido deixar o Brasil para expor “algumas coisas fraudulentas” praticadas sob a orientação de Moraes e declarou temer uma reação “injusta” por parte do magistrado, alegando preocupações com a segurança de sua família . Ele pretende formalizar denúncias contra o gabinete do ministro e ampliar as revelações sobre operações conjuntas entre o TSE e o STF que culminaram em escândalos de desinformação revelados pela Folha de S.Paulo.
Tagliaferro chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) no TSE, unidade criada para coordenar ações do Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação durante as eleições municipais de 2024, e atuou como homem de confiança do gabinete de Moraes, contribuindo diretamente para o modelo de combate a notícias falsas no processo eleitoral . Atualmente afastado, ele se declara recluso e motivado a denunciar supostos excessos praticados sob a égide da AEED.
O episódio se insere no contexto do Inquérito das Fake News, instaurado em 14 de março de 2019 pelo então presidente do STF, ministro Dias Toffoli, e conduzido por Alexandre de Moraes, com base no artigo 43 do regimento interno da Corte. O inquérito tem por objetivo apurar ataques e disseminação de notícias falsas (“fake news”) contra a instituição e seus membros, tramita em sigilo e gera críticas relativas à sua abrangência e impacto sobre a liberdade de expressão .
Ao lado da AEED, Alexandre de Moraes também coordenou o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (CIEDDE), concebido para reunir órgãos públicos e entidades privadas no monitoramento e investigação de conteúdos falsos e deepfakes durante o pleito eleitoral . A denúncia de Tagliaferro amplia o debate sobre o alcance do poder de investigação do STF e a linha tênue entre combate à desinformação e possíveis violações de prerrogativas institucionais.
POLÍTICA
Derrite recusa ajuda da PF e diz que SP é 100% capaz de resolver o caso de ex-delegado assassinado
O assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, abriu uma disputa velada de protagonismo entre forças estaduais e federais. Nesta terça-feira (17), o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), agradeceu, mas recusou a ajuda oferecida pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para investigar o caso.
Segundo Derrite, a Polícia Civil paulista já identificou um dos envolvidos e pedirá a prisão temporária deles. “Todo o aparato do estado é 100% capaz de dar a resposta necessária. Em poucas horas, já qualificamos um dos indivíduos ligados ao crime”, disse o secretário, na saída do velório realizado na Assembleia Legislativa.
O secretário reforçou que a investigação está a cargo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). “Os policiais estão nas ruas desde ontem, quando soubemos do assassinato, e não vão parar até prender todos os envolvidos”, afirmou
Embora tenha recusado apoio direto da PF, Derrite reconheceu que informações da União podem ser úteis. “Se tiverem dados de balística, DNA ou inteligência, serão bem-vindos. Mas o comando é da Polícia Civil paulista. Confio 100% no trabalho da nossa polícia”, declarou.
Mais cedo, em Brasília, Lewandowski havia dito que o governo federal se colocou à disposição do estado. “O crime organizado ataca a soberania. Temos bancos de dados científicos e periciais que podem auxiliar, se necessário”, destacou.
POLÍTICA
Paulo Bilynskyj enfrenta Lewandowski em debate sobre segurança pública na Câmara dos Deputados
Na Câmara dos Deputados, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) e o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski travaram um embate em audiência sobre a PEC da Segurança Pública (PEC 18/2025).
A proposta, defendida pelo governo, busca criar um sistema nacional inspirado no SUS, para integrar União, estados e municípios no combate ao crime. Lewandowski afirmou que a PEC não fere a Constituição e que “quem é contra está a favor da criminalidade”, declaração que gerou forte reação.
Bilynskyj, presidente da Comissão de Segurança, classificou o texto como “extremamente perigoso”, por entender que ele amplia em excesso o poder da União sobre estados e municípios, ameaçando a autonomia federativa. O deputado exigiu que Lewandowski se retratasse da fala, alegando que o ministro desqualificou críticas técnicas ao projeto.
O debate expôs o conflito entre centralização e autonomia federativa na política de segurança pública, além da crescente tensão política em torno do tema.
POLÍTICA
Trabalhadores que fizeram posts sobre Charlie Kirk são demitidos ou afastados nos EUA
A Delta Air Lines, a American Airlines e a United Airlines informaram que suspenderam funcionários por postagens em redes sociais sobre o ataque a tiros que matou o ativista conservador Charlie Kirk na semana passada.
Fomos informados sobre funcionários da Delta cujo conteúdo em redes sociais, relacionado ao recente assassinato do ativista Charlie Kirk, foi muito além de um debate saudável e respeitoso”, disse o CEO da Delta, Ed Bastian, em um memorando interno.
“Essas postagens em redes sociais contrastam fortemente com nossos valores e nossa política de mídia social, e esses funcionários foram suspensos enquanto aguardam uma investigação”, afirmou Bastian no memorando.
As medidas estão entre as mais recentes represálias corporativas contra trabalhadores, após a pressão do governo Trump para demitir aqueles que “foram flagrados comemorando o assassinato”.
“Esse comportamento é repugnante e eles deveriam ser demitidos”, publicou o Secretário de Transportes, Sean Duffy, no sábado (13). “Qualquer empresa responsável pela segurança do público viajante não pode tolerar esse comportamento.”
Em um comunicado, a United Airlines afirmou: “Deixamos claro com nossos clientes e funcionários que há tolerância zero para violência com motivação política ou qualquer tentativa de justificá-la”.
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