POLÍTICA
PF investiga desvio de emendas a ONG em contrato com Ministério do Esporte

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta terça-feira (29) com objetivo de investigar o desvio de recursos de emendas parlamentares destinadas para a realização de eventos de esportes digitais no Distrito Federal e no Espírito Santo.
Os investigadores apuram irregularidades na execução de cerca de R$ 15 milhões em recursos públicos repassados à Associação Moriá, de Brasília. Os valores deveriam ser usados para a realização de jogos estudantis digitais (games) entre 2023 e 2024.
Entre os investigados na ação está um contador que, segundo as investigações, tem ligações com o senador Izalci Lucas (PL-DF), um dos responsáveis por enviar emendas para a associação Moriá. O parlamentar não foi alvo da operação desta terça (29).
Em nota, a defesa do senador afirmou que reforça seu compromisso com a lei e, por isso, “cancelou o repasse do valor da emenda parlamentar que seria destinado à associação”. Ele afirmou também que “não teve nenhum contato com Adriano Marrocos sobre o tema”.
“É uma surpresa para mim. Ele foi presidente do CRC [Conselho Regional de Contabilidade], membro do CFC [Conselho Federal de Contabilidade] e candidato pelo PSD em eleições anteriores”, disse o senador à TV Globo.
A Associação Moriá afirma que está à disposição “para prestar todas as informações necessárias que demonstram a lisura de seus procedimentos”.
Alvo da operação, o contador Adriano Marrocos teria atuado junto ao senador para a liberação dos recursos. Segundo a investigação, ele e o parlamentar foram colegas de partido no PSDB-DF e mantêm uma relação muito próxima.
O processo cita encontros frequentes de Izalci e Marrocos em eventos oficiais e também fotos juntos em redes sociais.
Ao menos uma empresa de contabilidade de Marrocos era subcontratada pela Associação Moriá para prestar assessoria contábil dos contratos de fornecedores e da programação dos jogos estudantis digitais.
De acordo com apuração da CGU, cerca de 90% do dinheiro que ia para a Moriá era repassado a empresas subcontratadas. O suposto desvio é estimado em R$ 13,2 milhões.
As suspeitas são de:
•Direcionamento fraudulento das subcontratações pela Moriá;
•Acordo espúrio entre as firmas subcontratadas, que fraudavam orçamentos;
•contratação de empresas de fachada.
As investigações apontam indícios de falsificação de orçamentos e fraudes em termos de subcontratação de serviços, com suspeitas de participação de empresas de fachada, sem rastreabilidade dos recursos federais.
De acordo com a PF, o dinheiro teria sido repassado à associação investigada por meio de termos de fomento com o Ministério do Esporte, financiados com emendas parlamentares.
Ao todo, agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em municípios do Acre, do Paraná e de Goiás.
Os mandados foram autorizados pelo ministro Flávio Dino, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Além dos mandados de buscas, agentes apreenderam veículos e imóveis e realizaram o bloqueio de contas bancárias das empresas investigadas. Ao todo, cerca de R$ 25 milhões em recursos e bens foram apreendidos.
As investigações ocorrem em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).
Entre as medidas determinadas pelo STF, está a suspensão de novos repasses de recursos federais à associação investigada, bem como a proibição de que a entidade transfira valores às empresas subcontratadas no âmbito dos termos de fomento analisados.
POLÍTICA
“Trump pode banir brasileiros da copa do mundo”, diz vereador Guilherme Kilter
Uma declaração do vereador Guilherme Kilter, de que “Trump pode banir brasileiros da Copa do Mundo”, repercutiu nas redes sociais nesta semana e gerou preocupações entre torcedores e autoridades esportivas. No entanto, especialistas esclarecem que não há qualquer possibilidade de exclusão do Brasil como participante do torneio de 2026, que será sediado por Estados Unidos, Canadá e México.
0A polêmica surge em meio a informações divulgadas pela CNN Brasil, indicando que o presidente Donald Trump avalia a adoção de medidas diplomáticas que incluem o endurecimento na concessão de vistos para cidadãos brasileiros. As medidas seriam uma retaliação política a decisões recentes do governo brasileiro, incluindo a taxação de produtos norte-americanos.
POLÍTICA
“Não adianta botar a culpa no governo Bolsonaro, que acabou há 2 anos e meio”, diz ex-diretor do BC sobre as contas públicas na Globo News
Em entrevista nesta quinta-feira (24), Alexandre Schwartsman, consultor e ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, comentou a trajetória das contas públicas e disse: “Não adianta botar a culpa no governo Bolsonaro, que acabou há dois anos e meio”.
Para 2025, o governo projetou um rombo de R$ 74,9 bilhões nas contas, pois parte dos pagamentos de precatórios está fora da meta fiscal.
“A ideia de que tem uma política fiscal responsável não para em pé. O próprio governo admite isso”, disse Schwartsman.
Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram nesta terça-feira (22) a liberação de R$ 20,6 bilhões no orçamento de 2025.”
POLÍTICA
Ex-acessor de Moraes foge para a Itália e ameaça fazer revelações
O ex-assessor no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), utilizava seu gabinete na Corte para “perseguir políticos de direita”, admitindo filtragem ideológica que privilegiava exclusivamente pautas alinhadas à direita e excluía qualquer iniciativa de viés progressista . Em entrevista à revista Timeline, Tagliaferro relatou que “só entrava no gabinete coisas de direita” e “nunca de esquerda”, denunciando supostos abusos no sistema interno que, segundo ele, levaram ao “deletar” de registros considerados inconvenientes.
Sem detalhar as irregularidades que presenciou, Tagliaferro revelou ter decidido deixar o Brasil para expor “algumas coisas fraudulentas” praticadas sob a orientação de Moraes e declarou temer uma reação “injusta” por parte do magistrado, alegando preocupações com a segurança de sua família . Ele pretende formalizar denúncias contra o gabinete do ministro e ampliar as revelações sobre operações conjuntas entre o TSE e o STF que culminaram em escândalos de desinformação revelados pela Folha de S.Paulo.
Tagliaferro chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) no TSE, unidade criada para coordenar ações do Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação durante as eleições municipais de 2024, e atuou como homem de confiança do gabinete de Moraes, contribuindo diretamente para o modelo de combate a notícias falsas no processo eleitoral . Atualmente afastado, ele se declara recluso e motivado a denunciar supostos excessos praticados sob a égide da AEED.
O episódio se insere no contexto do Inquérito das Fake News, instaurado em 14 de março de 2019 pelo então presidente do STF, ministro Dias Toffoli, e conduzido por Alexandre de Moraes, com base no artigo 43 do regimento interno da Corte. O inquérito tem por objetivo apurar ataques e disseminação de notícias falsas (“fake news”) contra a instituição e seus membros, tramita em sigilo e gera críticas relativas à sua abrangência e impacto sobre a liberdade de expressão .
Ao lado da AEED, Alexandre de Moraes também coordenou o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (CIEDDE), concebido para reunir órgãos públicos e entidades privadas no monitoramento e investigação de conteúdos falsos e deepfakes durante o pleito eleitoral . A denúncia de Tagliaferro amplia o debate sobre o alcance do poder de investigação do STF e a linha tênue entre combate à desinformação e possíveis violações de prerrogativas institucionais.
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