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POLÍTICA

Cassação de visto afeta agenda de eventos de Barroso nos EUA

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As restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos a membros do Supremo Tribunal Federal (STF) já estão impactando diretamente a agenda internacional do presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso.

Antes das sanções, Barroso havia aceitado convites para participar de eventos em três renomadas universidades norte-americanas — Yale, Stanford e Universidade de Nova York — e mantinha uma relação constante com a Universidade de Harvard. Agora, com o cancelamento de vistos de entrada, essas atividades estão comprometidas.

Na última semana, o governo dos EUA anunciou medidas contra Alexandre de Moraes — relator de processos relacionados aos atos de 8 de janeiro e à suposta tentativa de golpe em 2022 — e contra seus “aliados”. Embora os nomes oficialmente não tenham sido divulgados, fontes revelaram que, além de Moraes, outros oito ministros da Corte estariam na lista, entre eles Barroso, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia. Apenas três magistrados teriam ficado de fora: André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também estaria entre os afetados.

As punições teriam sido articuladas pelo presidente Donald Trump como resposta ao que ele classificou como abusos do STF contra empresas e cidadãos americanos, além da alegada perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em Fortaleza, onde participou de um evento da OAB, Barroso evitou comentários diretos sobre as sanções. “Estamos acompanhando os desdobramentos, mas não vamos comentar esse assunto neste momento”, disse. Ele também desmentiu uma frase atribuída a ele pelo jornal Valor Econômico, que afirmava que teria dito, em tom de ironia, que “sempre haverá Paris”, referindo-se à possibilidade de viajar para a Europa após o veto dos EUA. “Nunca falei isso”, afirmou Barroso.

Ao ser questionado sobre eventuais recursos contra a medida americana, o ministro afirmou que está analisando a situação com cautela e reafirmou que o STF atua conforme os limites da Constituição. “Estamos apenas exercendo nosso papel constitucional, sem interferir em outros Poderes”, declarou.

POLÍTICA

Cláudio Castro anuncia 10 megaoperações e dobra aposta na guerra contra o crime no RJ

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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou que o governo do estado tem mais dez megaoperações de segurança pública agendadas para combater o crime organizado. A decisão de “dobrar a aposta” no confronto ocorre após uma operação recente nos Complexos do Alemão e da Penha, que resultou em mais de 100 mortes, e que, segundo pesquisas, teve apoio da população.

Intenção: As operações visam conter o avanço de facções criminosas, como o Comando Vermelho, e cumprir mandados de prisão e busca e apreensão.

Contexto: O anúncio foi feito após a megaoperação de outubro de 2025, uma das mais letais da história do Rio, que gerou debates sobre a eficácia e a letalidade das ações policiais.

Aprovação Popular: Pesquisas de opinião, como a da AtlasIntel, indicam que grande parte da população carioca avalia o nível de criminalidade como “muito alto” e, em parte, aprova a abordagem de confronto, o que parece ter influenciado a decisão do governador de intensificar as ações.

Críticas: A estratégia baseada no confronto armado e na “guerra contra o crime” é criticada por especialistas e defensores dos direitos humanos, que apontam a criminalização da pobreza e a ineficácia a longo prazo.

O governo do estado também solicitou ao governo federal dez vagas em presídios federais para transferir lideranças criminosas presas durante as operações.

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POLÍTICA

Estudantes da USP tentam impedir cultos evangélicos promovidos pelo Dunamis

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Um culto evangélico promovido pelo movimento cristão Dunamis, realizado em agosto na Praça do Relógio, no campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP), provocou polêmica entre estudantes e reacendeu o debate sobre liberdade religiosa em instituições públicas de ensino. O evento reuniu cerca de mil pessoas e contou com música, orações e pregações voltadas a jovens universitários.

Após a celebração, grupos estudantis passaram a cobrar da Reitoria que proíba manifestações religiosas de grande porte dentro da universidade. Segundo esses estudantes, o evento teria ocorrido sem autorização formal e teria veiculado discursos de cunho político e ideológico. Um dos trechos mais citados por opositores foi a frase proferida durante a pregação: “A USP não pertence a Karl Marx nem ao comunismo, mas a Jesus Cristo.”

Para os organizadores, o encontro teve caráter pacífico e espontâneo. O Dunamis, movimento de origem cristã e presença ativa em universidades brasileiras, afirma que busca “levar mensagens de fé e propósito” a jovens em ambientes acadêmicos.

Especialistas em direito público e liberdade religiosa apontam que a realização de cultos em universidades públicas não é ilegal, desde que não envolva coerção, discriminação ou uso indevido de recursos institucionais. O debate, segundo eles, gira em torno do equilíbrio entre a laicidade do Estado e o direito à livre expressão de crenças.

Até o momento, a USP não divulgou uma nota oficial sobre o caso. A polêmica, porém, expõe as tensões que emergem quando religião, política e espaço universitário se cruzam — um tema cada vez mais presente nas discussões sobre diversidade e liberdade no ambiente acadêmico.

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POLÍTICA

Jornalista da Band crítica fala de Lula sobre megaoperação no RJ: “É de se lamentar”

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Nesta terça-feira (4/11), Rodolfo Schneider, jornalista e âncora do Jornal da Band, criticou a fala de Luiz Inácio Lula da Silva sobre a megaoperação realizada nas comunidades da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, na última semana. Segundo o presidente Lula, a ação da polícia do Rio foi uma “matança” também “desastrosa”.

Durante uma coletiva, em Belém, Lula se manifestou de forma contraria a megaoperação policial: “Nós estamos tentando essa investigação. Nós inclusive estamos tentando ver se é possível os legistas da Polícia Federal participarem do processo de investigação da morte, como é que foi feito. Vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação, porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão, não tinha uma ordem de matança. E houve a matança. Eu acho que é importante a gente verificar em que condições ela se deu. O dado concreto é que a operação, do ponto de vista da quantidade de mortes, as pessoas podem considerar um sucesso, mas do ponto de vista da ação do Estado, eu acho que ela foi desastrosa”, declarou.

No decorrer do Jornal da Band, Schneider comentou a posição do presidente do Brasil e destacou que ele não lamentou a morte dos quatro policiais que também foram vítimas na operação realizada no último dia 28 de outubro.

“É de se lamentar a fala do Presidente da República, a começar pelo fato de não ter lamentado as mortes dos policiais: quatro policiais mortos. E segundo por não contextualizar esse termo matança. Matança significa massacre de pessoas. Da forma que foi colocada, é como se houvesse um massacre de mais de 100 pessoas, mas até agora, pelo menos as imagens sugerem confrontos altíssimos com bandidos armados até os dentes – o que seria uma coisa totalmente diferente”, iniciou o jornalista.

Rodolfo Schneider ressaltou que a ação policial atende um desejo da maioria dos moradores das comunidades. “E terceiro, é porque é absolutamente desassociada do que pensa e o que quer o brasileiro, principalmente os mais pobres e que moram nessas comunidades. A pesquisa mostrou que 87% dos moradores das favelas são favoráveis a estas operações, mesmo que a gente saiba que precisa de um grande plano de ocupação, inclusive de ocupação desses territórios. Acaba sendo a arma perfeita para direita, em um tema tão sensível, todo o brasileiro que segurança pública e esse tipo de declaração já está sendo amplamente utilizada na campanha de 2026”, concluiu ele.

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