POLÍTICA
Mais de 200 cristãos mortos por grupo terrorista islâmico na Nigéria
Yelwata, Nigéria – Um ataque brutal ocorrido entre a noite de sexta-feira (13) e a madrugada de sábado (14) resultou na morte de mais de 200 cristãos no vilarejo de Yelwata, no estado de Benue, no centro da Nigéria. O massacre, atribuído a militantes fulanis armados, é considerado um dos episódios mais sangrentos da atual onda de violência religiosa que assola o país.
Testemunhas relataram que homens fortemente armados invadiram a comunidade gritando “Allahu Akbar” antes de incendiarem casas, dispararem contra civis e atacarem com facões famílias inteiras que dormiam. Abrigos destinados a deslocados internos também foram destruídos, aumentando ainda mais o número de vítimas.
“Eles vieram à noite. Estávamos dormindo. Começaram a atirar e a queimar as casas. Nem as crianças foram poupadas”, contou ao Daily Post Nigeria uma sobrevivente que perdeu o marido e dois filhos no ataque.
Segundo autoridades locais, o número de mortos já ultrapassa 200, mas buscas por corpos continuam entre os escombros. As vítimas estão sendo enterradas em valas comuns, em meio ao clima de comoção e revolta da população local. Líderes comunitários classificaram o ataque como “genocídio” e acusam o governo nigeriano de negligência.
O massacre gerou forte repercussão internacional. Organizações como a Aid to the Church in Need e a Save the Persecuted Christians condenaram o ataque e pediram ação urgente da comunidade internacional. “Este é mais um capítulo sombrio de um genocídio silencioso contra comunidades cristãs na Nigéria”, declarou a diretora da ACN, Regina Lynch.
Durante o Angelus no domingo (15), o Papa Leo XIV fez referência direta ao massacre: “Rezamos por nossos irmãos e irmãs mortos por professarem sua fé. Que Deus traga paz à Nigéria e conforte os que sofrem”.
O estado de Benue, de maioria cristã, tem sido alvo frequente de ataques atribuídos a milícias islâmicas e pastores de origem fulani em uma escalada de tensões religiosas, étnicas e territoriais. Em dezembro de 2023, ataques similares no estado vizinho de Plateau mataram outras 200 pessoas.
Enquanto isso, a população local clama por proteção, justiça e o fim da impunidade. “Quantos mais precisam morrer até que o mundo preste atenção?”, questionou um padre da região durante o funeral coletivo.
POLÍTICA
Concorrência no Sebrae-AP enrola até Alcolumbre
A disputa entre agências de comunicação para contrato com o Sebrae-AP tem gerado forte controvérsia — e acabou envolvendo diretamente o presidente do Senado, o senador Davi Alcolumbre. 
No último mês, a agência Nagib Comunicação e Marketing foi declarada vencedora da concorrência. Contudo, a decisão foi imediatamente contestada por outras concorrentes, entre elas Grito Propaganda. Os questionamentos giram em torno de possíveis irregularidades e de um potencial conflito de interesses — já que a Nagib figura como prestadora de serviços de comunicação do mandato de Davi Alcolumbre, enquanto o contrato vencido abrange o órgão presidido no âmbito estadual por Josiel Alcolumbre, irmão do senador. 
Além do risco de favorecimento político, a agência derrotada alega falhas no processo de licitação: segundo a denúncia, “os envelopes da concorrência foram violados entre sessões de abertura”, o que comprometeria a lisura do certame. 
Até o momento, o Sebrae-AP não respondeu aos pedidos de esclarecimento. O silêncio da instituição preocupa concorrentes e setores da sociedade civil, que enxergam na controvérsia um problema de transparência institucional e ética pública. 
Com a contestação formal, o processo está suspenso: caberá à comissão de licitação do Sebrae-AP analisar os recursos e decidir pela eventual anulação ou manutenção do resultado. A decisão é aguardada com atenção por observadores do setor público e privado no Amapá.
POLÍTICA
Nova norma do Itamaraty permite “sigilo eterno” de arquivos
A portaria assinada em 5 de novembro pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, amplia o conjunto de informações que o Itamaraty pode considerar sigilosas, sob a justificativa de evitar “graves danos” à sociedade e ao Estado. A medida permite que pedidos feitos pela Lei de Acesso à Informação sejam negados mesmo quando os documentos não tiverem sido previamente classificados como sigilosos, o que contraria o procedimento previsto na LAI. Especialistas apontam que o artigo 29 cria, na prática, um “sigilo eterno”, pois impede o acesso por tempo indeterminado e torna impossível saber quantos ou quais documentos foram restringidos.
O advogado Bruno Morassutti destaca que telegramas diplomáticos e outras comunicações sensíveis podem ser barrados sem transparência. O Itamaraty argumenta que a portaria não cria novas hipóteses de sigilo e que apenas organiza procedimentos internos em um órgão que lida com informações naturalmente sensíveis. Já entidades como a Transparência Brasil afirmam que a norma amplia o sigilo sem respaldo legal e pode incentivar que outros órgãos adotem medidas semelhantes. Para as associações ANPUH e ABRI, a portaria viola os limites previstos em lei e subverte o princípio de que a publicidade é a regra e o sigilo, a exceção.
POLÍTICA
“Quando o crime domina o território, até quem só quer trabalhar vira alvo”, diz Rodrigo Pimentel
O ex-capitão do Bope e comentarista de segurança pública Rodrigo Pimentel afirmou que a expansão de grupos criminosos em áreas urbanas tem impactado diretamente a rotina de moradores que não têm qualquer vínculo com atividades ilícitas. “Quando o crime domina o território, até quem só quer trabalhar vira alvo”, disse durante debate sobre violência e políticas de segurança.
Segundo Pimentel, o controle territorial exercido por facções e milícias afeta desde o deslocamento diário de trabalhadores até o funcionamento de serviços essenciais. Ele destacou que, em algumas regiões, comerciantes e moradores acabam expostos a extorsões, ameaças e restrições impostas por grupos armados.
A fala reacendeu discussões sobre a necessidade de ações integradas entre governos estaduais e o governo federal para retomar áreas sob influência criminosa. Especialistas ouvidos por veículos de imprensa apontam que o avanço do crime organizado envolve fatores como disputa por mercados ilegais, ausência de presença estatal e fragilidades nas políticas sociais e de segurança.
O tema permanece no centro do debate público, especialmente diante do aumento das operações policiais em grandes centros urbanos e da preocupação com a segurança de trabalhadores que dependem de transporte coletivo e comércio local.
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