POLÍTICA
“Não queremos um judiciário parcial, queremos uma justiça que funcione com isenção”, diz Bolsonaro
Em entrevista ao UOL, o ex-presidente Jair Bolsonaro criticou duramente o Supremo Tribunal Federal (STF), acusando a Corte de atuar de forma político-partidária. Ele afirmou que, se o Brasil fosse um país sério, a maioria dos ministros já teria sido cassada. Bolsonaro também declarou: “Não queremos um Judiciário parcial, queremos uma Justiça que funcione com isenção”.
As declarações reacendem o embate entre o ex-presidente e o STF, especialmente com o ministro Alexandre de Moraes. Em agosto de 2021, Bolsonaro protocolou no Senado um pedido de impeachment contra Moraes, alegando abuso de autoridade em decisões contra aliados políticos. O pedido foi rejeitado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, por falta de fundamentos jurídicos e políticos, e recebeu críticas de diversas instituições, incluindo o próprio STF e o Superior Tribunal de Justiça.
POLÍTICA
Lula perde para Bolsonaro, Michelle, Tarcísio e outros nomes no segundo turno em 2026
Os dados da pesquisa do instituto Gerp, divulgada em primeira mão pela EXAME nesta quarta-feira, 2, mostram que, se as eleições de 2026 fossem hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria derrotado por seis dos oito adversários testados — e com diferenças de intenção de voto de até 20 pontos percentuais.
Essa é a primeira vez que o instituto realiza simulações de cenários de segundo turno.
O levantamento mostra que Lula seria superado para além da margem de erro em disputas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL); o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos); o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD); o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL); e o ex-governador Ciro Gomes (PDT).
Contra os governadores Ronaldo Caiado (União) e Romeu Zema (Novo), Lula aparece tecnicamente empatado.
O melhor desempenho na disputa contra o atual presidente é o de Bolsonaro, com 52% contra 32% do petista, uma diferença de 20 pontos percentuais.
Nesse cenário, o percentual de não sabem ou não opinaram chega a 6%, enquanto nenhum deles é de 10%.
Tarcísio é o segundo nome com melhor desempenho nas simulações, com 47% das intenções de voto contra 31% de Lula, diferença de 16 pontos. Michelle aparece com 46% contra 34% do presidente, 12 pontos de vantagem.
Lula lidera o 1º turno contra Tarcísio e Eduardo, mas é superado por Michelle e Bolsonaro
Lula lidera em dois cenários de primeiro turno. No primeiro, o petista tem 25% contra 21% de Tarcísio, o nome mais bem posicionado da oposição nessa simulação.
Quando o governo de São Paulo é substituído por Eduardo Bolsonaro, Lula tem 26% contra 17% do deputado licenciado.
Em disputa com Bolsonaro, o presidente tem 42% contra 26%, e contra Michelle, o percentual é de 29% contra 25% do petista.
Na comparação com o levantamento anterior, a maioria dos nomes teve oscilação dentro da margem de erro. Tarcísio cresceu 4 pontos percentuais.
A pesquisa Gerp entrevistou 2000 brasileiros adultos entre os dias 23 e 30 de junho de 2025. A margem de erro do levantamento é de 2,24 pontos percentuais para mais ou para menos com nível de confiança de 95%.
Cenários de segundo turno em 2026
O instituto simulou oito cenários de segundo turno com Lula como o candidato à reeleição e nomes da centro-direita.
Lula X Bolsonaro 2° turno
Bolsonaro: 52%
Lula: 32%
Não sabe/Não opinou: 6%
Lula X Michelle Bolsonaro 2° turno
Michelle Bolsonaro: 46%
Lula: 34%
Não sabe/Não opinou: 6%
Lula X Tarcísio 2° turno
Tarcísio de Freitas: 47%
Lula: 31%
Não sabe/Não opinou: 7%
Lula X Eduardo Bolsonaro 2° turno
Eduardo Bolsonaro: 42%
Lula: 35%
Não sabe/Não opinou: 6%
POLÍTICA
“Somos um país abençoado, invadiram o Banco Central e R$ 1 bilhão foi tirado do sistema do Banco Central por hackers. Sorte nossa o sistema eleitoral ser a prova de hackers”, ironiza deputado José Medeiros
O deputado federal José Medeiros (PL-MT) usou um tom irônico para comentar o ataque cibernético ao Banco Central, que resultou no desvio de cerca de R$ 1 bilhão, segundo informações preliminares. “Somos um país abençoado, invadiram o Banco Central e R$ 1 bilhão foi tirado do sistema do Banco Central por hackers. Sorte nossa o sistema eleitoral ser à prova de hackers”, afirmou o parlamentar nas redes sociais.
A declaração ocorre em meio à repercussão do incidente de segurança envolvendo o sistema financeiro nacional. A ironia de Medeiros sugere desconfiança quanto à segurança do sistema eletrônico de votação no Brasil, tema recorrente em debates políticos nos últimos anos.
POLÍTICA
Estadão fala em censura e diz que, ao desfigurar o Marco Civil da Internet, STF institui sistema autoritário e nebuloso
Com o julgamento encerrado, o Estadão publicou um editorial em que afirma que o supremo Tribunal Federal (STF) desfigurou o Marco Civil da Internet e, em seu lugar, instaurou um sistema “autoritário e nebuloso” de responsabilização de plataformas digitais.
Segundo o texto, trata-se do “regime mais confuso entre todas as democracias liberais”, criando um ambiente de insegurança jurídica e incentivando a censura preventiva.
A crítica do jornal se apoia na diferença entre o modelo original do Marco Civil — construído após amplo debate público e reconhecido internacionalmente — e o novo entendimento do STF, que prevê que plataformas podem ser responsabilizadas mesmo sem ordem judicial por conteúdos considerados ilícitos. Termos vagos como “ódio”, “discriminação” e “atos antidemocráticos” passam a integrar o rol de justificativas para remoções imediatas, sem que haja parâmetros objetivos de aplicação.
A segurança jurídica virou um pedido de oração”, ironizou o editorial, ao comentar a incerteza instaurada pelo novo regime. Outro ponto atacado pelo Estadão é a maneira como a decisão foi construída. Segundo o texto, a tese foi formulada informalmente, “a portas fechadas, num almoço casual”, o que, para o jornal, externa a postura absolutista adotada pela Corte.
A comparação com o modelo europeu também é abordada: enquanto o Digital Services Act da União Europeia impõe obrigações apenas a plataformas com mais de 45 milhões de usuários e foi discutido no Parlamento, o STF impôs novas regras que se aplicam indiscriminadamente a qualquer serviço, independentemente do porte, sem consulta popular ou aprovação legislativa.
O editorial alerta para uma escala de remoções em massa e autocensura, principalmente entre pequenas e médias plataformas, que não dispõem da estrutura jurídica das big techs para lidar com as exigências.
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