As recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação das contas públicas geraram reações negativas no mercado financeiro. Questionado sobre a possibilidade de cortes de gastos, Lula afirmou que o governo ainda avalia se a melhor solução passa por contenção de despesas ou aumento na arrecadação.

“Estamos fazendo uma análise: onde há gasto exagerado? Onde há gasto indevido? Onde há pessoas que estão recebendo benefícios sem ter direito? Estamos tratando isso com tranquilidade, sem considerar o nervosismo do mercado. O problema não é simplesmente cortar, mas saber se é realmente necessário cortar ou se devemos buscar aumentar a arrecadação. Essa é a discussão que precisamos fazer”, declarou o presidente.

Além da preocupação fiscal, o aumento no preço dos alimentos tem contribuído para o crescimento da insatisfação popular. Especialistas apontam ainda falhas na comunicação do governo e problemas de estratégia como fatores que intensificam o sentimento negativo de parte da população.

O déficit público, que ocorre quando os gastos do governo superam a arrecadação, contribui para a alta da inflação e dos juros. Em 2024, o déficit foi de R$ 43 bilhões — valor dentro do limite estabelecido pela meta fiscal.

Em um vídeo publicado nas duas redes sociais, o ex-ministro e ex-deputado federal Onyx Lorenzoni (PL-RS) lançou duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desafiando-o a sair às ruas para ouvir a população. “Lula, se você tem tanta coragem para falar bobagem ao lado dos seus, saia às ruas para ver o povo brasileiro”, afirmou.

A fala ocorre em um momento de crescente tensão entre governo e oposição, marcado por debates acalorados sobre economia, segurança pública e políticas sociais. O ex-ministro, que foi candidato ao governo do Rio Grande do Sul em 2022, continua atuando como uma das vozes mais combativas da direita brasileira.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), comentou segunda-feira (12) nos Estados Unidos, a tensão entre a Casa com o STF em razão do caso envolvendo o deputado bolsonarista Alexandre Ramagem (PL-RJ)

Em evento do grupo Esfera, Motta foi questionado pela coluna sobre a decisão do Supremo de acatar apenas parte da deliberação do plenário da Câmara referente à suspensão da ação contra Ramagem no “inquérito do golpe”.

O presidente da Câmara afirmou que o caso está sob análise da assessoria jurídica da Casa, que o orientará sobre como reagir. A medida será posta em prática após o término do julgamento virtual do caso pelo STF.

“Olha, estamos com a assessoria da Câmara estudando o assunto para definir como a Casa irá se posicionar. É importante ressaltar que essa foi uma decisão respaldada por mais de 300 deputados, ou seja, a ampla vontade da Câmara foi expressa pelo trancamento da ação penal. No momento oportuno, após diálogo com a assessoria jurídica, tomaremos uma posição”, disse Motta.

O presidente da Câmara afirmou que tem dialogado com parlamentares favoráveis e contrários ao projeto e disse acreditar que a Câmara está próxima de uma solução.

“Temos dialogado bastante sobre esse tema. Conversado com os autores do requerimento de urgência, deputados do PL, assim como com parlamentares que se opõem à anistia. Também mantemos diálogo com o Senado Federal e com o próprio Poder Judiciário, buscando, juntos, uma solução. Temos avançado nesse diálogo. Ainda não há uma resposta definitiva, nem um caminho certo a seguir, mas acreditamos que não estamos longe de encontrar essa solução”, afirmou.