A cantora Ludmilla, uma das vozes mais populares da música brasileira e apoiadora declarada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a ser destaque nas redes sociais nesta semana após o anúncio de que sua primeira filha, que terá com a esposa Brunna Gonçalves, nascerá nos Estados Unidos. A decisão dividiu opiniões entre fãs, críticos e internautas, muitos dos quais apontaram uma suposta contradição entre seu posicionamento político e a escolha pessoal.

Ludmilla manifestou apoio público a Lula durante as eleições de 2022, participando de campanhas e manifestações a favor do então candidato, identificado com a esquerda política e defensor de políticas públicas de saúde, educação e inclusão social. A escolha de dar à luz nos Estados Unidos — país símbolo do capitalismo e onde o acesso à saúde de qualidade é majoritariamente privado — reacendeu o debate sobre a coerência entre discurso e prática no meio artístico.

Segundo a advogada especialista em imigração Fernanda Dias, “o nascimento de um filho nos EUA garante automaticamente o direito à cidadania americana, o que traz benefícios como liberdade de mobilidade, acesso a universidades e serviços no país”.

O deputado federal Marcel van Hattem (NOVO-RS) disse, “Supremo é o povo brasileiro” como crítica direta à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração resume sua visão de que o poder emana do povo e que a Corte estaria ultrapassando os limites estabelecidos pela Constituição.

Durante discurso na Câmara dos Deputados, Van Hattem questionou a omissão do Senado diante do que classificou como “barbáries” cometidas por ministros do STF. Ele sugeriu, inclusive, a abertura de processos de impeachment contra membros da Corte.

“Chega de ligações de ministros do Supremo Tribunal Federal para parlamentares, pressionando para que mudem seus votos, tentando corromper suas consciências e desrespeitando a vontade do povo”, afirmou o parlamentar no plenário.

Em vídeo publicado em suas redes sociais, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) questionou a postura do governo Lula diante das denúncias de fraudes no INSS. “Se o roubo do INSS ocorreu no governo anterior, como o governo Lula está dizendo, por que ninguém do PT assinou a CPI para investigar?”, provocou o parlamentar.

A Polícia Federal afirma que associações que prestam serviços a aposentados vinham cadastrando beneficiários sem autorização, usando assinaturas falsas, para realizar descontos mensais indevidos diretamente nos pagamentos feitos pelo INSS. O prejuízo estimado pode chegar a R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024.