O representante da União Brasileira dos Caminhoneiros, Chicão Caminhoneiro, foi à Presidência da República, nesta terça-feira (2/12), para protocolar uma ação referente à paralisação geral da categoria, marcada para esta quinta-feira (4/12). O desembargador aposentado Sebastião Coelho acompanhou a visita.

Segundo Chicão Caminhoneiro, o projeto que prevê a greve foi criado “a várias mãos”. “Esse movimento é de caminhoneiros, guerreiros, lutadores”, declarou.

Em 2018, caminhoneiros de todo o país pararam durante 10 dias. À época, o protesto foi promovido contra os reajustes frequentes nos preços dos combustíveis, especialmente do óleo diesel. A greve causou grandes impactos no país, incluindo desabastecimento de combustíveis e alimentos.

A greve só teve fim após Michel Temer (MDB), presidente à época, aceitar acolher algumas das exigências da classe.

Em novembro de 2022, durante a conferência Lide Brazil Conference, em Nova York, o Banco Master bancou um jantar de gala no restaurante de luxo Fasano New York — com direito a cardápio sofisticado, bebidas finas e salão reservado exclusivamente para a comitiva. Entre os convidados estavam ministros do STF: Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski. O ex-magistrado Dias Toffoli também passou a frequentar eventos patrocinados pelo banco. 

O jantar, embora oficialmente parte da programação da conferência, não constava como evento patrocinado pelo Banco Master — segundo a organização da conferência. Ainda assim, documentos e reportagens revelam que a conta foi integralmente paga por Vorcaro. 

Além desse episódio pontual, o banco foi patrocinador frequente — de 2022 a 2024 — de fóruns nacionais e internacionais que contaram com a presença de membros da cúpula do Judiciário. As cidades incluíam Paris, Londres, Roma, Nova York e o Rio de Janeiro. 

O enredo envolvendo Daniel Vorcaro, Banco Master e ministros do STF revela uma trama de poder, influência e fragilidades institucionais. O banquete de luxo em Nova York — que poderia ser apenas mais um evento empresarial — ganhou novo peso após a eclosão da investigação sobre supostas fraudes e manipulação financeira. Agora, com a Justiça envolvida diretamente e o risco de conflitos de interesse à vista, o Brasil enfrenta um teste duro: garantir que o processo judicial seja transparente, isento e capaz de restaurar a confiança no sistema.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta semana que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, permanece em regime de isolamento na sede da Polícia Federal, em Brasília, onde cumpre prisão preventiva. Segundo ele, a PF estaria seguindo ordens para manter o ex-mandatário “trancado” em uma cela de aproximadamente 12 metros quadrados durante a maior parte do dia.

“Ele está trancado numa sala de 12 por 12, o dia inteiro. Sai por um período pequeno para caminhar — mas o espaço é mínimo: dá dez passos de um lado, dez do outro, e já acabou”, declarou o parlamentar, alegando que a limitação compromete a rotina de exercícios recomendada por médicos.

As declarações reacendem o debate sobre as condições de detenção de Bolsonaro, que está preso desde novembro de 2025, acusado de participação em uma articulação golpista. A cela, segundo informações divulgadas pela própria PF e por reportagens, possui cerca de 12 m², com cama, armário, televisão, frigobar, ar-condicionado, janela e banheiro privativo. Apesar da estrutura básica, aliados do ex-presidente afirmam que o isolamento tem afetado sua saúde física e emocional.

Flávio também criticou o que chamou de “rigidez excessiva” no acesso da defesa e da família ao ex-mandatário. “É desumano privar uma pessoa de se movimentar de maneira adequada, principalmente alguém com recomendações médicas para atividade física”, afirmou o senador, sem detalhar a origem da suposta ordem para manter o pai em confinamento quase integral.