POLÍTICA
Setor bancário colombiano suspende contas de Gustavo Petro e familiares após sanções dos EUA
O sistema bancário colombiano iniciou a suspensão e revisão de contas vinculadas ao presidente Gustavo Petro, sua esposa Verónica Alcocer, seu filho Nicolás Petro e o ministro do Interior Armando Benedetti, após o anúncio de sanções dos Estados Unidos por supostos vínculos com atividades de narcotráfico.
O Departamento do Tesouro dos EUA, por meio do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), incluiu os nomes dos quatro colombianos em sua lista de pessoas sancionadas — conhecida como “Lista Clinton” — congelando seus ativos sob jurisdição norte-americana e proibindo qualquer transação financeira com cidadãos ou empresas dos EUA.
Em resposta, instituições financeiras na Colômbia informaram que analisam medidas de bloqueio preventivo de contas e produtos bancários associados aos sancionados. A Associação Bancária da Colômbia (Asobancaria) divulgou um comunicado afirmando que o setor “cumprirá rigorosamente as normas internacionais de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo”, mas destacou que “qualquer ação deverá respeitar os direitos constitucionais e as leis nacionais vigentes”.
Fontes citadas pela emissora Caracol Radio afirmam que os principais bancos do país já iniciaram revisões internas para garantir conformidade com as sanções, evitando eventuais represálias de bancos correspondentes nos Estados Unidos. O bloqueio total, no entanto, ainda dependeria de análises jurídicas e, em alguns casos, de autorização da Superintendência Financeira da Colômbia.
Reação do governo
O presidente Petro reagiu com dureza à decisão de Washington. Em pronunciamento divulgado em suas redes sociais, afirmou que as acusações são “falsas e absurdas” e garantiu que não possui ativos em território norte-americano.
“Não há contas a congelar. Esta é uma agressão política disfarçada de medida financeira”, declarou o mandatário.
A Presidência da República anunciou que estudará medidas diplomáticas e legais contra o que chamou de “intromissão indevida em assuntos internos da Colômbia”.
POLÍTICA
Nas eleições da Argentina, pesquisas favorecem esquerda e erram por mais de 10 pontos
As eleições de meio-mandato na Argentina não apenas consolidaram a vitória histórica da direita liderada por Javier Milei, como também expuseram, mais uma vez, a falta de precisão das pesquisas eleitorais.
Todos os principais institutos do país apontavam um cenário equilibrado entre o governo e a oposição peronista, prevendo diferenças mínimas nas intenções de voto. O resultado real, porém, mostrou uma distância superior a dez pontos percentuais a favor do partido La Libertad Avanza, evidenciando um erro estatístico expressivo e enviesado.
O módulo de distorção não é novo. Ao longo dos últimos anos, institutos de pesquisa em diferentes países têm superestimado o desempenho de candidatos de esquerda, apresentando pêndulos que, quase sempre, inclinam para o mesmo lado. A aferição se repete em boa parte da América do Sul e também em democracias consolidadas da Europa e dos Estados Unidos.
Na Argentina, as sondagens publicadas na véspera da eleição indicavam que a coalizão Unión por la Patria, ligada ao peronismo, poderia alcançar até 36% dos votos, enquanto o partido de Milei aparecia com leve vantagem, mas dentro da margem de erro. Nas urnas, a realidade foi completamente oposta. A Liberdade Avança ultrapassou 40%, e o peronismo ficou na casa dos 24%, uma diferença que desmontou as previsões e derrubou a cobertura jornalística baseada nesses números.
POLÍTICA
Lula diz que empresários reclamam demais e deveriam buscar oportunidades fora do país
Durante evento empresarial realizado na Malásia neste domingo (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma crítica incisiva ao setor produtivo brasileiro ao classificar os empresários em dois grupos: “os que viajam e buscam oportunidades” e “os que ficam no Brasil reclamando da taxa de juros e da tributação”.
Aos que segundo ele “só se queixam”, Lula afirmou que deveriam “viajar” e “garimpar oportunidades” fora do país, se quiserem prosperar. “Tem dois tipos de empresários no Brasil. Aqueles que gostam de viajar, que gostam de garimpar oportunidades, de vender e comprar. E tem aqueles que ficam no Brasil só se queixando da taxa de juros e da tributação. Eu acho que vão vencer aqueles que garimpam e viajam em busca de oportunidades”, declarou.
No mesmo discurso, o presidente também fez elogios à relação com a Malásia, pedindo participação do país em projetos de semicondutores no Brasil e destacando o setor de transição energética como “momento auspicioso” para o país.
A fala representa mais um episódio de tensão entre o governo federal e empresas, ressaltando a insatisfação oficial com críticas do setor produtivo à gestão econômica
POLÍTICA
“Se querem usar Burka em Portugal, temos um bom remédio, o aeroporto de Portela”, diz líder português do partido Chega, André Ventura
O líder do partido Chega, André Ventura, voltou a gerar polémica com uma declaração sobre o uso do véu islâmico integral em Portugal. Em entrevista recente, Ventura afirmou que “se querem usar burka em Portugal, temos um bom remédio: o aeroporto de Portela”, insinuando que o traje não seria bem-vindo na sociedade portuguesa.
A afirmação surge num contexto em que o partido tem vindo a adotar posições firmes sobre imigração, identidade nacional e secularismo. A sugestão de Ventura foi recebida com críticas de várias associações de defesa dos direitos humanos e de representantes de comunidades muçulmanas, que consideram a declaração discriminatória e contrária à liberdade religiosa.
Em resposta, Ventura reiterou a necessidade de proteger “os valores e hábitos portugueses”, defendendo que certos símbolos religiosos ou culturais não devem ser impostos em espaços públicos. Especialistas em sociologia e política alertam que este tipo de discurso tende a polarizar o debate sobre integração e multiculturalismo em Portugal.
Até ao momento, o Governo não comentou oficialmente as declarações, mas analistas políticos preveem que poderão voltar a alimentar a polémica sobre direitos religiosos e liberdade individual no país.
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