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POLÍTICA

Governo Lula quer pegar parte do seguro-desemprego e do FGTS para ajustar gastos públicos

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O governo Lula quer pegar parte do seguro-desemprego dos trabalhadores para ajustar o orçamento público. O novo pacote de corte de gastos em estudo prevê mudanças envolvendo o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e o seguro-desemprego. A medida foi anunciada com poucos detalhes pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, na terça-feira (15).

Segundo a reportagem , os ministérios da Fazenda e do Planejamento avaliam mudar o desenho das políticas de proteção ao trabalhador em medidas que devem ser apresentadas após o segundo turno das eleições. A multa de 40% do FGTS, paga pelo empregador que demite sem justa causa, seria abatida no valor do seguro-desemprego.

Na prática, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, quanto mais alta for a multa, mais baixo será o valor do seguro. Trata-se de um verdadeiro golpe na classe trabalhadora, já que a única proteção temporária oferecida pelo governo a pessoas demitidas é justamente o seguro-desemprego.

O argumento do governo para esse absurdo é igualmente incoerente. Na visão dos ministérios, o acúmulo de benefícios (FGTS + seguro) desestimula a permanência no emprego, principalmente com o mercado aquecido. Como se fosse vantajoso para o trabalhador negociar uma demissão sem justa causa apenas para receber o seguro.

Arcabouço
A intenção de cortar gastos, mais uma vez, ataca e onera a população. Tudo para garantir as regras do arcabouço fiscal, que beneficia banqueiros e reduz investimentos públicos em áreas essenciais.

O arcabouço fiscal nada mais é do que uma política neoliberal igual à de governos anteriores, como o teto de gastos do ex-presidente Temer. Aprovada no primeiro ano da atual gestão, a medida impõe um arrocho cada vez maior nas contas do governo, sacrificando os serviços que beneficiam a população.

“Lula fala em taxar bilionários, mas, na verdade, só sabe tirar dinheiro da classe trabalhadora. Enquanto o governo federal incentiva as grandes empresas, financia o agronegócio que promove queimadas e destrói o meio ambiente, e privilegia os banqueiros, o povo pobre continua sofrendo. É inadmissível querer diminuir o seguro-desemprego sob pretexto de controlar as dívidas públicas”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

POLÍTICA

Antártida surpreende: camada de gelo cresce mais de 100 bilhões de toneladas em um ano

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Um novo estudo da Universidade de Tongji (China) revelou que a Antártica ganhou cerca de 100 a 120 bilhões de toneladas de gelo por ano entre 2021 e 2023, marcando o primeiro aumento significativo da camada de gelo em décadas. O fenômeno foi registrado principalmente na Antártica Oriental e está associado ao aumento de precipitações de neve, impulsionado por mudanças nos padrões atmosféricos.

Apesar do ganho, cientistas alertam que a tendência de longo prazo continua sendo de perda de massa. A Antártica Ocidental e partes da Península seguem derretendo rapidamente, e as perdas acumuladas nas últimas décadas superam amplamente o ganho recente.

O aumento de gelo teve um pequeno impacto temporário no nível do mar, reduzindo sua elevação em cerca de 0,3 milímetro por ano. Especialistas afirmam que o episódio reflete a variabilidade natural do clima polar, não uma reversão do aquecimento global.

“É um respiro momentâneo, não uma mudança de rumo”, destacou o climatologista Li Shuang, coautor do estudo.

Organizações de checagem alertam ainda para o uso indevido da notícia em discursos que negam as mudanças climáticas — lembrando que o planeta continua aquecendo e o degelo global avança no longo prazo.

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POLÍTICA

Prefeito de Manaus, apoiador de Lula, chama opositores de “vagabundos”

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O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), chamou opositores de “vagabundos” em declaração recente, em meio a críticas por gastos com eventos festivos. Durante a entrega da revitalização da Praça dos Remédios, em 25 de outubro de 2025, o prefeito se referiu a membros da oposição, especificamente a vereadores e deputados estaduais, com a expressão pejorativa.
A fala gerou repercussão imediata e foi rebatida pelo vereador Coronel Rosses (União Brasil), que respondeu: “Vagabundo é quem gasta o dinheiro do povo com festança”.

A declaração de David Almeida ocorreu durante um evento para a entrega da reforma de uma praça, e em meio a um debate sobre a destinação de recursos públicos. A oposição tem questionado a gestão municipal por priorizar festas e eventos, enquanto outras áreas, como saúde e infraestrutura, enfrentariam problemas.

Apesar da postura de confronto com opositores, o prefeito David Almeida tem mantido uma relação de proximidade com o governo federal. Em setembro de 2025, ele esteve ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma agenda oficial em Manaus. Em novembro de 2024, a Prefeitura de Manaus anunciou que o governo federal repassaria R$ 495 milhões para obras de mobilidade urbana na cidade, após uma reunião entre Almeida e o presidente Lula.
Essa proximidade com o governo federal, somada às polêmicas locais, marca a gestão de David Almeida, que foi reeleito em 2024 contra um candidato bolsonarista.

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POLÍTICA

Ex-ministra do STJ, afirma que o STF descondenou o Lula por medo de Bolsonaro tornar o STF em uma corte constitucional

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Em uma entrevista nesta quinta-feira (23/10) ao programa Arena Oeste, Eliana Calmon, jurista renomada e ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), compartilhou uma perspectiva crítica sobre os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. De acordo com Calmon, há uma narrativa em curso nos corredores do Judiciário brasileiro que visa remover Jair Bolsonaro do cenário político antes das eleições de 2026. Ela expressa preocupação com a maneira como a situação tem sido conduzida, sugerindo que os eventos não representam um golpe final, mas podem servir a um propósito narrativo de desgaste político.

O dia 8 de janeiro de 2023 marcou uma série de manifestações em Brasília que, segundo a ex-ministra, estão sendo usadas para impulsionar uma narrativa específica contra Bolsonaro. Eliana Calmon destaca que a imagem de um golpe está sendo promovida exageradamente, ao incluir indivíduos como idosos e vendedores ambulantes na descrição de revoltosos, o que, para ela, não faz sentido diante de uma acusação de golpe de Estado. Calmon questiona como um golpe poderia ter sido planejado sem apoio militar efetivo, apontando inconsistências na narrativa que, ela alega, alimentam desconfianças sobre as intenções reais por trás de tais acusações.

A crítica de Eliana Calmon não se restringe apenas aos eventos do 8 de janeiro. Ela também se dedica a avaliar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) no atual cenário político do Brasil. Para a jurista, o STF opera em uma espécie de bolha isolada, com uma postura que muitas vezes impede a admissão de erros ou retrocessos. A centralização do poder decisório na mão de 11 ministros é vista por ela como um risco ao equilíbrio democrático, sugerindo a transformação do STF em um tribunal puramente constitucional, limitando sua atuação à análise de questões de constitucionalidade.

Outro ponto abordado por Calmon refere-se ao medo que, segundo ela, permeia a classe dos advogados em relação ao Judiciário, especialmente ao STF. Ela observa um nível de receio entre os profissionais do Direito que compara a períodos autoritários da história brasileira, destacando que esse medo é diferente de épocas passadas, como a ditadura militar. Essa apreensão diante de possíveis sanções judiciais, conforme destaca, revela uma dinâmica preocupante para a advocacia e para o exercício pleno do Direito.

As considerações de Eliana Calmon suscitam uma série de reflexões sobre o papel das instituições democráticas no Brasil e a saúde do diálogo político e judicial. A crítica ao tratamento de Bolsonaro e ao seu entorno, assim como a análise crítica da estrutura e funcionamento do STF, desafiam os cidadãos a considerarem como a legislação e a Justiça são aplicadas em contextos de alta tensão política. Para muitos, as palavras de Calmon representam um chamado à atenção sobre as possíveis manipulações narrativas que podem influenciar decisões de longo alcance para a democracia e o processo eleitoral no Brasil.

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