POLÍTICA
Trabalhadores por aplicativos têm renda acima da média; Lula estuda regulamentar

Uma pauta global, debatida no Brasil desde 2021, e que ganhou visibilidade no governo Lula: estamos falando da regulamentação do trabalho intermediado por plataformas digitais.
Em 4 de março de 2024, essa discussão resultou na apresentação de um projeto de lei complementar que propõe um pacote de direitos para motoristas de aplicativos — proposta essa que não inclui os entregadores de delivery que trabalham com plataformas como o iFood.
A proposta traz avanços significativos para o debate de futuro do trabalho — mas não obteve consenso por parte dos representantes de entregadores e das empresas do setor de delivery.
O principal desafio, na visão do setor, é o regime da Previdência: a inclusão previdenciária é uma necessidade e as plataformas estão dispostas a contribuir com a sua parte, mas o regime proposto pelo Governo não atende a realidade do trabalho em plataformas e garantiria benefícios para menos de 7% dos entregadores da base do iFood.
Será importante inovar e criar regras modernas em um novo projeto de lei, que garanta direitos para o mercado de trabalho dos próximos anos; até o momento, são 386 mil entregadores atuando com aplicativos no país, segundo o Cebrap.
Como empresa brasileira de tecnologia, o iFood tem participado ativamente dessa discussão e segue à disposição do Governo e do Congresso para discutir propostas e fornecer informações que possam contribuir para um modelo justo e equilibrado, que coloque o entregador no centro.
Por apoiar a causa e enfatizar a necessidade de uma regulamentação que seja discutida com todas as partes, o iFood também reconhece a importância de clarear esse debate, apresentando informações atualizadas sobre o assunto.
POLÍTICA
PF persegue Malafaia sob ordens de Moraes por “suposto ataque” ao STF
A Polícia Federal, sob autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), realizou busca e apreensão contra o pastor Silas Malafaia nesta semana. A medida faz parte de um inquérito que apura supostos ataques à democracia e à Corte, no mesmo contexto das investigações sobre uma possível tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Segundo a decisão, o objetivo é investigar se Malafaia teria usado declarações públicas e redes sociais para pressionar o Judiciário e coagir autoridades envolvidas em processos contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pastor teve o passaporte apreendido, foi proibido de deixar o país e de manter contato com outros investigados.
Malafaia classificou a ação como “perseguição política” e acusou Moraes de agir de forma autoritária. Ele afirmou que apenas exerceu seu direito à liberdade de expressão ao criticar decisões do STF. Já a Procuradoria-Geral da República apoiou as medidas, argumentando que as falas do pastor poderiam incentivar desobediência institucional e atentar contra o Estado Democrático de Direito.
O caso reacendeu o debate sobre os limites entre liberdade de expressão e ataques às instituições, além de novas críticas ao poder concentrado nas mãos de Moraes em inquéritos de natureza política.
POLÍTICA
População em situação de rua cresce 142% e já chega a 350 mil no Brasil
O número de pessoas vivendo em situação de rua no Brasil aumentou 142% nos últimos cinco anos e já alcança cerca de 350 mil pessoas, segundo dados do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O levantamento tem como base informações do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), do governo federal.
Em 2019, o país registrava aproximadamente 145 mil pessoas nessa condição. Já em dezembro de 2024, o número chegou a 327.925 — um crescimento de cerca de 25% em apenas um ano, de acordo com dados da Agência Brasil.
O perfil predominante das pessoas em situação de rua é formado por homens adultos, com baixa escolaridade e renda reduzida. A maior concentração está nas regiões Sudeste e Sul, especialmente em grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Especialistas apontam que o aumento expressivo pode ser explicado por uma combinação de fatores: crescimento da pobreza e do desemprego, encarecimento do custo de vida e déficit habitacional. Além disso, o avanço dos programas de busca ativa e a melhoria na coleta de dados também contribuíram para a ampliação dos números registrados.
Apesar da expansão dos cadastros, o número real de pessoas em situação de rua pode ser ainda maior, já que muitas delas não estão inscritas em programas sociais. O próprio governo federal reconhece que o aumento pode refletir tanto uma maior visibilidade e registro dessa população quanto o agravamento das condições socioeconômicas do país nos últimos anos.
Organizações sociais e pesquisadores alertam para a necessidade de políticas públicas estruturantes, que vão além da assistência emergencial. Entre as prioridades estão o acesso à moradia digna, inserção no mercado de trabalho e atendimento de saúde e apoio psicológico, considerados fundamentais para romper o ciclo da exclusão social.
“O crescimento dessa população é um retrato direto das desigualdades no país e da ausência de políticas consistentes de prevenção à perda de moradia”, afirma um dos pesquisadores do OBPopRua.
POLÍTICA
Lula tenta salvar ditadura de Maduro e deve pedir a Trump que não intervenha na Venezuela
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja comentar a crise na Venezuela no encontro presencial com Donald Trump, ainda sem data marcada. Em meio à escalada das tensões entre Washington e Caracas, auxiliares de Lula afirmam que o presidente brasileiro pode usar um tom de alerta sobre a situação.
Lula quer deixar claro a Trump que uma intervenção militar americana na Venezuela irá desestabilizar toda a região, criando um cenário mais propício para as atividades de narcotraficantes.
Na quarta-feira (15), o presidente Donald Trump afirmou ter autorizado operações secretas da CIA em território venezuelano e disse estar estudando ataques terrestres contra cartéis do país.
Para o governo de Nicolás Maduro, trata-se de uma agressão que busca promover uma mudança de regime para se apoderar do petróleo venezuelano.
Nas últimas semanas, os militares norte-americanos executaram ataques na região contra embarcações supostamente dedicadas ao narcotráfico. Os ataques mataram pelo menos 27 pessoas.
Intervenção militar
A tensão na região preocupa o Palácio do Planalto. Fontes ouvidas pela reportagem, no entanto, não acreditam que Trump ordenaria uma intervenção militar na Venezuela, por ser um ato incoerente com um desejo do mandatário norte-americano de receber o Nobel da Paz.
No encontro que pretende ter ainda este ano com Trump, Lula deseja tentar convencê-lo de que as ações na Venezuela podem provocar um efeito contrário aos objetivos mencionados por Washington.
De acordo com fontes diplomáticas, o Brasil tem sido cauteloso por não ter ainda total clareza dos objetivos e das intenções da Casa Branca com a Venezuela. Também há dúvidas se Caracas e Washington mantêm algum canal de diálogo.
O Brasil admite atuar como mediador da crise desde que seja manifestado o desejo de ambas as partes. Até o momento, o governo brasileiro não postulou cumprir esse papel.
Para auxiliares de Lula, o cenário mais provável é de um conflito de “baixa intensidade”, com ações pontuais de Washington para pressionar e sabotar o regime de Maduro, estimulando uma reação popular dos opositores.
O governo brasileiro não crê numa invasão territorial ou numa operação coordenada por forças americanas para capturar Maduro, a exemplo do que os Estados Unidos fizeram no Panamá em 1989, contra o então presidente Manuel Noriega.
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