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POLÍTICA

Renascimento na fé: vendas de bíblias disparam 41,6% nos EUA, inspirando nova geração

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As vendas de Bíblias estão em alta nos Estados Unidos, em um movimento que especialistas já chamam de “renascimento espiritual” entre os jovens. Dados do serviço de monitoramento editorial Circana BookScan apontam que, até outubro de 2024, as vendas do livro sagrado cresceram 22% em relação ao ano anterior — um salto notável em um mercado editorial que, no geral, avançou apenas cerca de 1% no mesmo período.

O fenômeno, apelidado pela imprensa americana de “Bible boom” (“boom das Bíblias”), está sendo impulsionado principalmente por leitores da Geração Z e jovens adultos que buscam respostas espirituais em meio a tempos de incerteza. Nas redes sociais, multiplicam-se vídeos, grupos de estudo e influenciadores que tratam a leitura bíblica como prática de autoconhecimento e conexão pessoal com o divino.

“Há uma sede por sentido e estabilidade. Muitos jovens estão cansados do vazio cultural e encontram na Bíblia uma referência sólida para reconstruir o propósito da vida”, afirmou à revista Forbes o pesquisador Marcus Collins, especialista em comportamento social e cultura religiosa.

As editoras cristãs também têm papel central nessa expansão. Com forte investimento em design, marketing digital e novas edições temáticas — voltadas para mulheres, jovens e iniciantes na fé —, o mercado tem conseguido transformar um símbolo tradicional em um produto culturalmente relevante. Cores modernas, capas minimalistas e linguagem acessível aproximam o texto sagrado do universo visual das redes sociais.

“Não é apenas sobre religião, mas sobre identidade e comunidade”, explica a teóloga norte-americana Sarah Whitmore. “A leitura bíblica, hoje, se mistura a movimentos de autodescoberta e busca por autenticidade.”

Apesar do entusiasmo, alguns estudiosos alertam para o risco de superficialidade: comprar uma Bíblia não significa necessariamente mergulhar em sua mensagem. Pesquisas da American Bible Society mostram que, embora o número de exemplares vendidos cresça, a prática de leitura regular ainda é minoritária entre os jovens.

Mesmo assim, o movimento é visto como sinal de esperança por líderes religiosos. Igrejas de diversas denominações relatam aumento na participação de grupos de estudo e cultos voltados à juventude. “Talvez estejamos presenciando o início de uma nova geração de fé — menos institucional, mais pessoal e consciente”, afirma o pastor e autor Timothy Harper.

Seja uma redescoberta espiritual ou um reflexo de transformações culturais mais amplas, o aumento nas vendas de Bíblias nos Estados Unidos parece indicar algo maior: uma geração em busca de raízes, propósito e transcendência em meio ao ruído do mundo moderno.

POLÍTICA

Dossiê de senador diz que STJ concedeu 9 mil habeas corpus a traficantes em 2024

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Um levantamento feito pelo senador Jorge Seif (PL-SC) aponta que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu 9.166 habeas corpus a condenados ou investigados por tráfico de drogas apenas em 2024 – o equivalente à metade de todas as decisões favoráveis no tribunal nesse tipo de ação, apresentado à Justiça para arquivar inquéritos, anular processos ou soltar criminosos.

No Supremo Tribunal Federal (STF), foram 577 habeas corpus concedidos no mesmo período, sendo o tráfico o crime mais comum. Os dados fazem parte do dossiê intitulado “A Ascensão do Narcoestado do Brasil”, elaborado pelo parlamentar após oito meses de pesquisa e mais de 400 horas de trabalho pessoal, compilando cinco anos de decisões judiciais, reportagens e dados oficiais. Até o momento, Seif divulgou apenas dados de 2024.

Para Seif, as informações demonstram que o Judiciário brasileiro tem contribuído, “ainda que involuntariamente”, para o fortalecimento das facções criminosas.

Nos últimos anos, a jurisprudência dos tribunais superiores em relação ao narcotráfico tem se tornado mais “garantista”, o que favorece a soltura de presos flagrados com drogas. O STF e o STJ têm derrubado prisões preventivas baseadas em decisões genéricas, que não detalham indícios que demonstrem o risco de determinado traficante voltar a delinquir.

Há também decisões do STJ que invalidam provas colhidas após busca pessoal e domiciliar fundamentada apenas em denúncia anônima, sem diligências prévias que configurem “fundadas razões” para a medida.

Seif defende a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para analisar a atuação dos ministros e de escritórios de advocacia que atuam na defesa de grandes criminosos. “O tráfico é o maior beneficiário das decisões judiciais no Brasil hoje”, declarou.

Em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo, Seif explica as reformas que considera urgentes no sistema judicial e reafirma que “não se trata de atacar instituições, mas de restaurar a confiança nelas”.

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POLÍTICA

EUA apreende mais de 45 toneladas de cocaína no Pacífico: maior golpe ao narcotráfico marítimo

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O governo dos Estados Unidos anunciou, na noite desta quarta-feira (15), a apreensão de mais de 45 toneladas de cocaína no Oceano Pacífico. A ação é parte de uma operação que também acontece no Mar do Caribe para combater o narcotráfico.

De acordo com a Casa Branca, desde agosto, foram mais de 20 ações marítimas, com a prisão de quase 60 pessoas ligadas ao narcotráfico. Parte da carga foi descarregada na Flórida, em uma das maiores operações do tipo já registradas.

As autoridades estimam que o volume representava mais de 23 milhões de doses letais de cocaína. Durante as ações, pelo menos 3 barcos carregados de drogas foram destruídos e mais de 10 pessoas morreram, segundo a Casa Branca.

Ao mesmo tempo, cresce a tensão no Caribe, com os Estados Unidos intensificando operações militares perto da Venezuela. Exercícios militares foram realizados pelo exército de Nicolás Maduro, numa demonstração de força para reagir a pressão do governo Trump.

Navios de guerra americanos têm reforçado a vigilância para conter o fluxo de embarcações suspeitas de transportar drogas e de manter vínculos com o Tren de Aragua, uma das facções criminosas mais ativas da região.

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POLÍTICA

“Ficou mais cabeluda a história da viagem que Filipe Martins não fez”, diz Mário Sabino

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Está cada vez mais cabeluda a história da viagem que Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, nunca fez aos Estados Unidos, na companhia do ainda então presidente, mas que serviu de pretexto para Alexandre de Moraes mandar prendê-lo, como se houvesse o gajo viajado.

Na sexta-feira passada, o CBP, a agência de alfândega e proteção de fronteiras dos Estados Unidos, divulgou a seguinte declaração:

A Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA realizou uma análise completa das evidências disponíveis referentes às alegações de entrada nos Estados Unidos do cidadão brasileiro Filipe Martins, em 30 de dezembro de 2022. Após a conclusão da análise, foi concluído que o Sr. Martins não entrou nos EUA naquela data.

Essa constatação contradiz diretamente as alegações feitas pelo ministro da Suprema Corte do Brasil Alexandre de Moraes, indivíduo recentemente sancionado pelos EUA por suas violações de direitos humanos contra o povo brasileiro.

Reconhecemos que o ministro De Moraes, citou um registro errôneo para justificar a prisão por meses do Sr. Martins. A inclusão desse registro impreciso nos sistemas oficiais do CBP permanece sob investigação, e o CBP tomará as medidas adequadas para evitar futuras discrepâncias.

O CBP condena veementemente qualquer uso indevido dessa entrada falsa para embasar a condenação ou prisão do Sr. Martins ou de qualquer pessoa. Reafirmamos a nossa dedicação em manter a integridade de nossos registros de fronteira e apoiar os princípios de justiça e direitos humanos.

É tudo muito estranho, estranhíssimo, também porque, no registro americano que embasou a prisão, o nome de Filipe Martins aparece grafado errado, o número era de um passaporte que já havia sido cancelado em 2021 e a categoria de visto não era a mesma do ex-assessor de Jair Bolsonaro.

A cereja desse bolo indigesto é que, depois de a defesa de Filipe Martins apontar a inexistência de qualquer documento que mostrasse a saída do Brasil do seu cliente (em 30 de dezembro de 2022, ele estava no Paraná), o registro americano sumiu e reapareceu no sistema do CBP.

Como escrevi aqui neste canto, em julho, o Wall Street Journal publicou um editorial no qual exigia uma investigação aprofundada do que seria uma falha imperdoável no sistema de segurança dos Estados Unidos.

Do lado brasileiro, a Justiça deveria ser a primeira interessada em esclarecer o episódio. Mas, curiosamente, nem a PGR, nem o STF parecem devidamente preocupados com o assunto.

A imprensa brasileira, igualmente, aborda o assunto como se fosse algo de somenos ou histeria de bolsonaristas. Eles buscariam lançar uma cortina de fumaça na “trama golpista”, da qual o ex-assessor de Jair Bolsonaro é acusado de participar, dizendo que, como o registro tem cara de fraude, cheiro de fraude e sabor de fraude, só pode ser fraude.

As Fadas Sininhos do STF nos jornais até se apressaram em justificar que Filipe Martins não foi preso por causa da viagem, propriamente, e sim por uma série de evidências que apontam para as suas impressões digitais na “minuta do golpe”.

Pensando aqui com os botões que me restam, concluo que, na mais benévola das versões, saímos do Estado de Direito para entrar no Estado da Piada sem Graça, no qual a Justiça acha que pode bater no réu apenas porque ele saberia porque está apanhando. Temos um futuro promissor.

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