POLÍTICA
“O Brasil enfrenta tarifas por estar perseguindo cidadãos americanos”, diz Trump
A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos ganhou um novo capítulo após declarações do presidente Donald Trump nesta semana. Segundo o líder norte-americano, as tarifas impostas recentemente às exportações brasileiras seriam uma resposta à “perseguição de cidadãos americanos” e ao tratamento dado pelo Judiciário brasileiro a aliados políticos próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Não podemos aceitar que americanos sejam alvo de perseguições em outros países. O Brasil precisa entender que isso tem consequências”, afirmou Trump em um evento em Washington, reforçando que as medidas tarifárias — que chegam a 50% sobre determinados produtos — teriam caráter de “defesa dos interesses nacionais”.
As tarifas foram justificadas inicialmente pelo governo dos EUA como reação a práticas comerciais consideradas desleais. No entanto, as falas de Trump revelam um componente político mais sensível: a condução de processos judiciais no Brasil, especialmente aqueles envolvendo Bolsonaro e apoiadores. O republicano classificou a situação como “caça às bruxas”, expressão já usada em sua defesa pessoal nos EUA.
O governo brasileiro reagiu de imediato. O Itamaraty divulgou nota afirmando que “o Brasil não persegue cidadãos americanos” e que as declarações de Trump se baseiam em “informações incorretas”. O país também acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas e prometeu retaliações dentro do princípio da reciprocidade.
Além das medidas comerciais, o Planalto promulgou a chamada Lei de Reciprocidade Econômica, que autoriza o Brasil a adotar tarifas equivalentes contra países que imponham barreiras consideradas injustas. “O Brasil não aceitará pressões externas que comprometam a sua soberania e a independência de suas instituições”, declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A crise soma-se a outros atritos recentes entre os dois países, em especial a críticas do governo norte-americano às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, envolvendo o combate à desinformação e a responsabilização de figuras políticas ligadas a Bolsonaro.
Especialistas em comércio internacional avaliam que a disputa deve se prolongar, já que envolve não apenas questões econômicas, mas também divergências políticas e ideológicas. Enquanto Washington defende suas sanções como uma forma de proteger seus cidadãos, Brasília acusa os EUA de ingerência indevida em assuntos internos.
POLÍTICA
“Julgamento da suposta trama golpista foi uma das maiores farsas que já vi na história do Brasil”, diz Senador General Mourão
Em entrevista e postagens nas redes sociais, o senador e ex-vice-presidente da República, Hamilton Mourão, classificou o julgamento da suposta “trama golpista” que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de aliados como “uma farsa jurídica” e uma “vingança política”. Segundo Mourão, “uma parcela da justiça brasileira se tornou instrumento e arma da vingança política”, transformando, na sua visão, divergências ideológicas e disputas políticas em “condutas criminosas”. 
Para ele, o processo estaria “viciado”, com falhas graves em sua neutralidade, e a condenação – já mantida por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – representa um precedente perigoso para a liberdade de expressão e para o funcionamento da democracia. 
Além disso, o senador defendeu a aprovação de um projeto de lei de anistia para os envolvidos, afirmando que essa seria “a única saída” diante do veredito. “A anistia é fundamental”, declarou. 
POLÍTICA
“General Estevam Theofilo foi o único absolvido com base na delação de Mauro Cid, todos os outros foram presos com base na mesma delação, você sabe o por quê?”, questiona Luca Antonieto
A pergunta levantada por Luca Antonieto — sobre por que o general Estevam Theophilo foi o único absolvido enquanto outros foram condenados com base na delação de Mauro Cid — reflete um dos principais pontos de discussão do julgamento no STF.
O general foi absolvido de forma unânime pela Primeira Turma porque, segundo o relator Alexandre de Moraes, não havia provas suficientes além da delação para sustentarem a condenação. O Supremo concluiu que o material apresentado pela PGR e pela Polícia Federal era frágil e não demonstrava que Theophilo tivesse tomado qualquer ato concreto para apoiar uma ruptura institucional, apesar de ocupar o comando do COTER, unidade estratégica do Exército.
Nos demais casos, o Tribunal considerou a existência de evidências adicionais — como mensagens, documentos, registros de articulação logística ou participação direta nos planos — que, somadas ao depoimento de Mauro Cid, formaram um conjunto probatório mais consistente.
A absolvição isolada de Theophilo gerou debates sobre possível disparidade de critérios, enquanto sua defesa classificou o resultado como um reconhecimento da falta de provas e do respeito ao devido processo legal.
POLÍTICA
Trump declara espaço aéreo da Venezuela “Fechado”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (29) que o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela deve ser considerado fechado, em meio a um confronto crescente com o presidente esquerdista Nicolás Maduro.
“A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas, por favor, considerem O ESPAÇO AÉREO ACIMA E AO REDOR DA VENEZUELA COMO FECHADO EM SUA TOTALIDADE”, escreveu Trump em sua rede Truth Social.
Desde o início de setembro, o governo Trump aumentou a pressão sobre a Venezuela com o envio de uma frota militar ao Mar do Caribe como parte, segundo Washington, de sua luta contra o narcotráfico, incluindo o maior porta-aviões do mundo.
O governo Trump afirma que seu objetivo é interromper o tráfico de drogas procedente do país sul-americano, mas Caracas afirma que Washington busca uma mudança de regime.
Desde o início da mobilização da frota militar, as forças americanas mataram pelo menos 83 pessoas em mais de 20 ataques contra supostas ‘narcolanchas’, no Caribe e no leste do Pacífico.
Washington não apresentou nenhuma evidência de que as embarcações atingidas eram utilizadas para transportar drogas ou representavam uma ameaça aos Estados Unidos.
O jornal New York Times informou na sexta-feira (28) que Trump e Maduro tiveram uma conversa telefônica na semana passada, durante a qual abordaram uma possível reunião nos Estados Unidos.
A notícia sobre a ligação entre Trump e Maduro foi divulgada um dia após o presidente americano ter afirmado que os esforços para deter o tráfico de drogas venezuelano por terra eram iminentes, o que aumentou ainda mais as tensões com Caracas.
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